Os deputados Bruno Engler e Mauro Tramonte poderão dividir o voto da direita em BH -  (crédito: Sarah Torres/ALMg)

Os deputados Bruno Engler e Mauro Tramonte poderão dividir o voto da direita em BH

crédito: Sarah Torres/ALMg

O anúncio do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) de que está pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte afeta mais a direita e a iguala à esquerda na eleição municipal deste ano. Além de ser um dos mais populares, Tramonte pontua bem nas pesquisas. Com sua entrada em cena, a direita passa a ter três pré-candidatos: além dele, Carlos Viana (Podemos) e Bruno Engler (PL).


A esquerda também está rachada entre as pré-candidaturas de Duda Salabert (PDT), Rogério Correia (PT) e Bella Gonçalves (PSOL). A eventual candidatura de Tramonte é motivo de preocupação de muita gente. No campo da direita, incomoda mais ao pré-candidato Carlos Viana (Podemos) e, em segundo lugar, ao bolsonarista Bruno Engler, deputado estadual do PL. O perfil do voto de Tramonte é antipetista, mas não necessariamente bolsonarista.

 


Para ter relevância, a direita aposta na polarização entre bolsonarista e petista, já que não tem o que mostrar em termos de pautas locais. Outro que será impactado pela possível candidatura de Tramonte é o prefeito Fuad Noman (PSD), que contava com o apoio do Republicanos à sua pré-candidatura à reeleição.

 

Desprestígio é de Minas


O protesto dos deputados aliados a Lula no evento da inauguração da Biomm, fábrica de insulina, em Nova Lima (Grande BH), com a presença do presidente, foi feito após a 3ª experiência negativa. Na primeira, o cerimonial da Presidência da República tentou barrar o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite (MDB), que, depois, foi chamado à mesa.

 

Fazendo as contas, o tratamento reflete o desprestígio do PT mineiro e, principalmente, de Minas no governo Lula, onde não há um petista mineiro no ministério. A tendência é prevalecer assim, pois, segundo dizem na Assembleia, a bancada petista se restringe a fazer a disputa com políticas identitárias e corporativas.

 

Acúmulo de cargos


O secretário de Estado da Fazenda, Luiz Claudio Gomes, justificou que seu supersalário está acobertado pela Lei Delegada 174, artigo 27, que permite a servidores públicos optar por receber até 50% do valor do cargo em comissão. Levantamentos apontam que, em março de 2023, por exemplo, ele recebeu R$ 20.688,65, o que deixa questionamentos sobre um possível acúmulo de cargos, o que é vedado pela Constituição Federal em seu artigo 37. Surge também a indagação sobre qual cargo comissionado em Minas possui uma remuneração de R$ 43.337,30, valor utilizado como base para o cálculo dos 50% do salário do secretário naquele mês. Com um salário que chega a superar o do próprio governador Zema, a situação merece atenção e esclarecimentos mais detalhados.

 

Fenômeno de rejeição


Dizem as pesquisas que 50% rejeitam Lula e outros 50% odeiam Bolsonaro, mas, na Fazenda estadual, o secretário Luiz Claudio alcançou os 100%.

 

Data Aro


O secretário da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), tem feito prognósticos da eleição municipal a quem manifesta perplexidade diante do confuso quadro pré-eleitoral de Belo Horizonte. Segundo ele, o desafeto Gabriel Azevedo (MDB), presidente da Câmara da capital, não será competitivo porque teria ‘traços’ nas pesquisas. Adiantou outras duas possibilidades segundo as quais o bolsonarista Bruno Engler (PL) estará no segundo turno, mas que, como finalista, perderia para qualquer um dos adversários.

 

Com gratidão, pix direto


Um dia após a larga vitória na Assembleia Legislativa, vencendo as resistências e insatisfação de aliados e aprovando seus nove vetos, o governo Zema informa: a compensação foi feita com sucesso. “Bom dia! Informo a todas as Deputadas e todos os Deputados, a pedido do Secretário Gustavo Valadares, que nossas Emendas Individuais na modalidade “Transferências Especiais” serão pagas hoje (26/4), devendo ser creditadas na próxima segunda-feira na conta dos beneficiados. Bom final de semana a todos e obrigado pelas votações na última semana. Abs. Dep. João Magalhães”. Esse foi o zap assinado e enviado pelo líder do governo na Assembleia. Também beneficiada, a oposição agradece à base aliada.

 

Cultura alvoroçada


Após o imbróglio da Sala Minas Gerais, que quase afetou a Orquestra Filarmônica de Minas, deputados da oposição estão convocando a direção do BDMG para explicar a extinção do BDMG Cultural e o futuro de suas atividades.

 

Censura na TV Minas


A Comissão de Cultura da Assembleia irá convocar também a direção da EMC, Empresa Mineira de Comunicação, para esclarecer caso de censura na Rede Minas. A TV teria vetado a entrevista do maestro Fabio Machetti, diretor artístico da Filarmônica de Minas, que denunciou o contrato que transferia do Estado para a Fiemg o comando da Sala Minas Gerais. No dia 24/4, foi divulgada a participação dele no programa Palavra Cruzada para o dia 25, o que não aconteceu. De acordo com o presidente da Comissão, deputado Professor Cleiton, a TV Minas deixou de ser emissora do Estado para servir à propaganda oficial de um governo.