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Estado de Minas PANDEMIA

Após surto de COVID-19 e morte de idoso, asilo aumenta frequência de testes

Morador de 78 anos morreu nesse domingo, em Alpinópolis; ele tinha insuficiência cardíaca e respiratória. Outros 20 infectados não precisaram ser hospitalizados


07/06/2021 18:00 - atualizado 07/06/2021 18:54

Mais 20 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus no asilo, mas nenhuma delas precisou ser internada(foto: Portal Onda Sul/divulgação)
Mais 20 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus no asilo, mas nenhuma delas precisou ser internada (foto: Portal Onda Sul/divulgação)
 
O Lar São Vicente de Paulo de Alpinópolis, no Sul de Minas, está testando os idosos contra a COVID-19 de dois em dois dias. Nesse domingo (6/6), um homem de 78 anos morreu em decorrência da doença. Ele já tinha a saúde debilitada, com insuficiência cardíaca e respiratória. Outros 17 moradores e três funcionários também foram infectados pelo novo coronavírus, mas nenhum deles precisou ser hospitalizados.

No local, há 40 idosos e todos foram imunizados com as duas doses da CoronaVac.
 
O homem estava internado no Hospital Cônego Ubirajara Cabral. De acordo com a enfermeira responsável técnica do asilo, Lilian Amaral dos Reis, ele seria um dos três casos que levantaram as suspeitas de um surto na instituição no começo da semana passada.
 
“Ele começou com uma diarréia na segunda-feira (31/5). Dois dias depois, alguns idosos foram testados contra a COVID-19 e sete estavam infectados, inclusive ele. No mesmo dia, foram colhidos mais 4 RT-PCR. Na sexta-feira (4/6), saíram os quatro resultados positivos e fizemos mais testes rápidos nos outros morados”, afirma Lilian.
 
Novos testes foram feitos nesse domingo, e ao todo são 18 idosos e três funcionários contaminados pela doença. “Não temos nenhum internado. Todos estão isolados e sendo tratados aqui no asilo. O único em estado grave foi o idoso de 78 anos, que infelizmente não resistiu. Ele já estava debilitado. Tinha insuficiência cardíaca e respiratória”, completa.
 
Segundo a enfermeira, além de aumentar a frequência dos testes, outras medidas contra a COVID-19 foram tomadas.

“Nosso protocolo foi eficiente ao manter os 40 idosos e colaboradores livres da COVID-19, por mais de um ano, todos os idosos e colaboradores foram imunizados, no início deste ano, com a vacina CoronaVac. Frequentes ações de sanitização, exigência de uso em tempo integral de EPI’s por toda a equipe, mandatória higienização das mãos, além da desinfecção das áreas e objetos com os idosos tivesse contato”, ressalta.

Alpinópolis soma 1.176 pessoas infectadas pelo novo coronavírus e 28 mortes confirmadas pela doença.

A palavra do Butantan


Em contato com a reportagem do Estado de Minas, o Instituto Butantan informou, por meio de nota, que "é prematura e temerária qualquer afirmação sobre hospitalizações ou óbito pela COVID-19 de pessoas vacinadas contra a doença, uma vez que cada caso, individualmente, deve passar obrigatoriamente pelo processo de investigação, que não considera apenas a imunização de forma isolada, e sim o conjunto de aspectos clínicos, como comorbidades e outros fatores não relacionados à vacinação".  

O Instituto reafirmou a importância da vacinação para controlar a disseminação da COVID-19: "Vacinas salvam vidas, e a adesão às campanhas e à imunização de rotina sempre foi, é e será fundamental para evitar que pessoas adoeçam ou morram por doenças preveníveis. Assim, é importante que a população siga se vacinando".

A vacina do Butantan contra o novo coronavírus foi a primeira a ser distribuída em larga escala no Brasil. Segundo a entidade, ela é "segura e eficaz", porém, "não representa uma 'barreira' para a infecção, sendo, portanto, essencial manter os protocolos não farmacológicos de prevenção, como distanciamento social, uso de máscaras e higienização".

Como consta na bula, mesmo pessoas vacinadas com as duas doses podem desenvolver a doença, mas isso é exceção à regra, finaliza o Butantan. 


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas

[VIDEO4]

 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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