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Estado de Minas CORONAVÍRUS

COVID-19: Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Saiba como esses imunizantes funcionam, em qual estágio de produção se encontram e como a burocracia e falta de verba atrasam resultados dos cientistas


08/02/2021 04:00 - atualizado 09/02/2021 08:54

O Centro Tecnológico de Vacinas da UFMG tem atualmente cinco experimentos contra o coronavírus (foto: Marcílio Lana/UFMG/Divulgação)
O Centro Tecnológico de Vacinas da UFMG tem atualmente cinco experimentos contra o coronavírus (foto: Marcílio Lana/UFMG/Divulgação)
A corrida contra a COVID-19 tem ao menos 10 vacinas concorrentes em Minas Gerais, desenvolvidas em três universidades: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ao menos dois candidatos vacinais já estão próximos dos testes em humanos e prometem benefícios que extrapolam o enfrentamento da pandemia, como o domínio de tecnologias úteis no entendimento e no combate a doenças diversas.

A má notícia é que, para vingar, os projetos requerem mais que o talento e fôlego empenhados pelos cientistas do estado até então. Alguns trabalhos podem ser paralisados caso não recebam novos repasses de verba dentro de dois meses. Os pesquisadores também temem que a burocracia atrelada à liberação de recursos e à importação de insumos atrase o desenvolvimento das vacinas nacionais, fundamentais para que o país dê conta das mutações do novo coronavírus. 

No Centro Tecnológico de Vacinas da UFMG (CT-Vacinas), onde há cinco experimentos em andamento, três já estão próximos de concluir os testes em camundongos. Segundo o imunologista e coordenador dos pesquisadores do centro, Ricardo Gazzinelli, o dinheiro para a próxima etapa, que corresponde à fase 1 dos ensaios com humanos, ainda não foi liberado.

"Se o recurso não aparecer em um ou dois meses, os estudos podem parar. Estamos preocupados. Fizemos articulações que parecem promissoras para levantar o dinheiro, mas ainda há incertezas quanto a isso", afirma Gazzinelli. 

Acordo com o governo federal

Desde quinta-feira (5/02), o professor está um pouco mais otimista. Na ocasião, ele foi à Brasília acompanhado da reitora da UFMG, Sandra Goulart, e do vice-governador, Paulo Brant. O grupo se reuniu com o Ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, para celebrar uma parceria entre o governo federal, o governo de Minas e a universidade.

A expectativa é de que o acordo viabilize investimentos de R$ 40 milhões, necessários para a dar prosseguimentos às primeiras testagens em humanos. O recurso, no entanto, ainda não tem data para ser liberado. 

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) perdeu R$ 100 milhões do orçamento em cinco anos(foto: Marcílio Lana/UFMG/Divulgação)
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) perdeu R$ 100 milhões do orçamento em cinco anos (foto: Marcílio Lana/UFMG/Divulgação)
O futuro das pesquisas realizadas na UFMG, de todo modo, continua preocupando a instituição que, em cinco anos, perdeu R$ 100 milhões do orçamento, R$ 60 milhões a menos só em 2021. Os aportes, com isso, voltaram aos patamares de 2008, conforme números divulgados pela instituição. 

Em âmbito nacional, as perspectivas também não são animadoras. O orçamento total previsto para o MCTI em 2021 é de R$ 10,4 bilhões, e apenas R$ 2,8 bilhões desse valor estarão disponíveis para investimentos em pesquisa. A redução é de 33% em relação a 2020, quando havia R$ 4,2 bilhões para o setor. A comparação foi feita pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), com base em dados da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020 e do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021.

Burocracia atrasa vacinas

"Às vezes, dá vontade de largar tudo", desabafa o professor Cláudio Gallupo Diniz, do Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ele coordena o desenvolvimento de uma vacina oral contra a COVID-19, feita a partir da associação do genoma do novo coronavírus com bactérias probióticas (Veja abaixo a descrição das vacinas mineiras e o estágio de andamento de cada uma). 

O cientista ressalta que, enquanto falta dinheiro, sobra burocracia para quem se dedica à ciência no Brasil. "É tão difícil comprar e receber material, que eu não sei nem por onde começar. Sim, a burocracia faz com que o processo de importação de insumos leve meses, mas antes fosse só isso. Ela também faz com que o orçamento aprovado para os nossos projetos fique defasado", comenta.

"Imagine que toda a cotação de produtos é feita em dólar. Então, se uma proposta é apresentada em abril, mas o dinheiro só é liberado em agosto, nesse intervalo, a moeda sobe. Com isso, o recurso que solicitamos torna-se insuficiente para cobrir os custos previstos na pesquisa. E dá-lhe criatividade para fazer ajustes e substituições", pondera o pesquisador. 

(foto: Arte: Soraia Piva)
(foto: Arte: Soraia Piva)
Cláudio alerta ainda para as consequências dos entraves burocráticos para o combate à pandemia no Brasil. Ele esclarece que dominar o desenvolvimento de imunizantes contra o novo coronavírus é fundamental para o país, sobretudo diante das novas variantes do novo coronavírus registradas aqui e mundo afora.

"É possível que a eficácia das vacinas já existentes caia frente a essas mutações. Então precisamos dominar o processo de desenvolvimento de vacinas para conseguirmos adaptá-la com agilidade quando o vírus mutar. Seria caótico depender exclusivamente dos grandes laboratórios nessa situação", adverte.
 

Esperança nas vacinas mineiras

Confira os imunizantes em desenvolvimento no estado

Influenza + COVID-19
  • Tipo: vetor viral
  • Administração: intranasal
  • Doses: duas
  • Fase: pré-clínica
  • Como funciona: O imunologista Ricardo Gazzinelli, que lidera a equipe de cientistas, explica que os pesquisadores realizaram alterações genéticas no vírus H1N1, causador da gripe, dentro do laboratório. Isso permitiu que ele se tornasse capaz de transportar parte da proteína S do novo coronavírus - aquela que confere ao Sars-Cov-2 a aparência espinhosa e é utilizada por ele para infectar as células humanas. Uma vez inserido no organismo, espera-se que o composto vacinal proporcione imunização à influenza e à COVID-19.
  • Vantagem: proteção ambivalente.
  • Estágio de desenvolvimento: De abril a julho, os estudiosos trabalharam na construção do vírus recombinante. Em setembro, realizaram a primeira etapa dos testes em camundongos, que demonstraram resposta imune satisfatória contra o Influenza. Em dezembro, tiveram início aos ensaios com camundongos transgênicos portadores da proteína humana eca2, que torna os roedores vulneráveis à infecção pela COVID-19. Os resultados desta etapa estão previstos para o fim de fevereiro.  
  • Instituições envolvidas: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Universidade do Estado de São Paulo  (USP).
  • Financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTIC) e Fundação Oswaldo Cruz.

BCG + COVID-19
  • Tipo: Recombinante
  • Administração: intramuscular
  • Doses: quantidade não definida
  • Fase: pré-clínica
  • Como funciona: À frente dos ensaios, o professor Sérgio Costa Oliveira diz que a vacina foi elaborada a partir da inserção de sequências do genoma do novo coronavírus em bacilos de Calmette-Guérin (BCG), os causadores da tuberculose. A modificação genética visa induzir a bactéria a produzir as proteínas S (Spike) e N (nucleocapsídeo viral), que o vírus usa para infectar as células. A expectativa é de que, uma vez inoculado no organismo, o composto estimule a produção de anticorpos contra as duas doenças - a tuberculose e a COVID-19. 
  • Vantagem: A maior vantagem, segundo Sérgio, é a segurança, já que, na prática, os pesquisadores estão trabalhando com uma vacina que já existe - a BCG -, cujos efeitos colaterais já são conhecidos. Este fator proporcionaria também mais agilidade nas fases clínicas (testes em humanos). 
  • Estágio de desenvolvimento: Os estudos tiveram início em abril de 2020. A elaboração do composto gênico está em fase final. Os testes em camundongos devem começar até o fim do primeiro semestre.
  • Instituições envolvidas: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Instituto Butantan.
  • Financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Quimera proteica
  • Tipo: vacina de subunidade
  • Administração: intramuscular
  • Doses: duas
  • Fase: pré-clínica
  • Como funciona: Segundo o professor Flávio da Fonseca, virologista do CT Vacinas da UFMG, o projeto se baseia na modificação genética da bactéria E.coli. Ela recebeu pedaços do genoma do novo coronavírus para que se tornasse capaz de produzir duas proteínas do vírus de forma combinada. No caso, as proteínas S (Spike) e N (do nucleocapsídeo viral). Ambas são usadas pelo Sars-Cov-2 para infectar as células humanas. Uma vez produzida pela bactéria E.coli, essa combinação, chamada de quimera, é purificada e transformada em composto vacinal. Dentro do corpo humano, a ideia é que a estrutura estimule a produção de anticorpos contra a COVID-19.
  • Vantagem: O baixo custo de produção. A parasitologista Ana Paula Fernandes destaca que a fabricação é, inclusive, compatível com a estrutura disponível na Fundação Ezequiel Dias (Funed). O governo do estado e a UFMG já teriam iniciado os trâmites da parceria. 
  • Estágio de desenvolvimento: Os trabalhos foram iniciados em agosto. A pesquisa está na fase final de testes com camundongos. A expectativa é de que o resultado final dessa fase saia entre março e abril.
  • Instituições envolvidas: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 
  • Financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTIC).
Partículas do vírus
  • Tipo: Virus like particles (VLP)
  • Administração: intramuscular
  • Doses: duas
  • Fase: pré-clínica 
  • Como funciona: Segundo o professor Sergio Oliveira de Paula, que conduz os estudos, a vacina é do tipo VLP (Virus-like particle, em inglês), também chamada de partícula pseudoviral. Trata-se do Sars-CoV-2 sem o seu material genético. O material não é capaz de infectar o corpo humano. Porém, quando inoculado no indivíduo, induz à resposta imune. 
  • Vantagem: Ao contrário das vacinas feitas a partir do vírus vivo ou atenuado, essa modalidade não provoca infecção. Assim, é mais segura para grupos com imunidade frágil.
  • Estágio de desenvolvimento: O projeto teve início em  setembro de 2020. A equipe do professor Sérgio de Paula já finalizou a construção do veículo vacinal. No momento, os pesquisadores se dedicam à produção do imunizante em larga escala para os testes em camundongos, que devem começar dentro de dois meses na Fiocruz.
  • Instituições envolvidas: Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
  • Financiamento: Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).

Gotas com bactérias probióticas
  • Tipo: vetor recombinante
  • Administração: oral 
  • Doses: quantidade não definida
  • Fase: pré-clínica (testes in vitro)
  • Mecanismo de ação: Coordenador do projeto, o professor Cláudio Galuppo Diniz explica que a vacina tem como vetor uma bactéria probiótica, benéfica aos seres humanos. Os cientistas a modificaram por meio de métodos de engenharia genética. Ou seja: inseriram nessa estrutura ao menos seis fragmentos retirados da superfície do novo coronavírus, onde se concentram duas proteínas. Uma é a proteína S ou Spike, que confere ao Sars-Cov-2 a aparência espinhosa. A outra é a N, encontrada no nucleocapsídeo viral. Ambas são utilizadas pelo vírus para infectar os seres humanos. Uma vez ingerida, a bactéria modificada penetra diretamente na mucosa oral e apresenta as proteínas que carrega às células do corpo que, então, reagem produzindo anticorpos contra a COVID-19. 
  • Vantagem: Permite administração mais amigável em crianças e pessoas com debilidades, já que, sendo oral, dispensa seringas e agulhas. 
  • Estágio de desenvolvimento: Os trabalhos foram iniciados em agosto de 2020. A equipe de pesquisadores, no momento, finaliza a construção da bactéria geneticamente modificada.  Os cientistas esperam dar início aos testes em camundongos até o fim do segundo semestre de 2021. 
  • Instituições envolvidas: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
  • Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).

Levedura de cerveja
  • Tipo: vacina de subunidade
  • Administração: intramuscular
  • Doses: duas
  • Fase: pré-clínica
  • Como funciona: De acordo com o professor Sérgio Oliveira de Paula, o princípio é semelhante ao da produção da Hepatite B. Os pesquisadores inseriram genes do novo coronavírus em uma levedura - a mesma utilizada na produção de cervejas. A ideia é que, uma vez geneticamente modificado, o fungo se torne uma espécie de fábrica da proteína S (Spike), aquela que o vírus utiliza para infectar as células humanas. A proteína é posteriormente isolada, purificada e injetada no corpo humano, onde espera-se que induza à produção de anticorpos contra o Sars-Cov-2.
  • Vantagem: Segurança, uma vez que utiliza o vírus sem material genético, o que impede que ele se reproduza dentro do vacinado. A ausência de vetores (bactérias ou outros vírus) também reduz as chances de reações adversas.
  • Estágio de desenvolvimento: As atividades tiveram início em setembro. Os cientistas concluíram a construção da levedura modificada e aguardam que ela comece a secretar a proteína S. O próximo passo será a testagem em camundongos, que deve ocorrer dentro de seis meses. 
  • Instituições envolvidas: Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
  • Financiamento: Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).

Febre amarela + COVID-19
  • Tipo: vírus atenuado (quimera viral)
  • Administração: intramuscular
  • Doses: duas
  • Fase: pré-clínica
  • Como funciona: Conforme o professor Sérgio Oliveira de Paula, da UFV, a vacina pressupõe a inserção de genes do novo coronavírus na vacina contra a febre amarela, que é feita a partir de um vírus atenuado da doença. Com isso, espera-se que o imunizante seja capaz de gerar dupla proteção - contra a febre amarela e a COVID-19. 
  • Vantagem: Além da dupla proteção, Sérgio destaca a segurança, a potencial eficácia e a facilidade de produção. Em primeiro lugar, porque a vacina contra a febre amarela está no mercado há mais de 50 anos e seus efeitos adversos já são conhecidos. Trata-se ainda de produto potente já que, com apenas uma dose, é capaz de proteger o vacinado por toda a vida. O composto seria, por fim, viável de se produzir em larga escala no Brasil, pois é fabricado em ovos embrionados, técnica que os institutos de pesquisa brasileiros utilizam há décadas.
  • Estágio de desenvolvimento: A pesquisa teve início em setembro. Os cientistas, no momento, trabalham na construção do composto genético. Ainda não há previsão de início das próximas etapas.
  • Instituições envolvidas: Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
  • Financiamento: Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), por meio de edital do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI).
RNA mensageiro
  • Tipo: Vacina de RNA
  • Administração: intramuscular
  • Doses: duas doses
  • Fase: pré-clínica
  • Como funciona: A professora Santuza Teixeira, professora titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia da UFMG, esclarece que a candidata a vacina é baseada em mRNA ou RNA mensageiro sintético. Ele é encapsulado por uma vesícula transportadora de proteínas, o lipossomo. Uma vez inoculada no corpo humano, essa estrutura entra nas células sem dificuldade, pois é reconhecida como parte delas. Dentro da célula, o composto mimetiza a proteína S (Spike), presente no vírus Sars-CoV-2. Essa cópia não provoca adoecimento, mas é suficiente para despertar o sistema imune, que reage criando defesas contra o novo coronavírus.
  • Vantagem: Agilidade na adaptação, em caso de mutação do vírus. Conforme Santuza, alterar o RNA para produzir novas versões da vacina contra COVID-19 e até mesmo outros imunizantes é um processo relativamente simples.
  • Estágio de desenvolvimento: Os estudos foram iniciados em janeiro de 2021. Os cientistas trabalham na construção do composto. 
  • Instituições envolvidas: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 
  • Financiamento: Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), por meio de edital do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI). 

MVA + Sars-CoV-2
  • Tipo: vetor viral
  • Administração: intramuscular
  • Doses: duas
  • Fase: pré-clínica
  • Como funciona: O professor Flávio da Fonseca conta que, neste método, o protagonista é o vírus MVA, ou Vaccinia Ankara, usado como vetor da vacina contra varíola. Submetido a técnicas de engenharia genética, ele recebeu genes do novo coronavírus e, assim, passou a produzir as proteínas S (Spike) e N (do nucleocapsídeo viral) - desta vez, separadamente. A expectativa é de que o MVA, em contato com as células humanas, induza à resposta imune contra a COVID-19. 
  • Vantagem: O MVA é um vírus com genoma grande e, portanto, consegue acomodar mais de um gen, permitindo a produção de múltiplas proteínas simultaneamente.
  • Estágio de desenvolvimento: Com desenvolvimento iniciado em dezembro de 2020, o composto já está pronto. Os pesquisadores aguardam a liberação para os testes em camundongos.
  • Instituições envolvidas: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 
  • Financiamento: Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), por meio de edital do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI).

Ad5 + Sars-CoV-2
  • Tipo: vetor viral
  • Administração: intramuscular
  • Doses: duas
  • Fase: pré-clínica
  • Como funciona: De acordo com o professor Flávio da Fonseca, o imunizante consiste na versão geneticamente modificada do Adenovírus 5, o Ad5, causador de infecções respiratórias. Depois de atenuá-lo, tornando-o incapaz de provocar doenças, os cientistas inseriram partes do genoma do novo coronavírus no Ad5, criando um protótipo que produz as proteínas S, N, entre outras presentes no Sars-Cov-2. Dentro do organismo, o composto induz à resposta imune contra a COVID-19. 
  • Vantagem: Segundo o professor Flávio Fonseca, de todos os vetores virais, os adenovírus costumam induzir as respostas imunes mais intensas. 
  • Estágio de desenvolvimento: A pesquisa começou em abril de 2020. Atualmente, encontra-se em fase final de testagem em camundongos.
  • Instituições envolvidas: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 
  • Financiamento: Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), por meio de edital do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI).


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