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Estado de Minas PANDEMIA

Itaúna proíbe consumo de bebida alcoólica e faz rodízio em supermercado

Bebidas estão proibidas em bares e restaurantes e em locais públicos. Decreto também prevê toque de recolher para tentar conter a pandemia, que avança na cidade


01/06/2021 19:13 - atualizado 01/06/2021 19:38

Itaúna terá uma série de restrições para contenção da pandemia de COVID-19 a partir desta quarta-feira (2/6)(foto: Prefeitura de Itaúna/Divulgação )
Itaúna terá uma série de restrições para contenção da pandemia de COVID-19 a partir desta quarta-feira (2/6) (foto: Prefeitura de Itaúna/Divulgação )
Com os casos de COVID-19 batendo recordes seguidos em Itaúna, Região Centro-Oeste de Minas, e o hospital que atende ao município trabalhando com 160% da capacidade de atendimento e sem condições de ampliar pontos de oxigênio, a prefeitura decretou nesta tarde uma série de medidas de combate à pandemia.

Entre as restrições, estão a proibição do consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e também em bares, restaurantes e quaisquer estabelecimentos comerciais “independentemente do horário”, toque de recolher a partir das 22h30 e o rodízio de clientes nos supermercados de acordo com o número de CPF.
As novas medidas são complementares às restrições já previstas na onda vermelha do programa Minas Consciente do governo estadual e entram em vigor a partir desta quarta-feira (2/6), conforme o Decreto Municipal nº 7.437, publicado na tarde desta terça-feira, (1/6).
 

Toque de recolher e "lei seca"

De acordo com o decreto, as atividades socioeconômicas terão limitação de funcionamento após as 22h30, exceto as atividades relacionadas à saúde, à segurança, à assistência e as industrias em geral.
 
Entre as limitações está a “proibição de eventos de qualquer espécie em estabelecimentos comerciais, incluindo residências, sítios e/ou chácaras”.
 
A prática de esportes coletivos não profissionais também fica proibida, de acordo com o decreto.

A prefeitura confirmou ainda a suspensão das competições de futebol amador, que estavam acontecendo nos estádios da cidade, como o Campeonato de Futebol Rural e a Copa Itaúna de Futebol Feminino.
 

Rodízio nos supermercados

Outra restrição prevista para os moradores de Itaúna a partir desta quarta-feira (2/6) é o rodízio de clientes nos supermercados de acordo com o número do CPF.

O decreto determina que “o acesso dos consumidores aos supermercados, além de seguir as disposições estabelecidas no Plano Minas Consciente, deverá ser controlado de acordo com o número final do CPF do consumidor, sendo pares e ímpares em dias alternados”.
 
O decreto não estabelece quais dias deverão ser seguidos para o rodízio, ficando a cargo dos supermercados definir como serão distribuídos os dias de frequência nos estabelecimentos.
 

Punições

Quem descumprir as medidas previstas no Decreto municipal, bem como os protocolos previstos no programa Minas Consciente, está sujeito, de acordo com a Prefeitura de Itaúna, à notificação, multa e suspensão/cassação do alvará de funcionamento.

O decreto também prevê que as ocorrências serão comunicadas à autoridade policial e ao Ministério Público.

O hHospital Manoel Gonçalves está trabalhando com 160% da capacidade(foto: Hospital Manoel Gonçalves/Divulgação)
O hHospital Manoel Gonçalves está trabalhando com 160% da capacidade (foto: Hospital Manoel Gonçalves/Divulgação)

 

Hospital operando com 160% da capacidade

O Hospital Manoel Gonçalves, que atende Itaúna, Itatiaiuçu, Itaguara e Piracema, emitiu nesta terça-feira um comunicado sobre a situação alarmante de atendimento aos pacientes com COVID-19.

De acordo com a instituição, não há mais disponibilidade de “espaço físico, nem pontos de oxigênio, nem leitos” para atender a novos pacientes diagnosticados com COVID-19 e a ocupação de leitos está em 160% da capacidade.
 
“Está sendo ocupada toda a estrutura física do hospital, inclusive com a utilização de todos os pontos de oxigênio e a impossibilidade física de se instalar outros pontos. Considerando o aumento de demanda de pacientes respiratórios, estando hoje com uma ocupação de 70 leitos, enquanto a capacidade é de 42 leitos COVID, incluindo aí os leitos de UTI. Considerando a utilização de todo o contingente de pessoal que já não consegue atender à demanda de pacientes”, informou a nota do hospital.

Segundo a direção, o hospital está em “estado de calamidade financeira e funcional, sem financiamento para os excessivos gastos com a COVID-19”.

A nota termina pedindo à população que evite aglomeração, atenda aos protocolos de cuidados contra a COVID-19 e evite a necessidade de ir ao hospital, optando por procurar os postos de saúde.
 

Recorde e nova postura

Na semana passada, Itaúna bateu o recorde semanal de registro de casos de COVID, com 590 novas confirmações da doença.

Nesta semana, já foram registrados 247 novos casos da doença, com 135 resultados positivos na segunda-feira (31/05) e 112 casos nesta terça.

A proliferação dos casos obrigou a assessoria de comunicação do município a tomar a decisão de não mais informar nos boletins da COVID se os pacientes que faleceram vítimas da doença tinham comorbidades ou não.
 
“A gente vê ainda inúmeras pessoas que acham que essa é uma doença de velho ou uma doença de idoso, que só quem tem comorbidade vai falecer. E os números não têm mostrado isso. Não só de Itaúna, mas do Brasil. Várias pessoas de pouca idade, várias pessoas saudáveis tem falecido, tem apresentado complicações. Então, para que as pessoas não se escondam atrás dessa retórica de que essa é uma doença de velho ou de pessoas com comorbidade, a gente resolveu não falar mais sobre comorbidade, uma vez que isso não está mais em jogo. É seguir os protocolos, seguir os cuidados, não tomar medicamento que não tenha eficiência comprovada e cada um fazer a sua parte”, afirmou o assessor de comunicação do município, Hermano Martins.
 
O Boletim de segunda-feira (31/5) registrou seis mortes causadas pelo novo coronavírus e nesta terça-feira foram três óbitos, de acordo com a Prefeitura de Itaúna. 
 


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas

[VIDEO4]

 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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