Projeto que vigora desde o ano passado, o Monitoramento COVID Esgotos detectou a presença do novo coronavírus no esgoto de quatro de cinco pontos analisados em Belo Horizonte. De acordo com a pesquisa, apareceram cópias do vírus no aeroporto de Confins, na rodoviária e nos shoppings Diamond e Oiapoque.
O estudo mostra que foram detectadas 57,3 mil cópias por litro de carga viral nas amostras coletadas.
Foi a maior quantidade desde os 61,3 mil vistos nas amostras do aeroporto de Confins no levantamento de 17 de março.
Desta vez, o aeroporto apresentou carga viral de 1,38 mil por litro, patamar considerado aceitável pelos especialistas.
Já a rodoviária de BH teve apenas 847 cópias da COVID-19 por litro, enquanto o Diamond contou com 739 amostras por litro.
Também analisado na pesquisa, o Lar de Idosos não teve amostra detectada em seu esgoto neste boletim. Porém, foram constatadas amostras de 5.910 e 167 cópias por litro nos estudos divulgados anteriormente, em 28 de abril e 5 de março, respectivamente.
"A atenção deve ser dada à detecção, duas vezes consecutivas, do SARS-CoV-2 no esgoto do Lar de Idosos, nas semanas epidemiológicas 17 (28/4/2021) e 18 (5/5/2021). Esse resultado pode servir de alerta para a investigação de possíveis novos casos de COVID-19 entre os residentes e funcionários do asilo”, diz o relatório.
Estudos
De forma geral, a capital mineira apresenta queda na presença de carga viral do coronavírus nas análises de esgoto. Ainda que a transmissão da doença continue elevada, o último boletim feito pelos pesquisadores apontou que BH chegou a 4,4 trilhões de cópias do vírus por dia, menor patamar em 2021.
Segundo os registros, esse foi o menor valor coletado no esgoto desde 13 de outubro, quando foram registradas 1,6 trilhões de cópias com base na análise feita em duas estações de tratamento (Arrudas e Córrego do Onça), que atendem a pelo menos 70% da população belo-horizontina.
No último monitoramento, em 27 de abril, BH contava com quase 7,5 trilhões de cópias do vírus causador da COVID-19.
As maiores cargas virais foram registradas em 22 de dezembro de 2020 e na semana entre 16 e 30 de março, quando o valor chegou a quase 40 milhões de cópias por dia.
As maiores cargas virais foram registradas em 22 de dezembro de 2020 e na semana entre 16 e 30 de março, quando o valor chegou a quase 40 milhões de cópias por dia.
"Foi observada tendência de diminuição nas concentrações do SARS-CoV-2 no esgoto das bacias do Ribeirão Arrudas e Onça, nas últimas quatro semanas epidemiológicas. A mesma tendência foi observada para três subbacias do Ribeirão Onça monitoradas: Córrego Vilarinho, Córrego Terra Vermelha Córrego Gorduras", aponta os pesquisadores.
O Monitoramento COVID Esgotos é uma iniciativa conjunta da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis - UFMG), em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES).
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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