
Na quinta-feira (20/5), a escola informou que as aulas presenciais seriam suspensas por 14 dias, a partir de hoje. "Seguindo rigorosamente nosso protocolo, a medida precisou ser tomada após sermos notificados de que um colaborador da área administrativa, que atua nos dois turnos, foi diagnosticado com a COVID-19", informou a escola.
De acordo com o colégio, trata-se de uma "medida preventiva" que visa o cuidado e a segurança de crianças, professores e demais colaboradores de acordo com o plano de ação emergencial e embasamento nas orientações do protocolo estadual Minas Consciente.
Nesta sexta-feira, os pais receberam, porém, uma nova nota dizendo que, após receber a notificação de um caso positivo de COVID-19 entre os colaboradores, o colégio seguiu "rigorosamente o protocolo e suspendeu as aulas presenciais".
A colaboradora é da área administrativa e atua como auxiliar educacional, com suporte direto aos estudantes e professores - que lecionam presencialmente, para os dois grupos de escalonamento.
A partir disso, a escola afirma que convocou uma consultoria parceira e o grupo multidisciplinar de trabalho para estudar estratégias de retorno com o objetivo de minimizar o impacto na comunidade escolar.
"Ficou definida a testagem de todos os professores e colaboradores que tiveram contato direto ou indireto, com a profissional em questão", informou.
A testagem esta sendo realizada nesta sexta. "Teremos os resultados no dia 23 e entraremos em contato com vocês", informou o colégio.
Ainda de acordo com a escola, se tudo correr bem e a situação for favorável para o retorno, as atividades serão retomadas já na segunda (24/5) com aulas presenciais "do grupo vermelho e no dia 31 com atividades na escola para o grupo azul, dando sequencia ao rodizio definido anteriormente".
Preocupação dos pais
O pai de um aluno, que preferiu não se identificar, acredita que não há como a escola garantir a segurança. "O problema é: que teste feito hoje garante que nenhum funcionário esteja com COVID? Todos os testes pedem no mínimo de 3 a 5 dias para acusar o vírus. Testar hoje vai contra qualquer protocolo", disse.
Além disso, o pai afirma que a escola demorou para esclarecer a função e os possíveis contatos da profissional com as crianças. "Em um primeiro momento, o colégio diz que se trata de uma funcionária do administrativo, hoje, já disseram que ela atua como auxiliar educacional. Falta transparência", complementou.
"Qual protocolo a escola está seguindo? Por que mudaram de posição em menos de um dia? O resultado são professores inseguros com a possível volta e pais sem saber o que realmente está acontecendo e o risco que esse retorno representa", afirma o pai, que tem receio de mandar o filho para a escola.
O que diz o colégio
O Estado de Minas entrou em contato com a assessoria de imprensa do Colégio Santo Agostinho para esclarecer as dúvidas apresentadas pelos pais.
Veja a nota na íntegra:
"O Colégio Santo Agostinho informa que, nesta 4ª feira, dia 19/05, foi notificado por uma colaboradora da área administrativa-pedagógica, que trabalha em uma das 'bolhas' (grupos de escalonamento de alunos), que testou positivo para Covid-19. A funcionária já não frequentava a escola desde a 2ª feira. O Colégio suspendeu de imediato as aulas presenciais na unidade do bairro Gutierrez, em Belo Horizonte, seguindo rigorosamente o protocolo Tempo de Cuidar, adotado pela instituição, e que pode ser acessado no site https://tempodecuidar.santoagostinho.com.br/.
Após análise da consultoria parceira Arcadis e do grupo multidisciplinar de trabalho responsável pela elaboração do protocolo Tempo de Cuidar, ficou determinada a realização da testagem em todos os professores e colaboradores que tiveram contato, direto ou indireto, com a profissional em questão. A testagem está sendo realizada nesta sexta-feira (21) e os resultados serão recebidos no dia 23, domingo.
Somente após a testagem, se tudo correr bem e a situação for favorável para o retorno, às aulas presenciais do grupo de estudantes da 'bolha' da semana anterior, e que não tiveram contato direto com a colaboradora, serão retomadas na segunda-feira, dia 24. Já as aulas para o grupo que esteve presente nessa semana na escola, somente serão retomadas presencialmente, no dia 31, após o período de quarentena. A escola ressalta que continua sendo opcional o envio do estudante para as aulas presenciais.
O Colégio Santo Agostinho segue agindo de forma cautelosa e com a única intenção de preservar a vida de toda a comunidade escolar."
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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