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Estado de Minas AULAS PRESENCIAIS

Duda Salabert denuncia surto de COVID-19 em pré-vestibular presencial em BH

A vereadora recebeu denúncias de que havia um surto no curso Hexag, que retomou as aulas presenciais. No entanto, o problema não foi informado aos professores


08/05/2021 16:01 - atualizado 08/05/2021 16:02

Imagem da máscara que os professores receberam(foto: Duda Salabert/Divulgação)
Imagem da máscara que os professores receberam (foto: Duda Salabert/Divulgação)
A vereadora Duda Salabert acionou o Ministério Público e a Vigilância Sanitária para investigar a denúncia de um surto de COVID-19 no curso pré-vestibular Hexag Medicina BH. A parlamentar recebeu a informação de que cinco alunos testaram positivo para o novo coronavírus.
 
Na sexta-feira (07/05), a instituição enviou mensagem aos alunos informando dos casos, no entanto, não teria feito uma comunicação formal aos professores. Outra reclamação feita à vereadora se refere ao fornecimento de equipamento de proteção individual para os professores.
 
Eles se queixam que não receberam a máscara PFF2, equivalente à N95, modelo indicado por especialistas, como o mais eficaz para se proteger de variantes mais agressivas do novo coronavírus.

Na mensagem enviada aos alunos, o Hexag afirmou que "estou recebendo de alguns alunos a notícia que testaram positivo para a COVID-19. Primeiramente eu gostaria de agradecer à todos (SIC) esses alunos que tiveram a responsabilidade de nos notificar. Não esperava nada menos de futuros Médicos”.
 
No comunicado, é solicitado aos alunos que redobrassem os cuidados e evitassem aglomerações.  A mensagem, no entanto, deixou a cargo dos alunos, que tiveram contato com os colegas que testaram positivo, fazer o exame para saber se estão contaminados.
 
Um funcionário do pré-vestibular, que pediu para não ser identificado temendo represálias, confirmou à reportagem que não foram avisados. "Não avisaram os professores. Só avisaram os alunos. A empresa agiu com uma má-fé absurda. A gente voltaria a trabalhar sem saber. Não nos avisaram e seguiriam com as atividades normalmente pedindo, simplesmente, para os alunos triplicarem os cuidados", disse. 

"O nosso mandato recebeu denúncia de funcionários. Os equipamentos de proteção individual, que estavam sendo dados, são de péssima qualidade, uma máscara simples. Distribuíram uma única vez e não repetiram. Depois desse surto de COVID, a escola mandou mensagem só para os alunos. Não avisou professores e funcionários. Eles ficaram sabendo pelos próprios alunos", afirmou Duda.

A vereadora também notificou a Vigilância Sanitária. "A fim de que os órgãos públicos tomem uma posição em defesa da saúde dos professores, funcionários e alunos. A nossa preocupação não é só com essa escola, mas com a saúde pública de Belo Horizonte", argumenta. 

A parlamentar defendeu que a medida mais adequada seria o estabelecimento suspernder as aulas presenciais. "É um curso elitizado para alunos em uma faixa financeira elevada, com mensalidades altas. Os alunos poderiam assistir tranquilamente aulas online. O que está sendo discutido é diferente da educação infantil. Nesse caso, há um impacto das crianças ficarem longe da escola. Mas, nesse pré-vestibular, os alunos têm acesso à internet" .

Duda lembra que foi anunciada a vacinação de professores para a próxima semana e, então, poderia ter bom senso para aguardar. "Outros pré-vestibulares da Capital não reabriram em respeito à saúde pública. Deveriam ter avisado os professores, que tiveram contato com os alunos contaminados"
 
O QUE DIZ O HEXAG
 
O coordenador pedagógico do Hexag Medicina, Bruno Cacique, negou que tenha sido registrado um surto na instituição. Ele informou que são quatro casos e que ele recebeu essas informações na sexta (07/05). Dois comunicados pela manhã e dois comunicados à tarde. "Não tem nenhuma evidência que a transmissão se deu aqui dentro. Então, é descartada totalmente a possibilidade de ser um surto de COVID dentro do Hexag". 

Ele afirmou que o curso segue os protocolos sanitários determinados pela Prefeitura de Belo Horizonte, inclusive os alunos têm que usar máscara o tempo inteiro. Em relação à queixa dos professores de não terem sido avisados, ele disse que, primeiro, os alunos foram identificados e isolados.
 
Depois, foi realizado um rastreamento de quem teve contato com eles, que foram avisados. E, na sexta à noite, os professores foram avisados. "Não avisei imediatamente, primeiro, porque minha preocupação inicial era com os alunos, até mesmo por ser um número muito maior em relação aos professores. Na parte da noite, na hora que tinha resolvido tudo com alunos, avisei professores", informou.

Ele disse ainda que os professores recebem  máscara cirúrgica para se protegerem. Não são oferecidas a PFF2 por não ser uma obrigatoriedade, mas que, mesmo assim, pretendem fornecer esse equipamento de proteção. "Estou conversando com o coordenador geral para adquirir esse tipo de máscara para repassar aos professores".
 
O coordenador pedagógico disse que os professores também recebem a máscara de acrílico.  Segundo ele, as aulas presenciais seguirão e cabe aos alunos decidir se frequentam ou não. Ele afirma que o ensino, no pré-vestibular, é híbrido. Portanto, quem quiser pode optar pelo ensino remoto.
 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas


 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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