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Estado de Minas FLEXIBILIZAÇÃO

Reabertura de BH anima comerciantes, que se preparam para esta quinta-feira

Funcionários de comércios da capital mineira se organizam para reabrir as portas amanhã (22/4)


21/04/2021 14:15 - atualizado 21/04/2021 15:17

Caminhões desembarcam alimentos para a reabertura de restaurantes no Centro(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Caminhões desembarcam alimentos para a reabertura de restaurantes no Centro (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)

Mangueiras, panos, esponjas e baldes com desinfetante nas mãos de um mutirão que higieniza as lojas. Caminhões frigoríficos  abrem os baús para o reforço de estoque dos restaurantes. Espaçamentos demarcados em corredores e caixas. O feriado do Dia de Tiradentes, nesta quarta-feira (21/4), é de mobilização dos trabalhadores para receber o retorno dos clientes nesta quinta, primeiro dia da reabertura das atividades não essenciais em Belo Horizonte (veja as regras abaixo).

Usando os jatos da mangueira para limpar a fachada e as portas de aço, a gerente da loja Magazine Maná, no Betânia, na Região Oeste de BH, Andréia Pereira da Silva, de 41 anos, arregaçou as mangas e ajudou faxineiros e atendentes na higienização.

“Todos estamos colaborando. A loja vai ficar 'um brinco'. Quase 40 dias fechados foi difícil demais. Agora, com a proximidade do Dia das Mães, vamos aproveitar ao máximo para recuperar as vendas”, disse.

Mutirão de limpeza de funcionário em loja do Bairro Betânia na mira da reabertura(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Mutirão de limpeza de funcionário em loja do Bairro Betânia na mira da reabertura (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
O estabelecimento fica na Avenida Úrsula Paulino, um importante corredor comercial da região. Mesmo às vesperas de abertura das portas, ainda hoje atividades não essenciais continuaram em funcionamento clandestino, como lojas de roupas e manicures à meia porta, tentando burlar a fiscalização.

Quem aguardou a liberação legal ficou aliviado. “Para nós, foram tempos de muita dificuldade. Apertamos as economias da casa. Luz e água subiram demais com todo mundo preso. Mas, agora, vamos recuperar, se Deus quiser”, afirma a auxiliar de serviços gerais de um comércio de roupas, Cleusa da Silva, de 54.

A movimentação de preparação das lojas atraiu muitas pessoas que acharam que já estava ocorrendo a reabertura das atividades. “Estou procurando uma cozinha de brinquedo para a minha filha, de 2 anos. Vi que a portinha da loja estava aberta e pensei que poderia comprar, mas os atendentes me pediram para sair, porque estavam só higienizando para amanhã”, disse o pedreiro Pablo Valadares, de 28.

Ao lado de Pablo, a mulher dele, Naiane dos Santos Silva, de 21, também aguarda com ansiedade a reabertura, pois vai poder reabrir o seu salão de beleza. “Mesmo assim não acho que os clientes vão voltar todos Fenika vez. As pessoas estão com muito medo. Principalmente porque nem todos estamos vacinados. Mas vai ser um alívio voltar a trabalhar”, disse.

Pelas ruas do hipercentro da capital, quase todas as portas fechadas exibem cartazes divulgando os canais de compras pelas redes sociais e telefones das atividades que retoram com a flexibilização. Alguns estabelecimentos conseguiram liminares para manter o funcionamento, ainda que com redução de público, por venderem também itens essenciais, como lojas de festas e armarinhos conjugados com armazéns.

Pablo e Naiane viram movimentações de limpeza e tentaram comprar brinquedo(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Pablo e Naiane viram movimentações de limpeza e tentaram comprar brinquedo (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Dois desses estabelecimentos, na Rua dos Caetés, conseguiram manter funcionários e agora já pretendem contratar. "Com as liminares conseguimos manter 10 funcionários, mas podemos abrir mais cinco vagas em breve e abrir mais duas lojas. Esperamos que, com a reabertura, tenhamos uma procura ampliada em 20% a 30%. Reforçamos o estoque e preparamos a loja para receber as pessoas com promoções", disse o gerente do armarinho, que preferiu não se identificar para evitar o que definiu como "polêmicas".

O movimento de caminhões desembarcando mercadorias para os bares e restaurantes da Rua Rio de Janeiro foi uma constante mesmo durante o feriado. "Os comerciantes estão animados. por isso trabalhamos mesmo no feriado para trazer alimentos congelados e compensar o paradeiro que a pandemia trouxe", disse o motorista de caminhão-frigorífico, Carlos Alberto das Graças, de 42.

A clientela das outras lojas e os próprios lojistas retornando animaram os negócios do setor de alimentação na Região Central. "Fizemos compras para poder aumentar a nossa capacidade de servir pratos agora que o movimento deve retornar ao Centro. Acho que nesse primeiro momento devemos ter uma ampliação de 30%, mas, se as coisas melhorarem, a gente amplia mais", afirma Daniel Carlos Amaral de Almeida, proprietário do restaurante Mineirinho 2, um tradicional fornecedor de refeições a trabalhadores da região e que estava sobrevivendo apenas de delivery e retiradas na porta.

 

Mesmo às vésperas da reabertura do comércio, lojistas insistiram em vender roupas clandestinamente(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Mesmo às vésperas da reabertura do comércio, lojistas insistiram em vender roupas clandestinamente (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)


Abre e fecha

Na segunda-feira (19/4), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou a flexibilização de atividades restritas para controlar a COVID-19, como a abertura das atividades comerciais não essenciais a partir desta quinta-feira (22/4).


A decisão pode ser tomada após três dias de reuniões - entre as últimas quarta e sexta-feira - com o Comitê de Combate à COVID-19 da Prefeitura de BH. Essa reabertura, foi possível com o controle dos índices de disseminação da doença, ocupação de leitos hospitalares (clínicos e UTI), volume de pacientes aguardando vagas e estoque de medicamentos para intubação.

No último sábado (17/4), BH foi uma das cidades a deixar a onda roxa do plano Minas Consciente, do governo estadual. A fase mais restritiva do programa estadual obriga que os municípios permitam o funcionamento somente de serviços essenciais. A capital mineira agora está na onda vermelha, que autoriza a flexibilização. Contudo, essa é apenas uma orientação e não uma imposição a cada município.


Desde 13 de março, BH está praticamente fechada em decorrência da evolução dos casos do novo coronavírus. Praças públicas e pistas de atividades ao ar livre e funcionamento de certos serviços que estavam liberados, como retirada de comida na porta de restaurantes, são algumas das proibições mais recentes.

Somente serviços considerados essenciais podem funcionar na capital desde 6 de março. Esse foi o quarto fechamento do comércio na cidade, com o começo da pandemia.

A cidade chegou a ter também toque de recolher das 20h às 5h, a partir de 16 de março, medida proporcionada pela onda roxa do Minas Consciente. Contudo, a alternativa para conter a pandemia foi barrada após decisão judicial e posteriormente excluída do programa.

 
Reabertura

Confira horários de funcionamento do comércio com a flexibilização

 

- Comércio varejista

Segunda-feira a sábado (9h e 20h)

- Comércio atacadista da cadeia varejista, exceto de recicláveis

Segunda-feira a sábado (5h e 17h)


- Cabeleireiros, manicures e pedicures
Segunda-feira a sábado (sem restrição)


- Estética e cuidados com a beleza
Segunda-feira a sábado (sem restrição)


- Galerias de lojas e centros de comércio
Segunda-feira a sábado (9h e 20h)


- Interior de shopping centers
Segunda-feira a sábado (10h e 21h)


- Atividades no formato drive-in
Segunda-feira a sábado (14h e 23h59min)


- Atividades de condicionamento físico como academia
Segunda-feira a sábado (sem restrição)


- Serviços de alimentação, para consumo no local
Segunda-feira a sábado (11h e 16h)


- Entrega em domicílio e retirada

(sem restrição)


- Comércio de alimentos em veículo automotor
Segunda-feira a sábado (11h e 16h)


- Atividades presenciais em escola para ensino de direção, língua, esportes e cultura

Segunda-feira a sábado (sem restrição)


- Atividades presenciais em creche e escola de ensino infantil
Segunda-feira a sábado (sem restrição)

 

Fonte: PBH

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas


 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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