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Estado de Minas PROTEÇÃO

Idosos de BH adiantam vacinação por medo de faltar imunizante

Reportagem do EM recebeu relatos de postos drive-thru que não negam vacinação fora de data prevista no calendário. Prefeitura defende respeito ao agendamento


25/03/2021 17:15 - atualizado 25/03/2021 19:46

Vacinação de idosos em BH segue em postos de saúde(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Vacinação de idosos em BH segue em postos de saúde (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


A vacinação de idosos tem causado dúvidas nos belo-horizontinos. O Estado de Minas recebeu relatos de casos de idosos que foram vacinados no mesmo dia, com a mesma vacina, mas receberam a marcação da segunda dose para dias diferentes. Também houve caso de um idoso, que ainda não estava na faixa etária compreendida pelo calendário da Secretaria Municipal de Saúde, que foi ao posto atrás da imunização e acabou vacinado. 

Além da ansiedade gerada ao grupo de risco e seus familiares, há ainda uma segunda preocupação com relação à garantia da segunda dose, já que o Ministério da Saúde liberou o uso das vacinas armazenadas (que seriam para a segunda dose).

Um publicitário de 47 anos, que pediu para não ser identificado, correu para garantir a imunização do pai, de 82. O idoso tomou a primeira dose da CoronaVac em um dos postos em sistema drive-thru da capital, em 9 de março, de acordo com o calendário da Prefeitura de Belo Horizonte.

A segunda dose estava agendada para o dia 30, mas ele adiantou a data prevista e recebeu a imunização nesta quinta-feira (25/3), sem impedimento.

“Preocupado em não ter vacina disponível até dia 30, pedi ao meu irmão para levar meu pai novamente, para ver se poderia ser vacinado já. Afinal, havia passado 16 dias da primeira dose. E ele acabou sendo vacinado com a segunda dose, sem nem precisarmos discutir”, afirmou.



Ele ainda tem como experiência a vacinação de outro parente. “Minha tia, de 81 anos, se vacinou no dia seguinte ao meu pai e a segunda dose dela foi marcada para antes da dele”, lembrou. Ambos receberam a CoronaVac, que deve ser administrada em esquema de duas doses, com intervalo de 2 a 4 semanas.

O publicitário conta que, mesmo não tendo nenhum caso de COVID-19 em sua família, todos são preocupados com a pandemia e se protegem ao máximo. No entanto, a avó da mulher dele morreu nesta semana, vítima da doença, em Piumhi, na Região Centro-Oeste de Minas, mesmo tendo recebido a primeira dose na semana retrasada.

“Ela pegou a COVID-19 de uma cuidadora. Se as doses de vacina não tivessem sido desviadas pela SES-MG, talvez ela tivesse recebido a segunda dose e não teria morrido”, comenta.

Idosos furando fila?


A vacinação de idosos entre 74 e 72 anos está agendada para começar nesta sexta-feira (26/3), conforme o cronograma da PBH. No entanto, a reportagem do EM recebeu o relato de uma pessoa que levou o pai para se vacinar no posto drive-thru da BHTrans, no Buritis, na Região Oeste da capital. No local, ele teria ouvido os profissionais de saúde autorizando a vacinação de pessoas de 72 anos.

“Levei meu pai ontem (24/3) para tomar a segunda dose. Eu desci do carro para confirmar se estavam dando CoronaVac. Eu estava com as meninas que fazem a triagem, que pegam os dados e os documentos. Vi uma perguntando para a outra que tinha uma pessoa de 72 anos para vacinar. Uma, que parecia que coordenava, falou que poderia vacinar se chegassem esses casos”, conta Lucas Roedel, de 41, servidor público.

Retorno da prefeitura


A reportagem do Estado de Minas questionou a Secretaria Municipal de Saúde de BH sobre como são definidos os prazos para a segunda dose, já que a CoronaVac prevê um intervalo de 14 a 28 dias. 

Em nota, a SMS orienta que as pessoas procurem a unidade de saúde na data marcada no cartão de vacina para tomar a segunda dose.

"No caso de agendamento do centro de saúde em dias diferentes para pessoas que tomaram a primeira dose no mesmo dia, isso não representa nenhuma incorreção, o importante é que o prazo de 14 a 28 dias seja respeitado", afirmou, informado que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca/Fiocruz também é administrada em duas doses, porém com intervalo de 12 semanas.

Também foi questionado como o controle do cronograma tem sido feito, já que há insegurança da garantia de segunda dose. A prefeitura informou que segue o cronograma nacional com os critérios e grupos definidos pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19.

"O Ministério da Saúde mudou a estratégia de imunização para ampliar a cobertura e informou que vai garantir o envio da segunda dose", diz o texto.

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp



Como a COVID-19 é transmitida?


A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?



Como se prevenir?


A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

Vídeo explica porque você deve aprender a tossir

Mitos e verdades sobre o vírus


Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:



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