
Fernanda Torres é indicada ao Oscar de melhor atriz
Protagonista de "Ainda estou aqui" concorre à estatueta, 26 anos depois de sua mãe, Fernanda Montenegro, ter competido pelo papel de Dora em "Central do Brasil"
Mais lidas
compartilhe
Siga noFernanda Torres foi indicada ao Oscar 2025 de melhor atriz, pelo papel de Eunice Paiva em “Ainda estou aqui”. O anúncio foi feito pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, que organiza o evento, nesta quinta-feira (23/1).
Também estão na disputa Cynthia Rivo ("Wicked"), Karla Sofía Gascón ("Emilia Pérez"), Mikey Madison ("Anora") e Demi Moore ("A substância"). A cerimônia de premiação está marcada para 2 de março.
-
17/01/2025 - 08:31 Fernanda Torres diz ter medo de voltar ao Brasil e exalta mãe em entrevista -
20/01/2025 - 17:21 Conheça os 53 brasileiros que votam no Oscar -
22/01/2025 - 04:00 "Ainda estou aqui", Fernanda Torres e André Novais levam o Prêmio APCA
Depois de fazer história ao ser a primeira brasileira a ganhar o Globo de Ouro, no último 5 de janeiro, Fernanda Torres pode repetir o feito, se vencer o Oscar. A última brasileira indicada à estatueta foi a mãe dela, Fernanda Montenegro, pela interpretação de Dora em “Central do Brasil” (1998), também de Walter Salles. Na ocasião, quem ganhou a estatueta foi Gwyneth Paltrow, por “Shakespeare apaixonado”.
Sobre a campanha de divulgação de “Ainda estou aqui” que resultou na indicação ao Oscar, Fernanda Torres afirmou, em entrevista ao Estado de Minas, por ocasião da estreia do filme nos cinemas brasileiros:
“Estou fazendo zigue-zague no Atlântico, um negócio de maluco mesmo. É como uma campanha política. Você tem que fazer o filme ser visto nos Estados Unidos, na Europa, no Brasil, se possível, na Ásia... Uma loucura! Estou vivenciando na pele a glória e seu cortejo de horrores”.
“Ainda estou aqui” é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e narra a trajetória de Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva (Selton Mello), ex-deputado federal cassado, preso, torturado e morto durante a ditadura militar.
Depois do sequestro do marido pelo regime, Eunice Paiva cria sozinha os cinco filhos do casal, retorna à faculdade para estudar Direito e empreende uma campanha pelo reconhecimento por parte do Estado brasileiro do assassinato de Rubens Paiva.
O longa ultrapassou a marca de 3,5 milhões de espectadores nos cinemas brasileiros às vésperas do anúncio das indicações ao Oscar e ficou entre os cinco filmes mais vistos de 2024 no país. Os dados são da Comsorce.
Nos EUA, a produção foi bem recebida pela crítica especializada. O “New York Times” classificou o filme como “belo e dilacerante” e afirmou que ele cumpre papel importante no resgate da memória de um país.