(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PANDEMIA

Vacinação de adolescentes de 17 anos começa nesta quarta-feira, em BH

Tire suas dúvidas sobre a imunização dessa faixa etária; especialistas reforçam a importância da vacinação dos jovens para controlar a pandemia de COVID-19


27/09/2021 17:53 - atualizado 27/09/2021 18:53

Os adolescentes de 17 anos devem receber o imunizante fabricado pela Pfizer, já que é o único aprovado pela Anvisa para esta faixa etária
Os adolescentes de 17 anos devem receber o imunizante fabricado pela Pfizer, já que é o único aprovado pela Anvisa para esta faixa etária (foto: Leandro Couri/EM/D.A)
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) começa a vacinar, nesta quarta-feira (29/9), os adolescentes de 17 anos, completados até 30 de setembro, sem comorbidades,  conforme anúncio feito na semana passada

 

 


Segundo a PBH, adolescentes a partir de 16 anos não precisam estar acompanhados de pais ou responsáveis no momento da imunização. Para receber a vacina, eles precisam apresentar documento de identificação, podendo ser identidade ou certidão de nascimento. 
 
 
A prefeitura recomenda que o adolescente apresente o CPF ou o Cartão Nacional de Saúde. 

O jovem também precisa apresentar comprovante de residência em Belo Horizonte, não ter recebido vacina contra a COVID-19 ou qualquer outra vacina nos últimos 14 dias e não ter tido COVID-19 com início de sintomas nos últimos 30 dias. 

A PBH informa ainda que os cerca de 29 mil adolescentes de 17 anos serão imunizados somente com a vacina da Pfizer, já que é o único imunizante autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil para adolescentes de 12 a 17 anos. 

Sobre a vacinação de jovens com idades inferiores, a prefeitura explica que “é imprescindível que novas remessas de vacinas sejam entregues a Belo Horizonte para a ampliação dos grupos a serem vacinados. A Prefeitura reafirma a disponibilidade de pessoal e de todos os insumos necessários para a imediata continuidade do processo.”

Importância da vacinação dos adolescentes 


A infectologista Melissa Valentini ressalta que a única maneira de combater uma epidemia como a da COVID-19 é ampliando a vacinação e tendo a maior parte do público vacinado. 

“Caso contrário, com um percentual de pessoas não vacinadas, o vírus continua circulando nessa população, há o surgimento de variantes e a epidemia não consegue ser erradicada.”

Por isso, ela afirma que a vacinação de jovens dessa faixa etária é extremamente importante. Além disso, a infectologista alerta para o aumento do número de casos da doença entre os adolescentes. 

“De acordo com o boletim semanal de testes feitos pelo Grupo Pardini, nas duas últimas semanas, apesar dos adolescentes serem os que menos tentam, eles estão com percentual de testes positivos maior do que das outras populações, mostrando que, neste momento, são as pessoas com maior risco.”

Os dados apresentados pelo laboratório mostram que adolescentes entre 14 e 17 anos apresentam maior percentual de testes positivos de COVID-19, assim como a população acima de 60 anos. "Mostrando a importância da dose de reforço (para os idosos).”

Melissa afirma que crianças e adolescentes têm uma chance muito menor de apresentarem casos graves da doença, em comparação com adultos com comorbidades e idosos. 

“O cenário é preocupante, a partir do momento que o jovem volta a trazer o vírus para dentro de casa. Mesmo com os pais e avós vacinados, todos sabem que nenhuma vacina imuniza 100% contra nenhuma doença.”

O pediatra e epidemiologista do Grupo Pardini, José Geraldo Leite Ribeiro, também reforça a importância da vacinação nesta faixa etária. 

“Eu mesmo tive a oportunidade de tratar dois adolescentes na última semana que se infectaram. Como a maioria deles, forma leve, um pouco de dor de garganta, febre baixa. Mas, esse quadro leve e, às vezes, até os assintomáticos, do ponto de vista epidemiológico são preocupantes porque a pessoa acaba saindo de casa, frequentando outros ambientes e aumentando a possibilidade da transmissão.” 

A vacinação desses adolescentes, de acordo com ele, é necessária para reduzir essa taxa de infecção. 

“Outra questão importante é que os idosos e imunodeficientes perdem uma parte deles, a sua proteção de 6 a 8 meses depois da segunda dose da vacina. Então, o adolescente pode acabar transmitindo para essa população, sejam esses vacinados ou não”, completa. 

Vacina da Pfizer e contraindicações


A infectologista ressalta que os jovens devem receber apenas o imunizante produzido pela Pfizer. 

“Qualquer outra vacina, não deve ser aplicada nos adolescentes de 12 a 17 anos. A única vacina aprovada pela Anvisa é a Pfizer. Isso é uma coisa importante que os pais saibam.”

Melissa lembra que no estado de São Paulo, os jovens nessa faixa etária receberam imunizantes de outros laboratórios. Mas, ela não recomenda essa medida tomada pelo governo paulista.

“Não é o que o Programa Nacional de Imunização recomenda e os pais devem ficar atentos a isso.”

A respeito das contraindicações, os especialistas afirmam que elas são raras. “São as mesmas no caso dos adultos. Em relação à vacina da Pfizer, que será usada, é apenas alergia grave à própria vacina. Não há outra pré-condição que contraindique absolutamente a vacinação”, explica o pediatra. 

“São as habituais. Se a pessoa tiver tido COVID nos últimos 30 dias, não deve tomar (a vacina). Se tiver algum quadro agudo, com febre também não”, diz Melissa. 

Ela lembra que os efeitos adversos da vacina não diferem muito do ocorrido na população adulta. “Há um percentual de adolescentes, principalmente, do sexo masculino que na segunda dose podem ter uma miocardite associada a vacina. Entretanto, a chance de ter uma inflamação crônica pelo vírus, é muito maior do que pela vacina.” 

De acordo com a infectologista, foram registrados alguns casos nos Estados Unidos, onde a vacinação desta faixa etária já está mais avançada. “Mas é um percentual muito pequeno que não justifica a contraindicação da vacina.”

Melissa reforça que não há motivos para preocupação dos pais neste sentido. 

“Essa vacina foi aprovada pela nossa agência regulatória, já está sendo administrada em vários países da Europa e dos Estados Unidos e tem condução de estudos clínicos até em crianças mais novas, a partir de 5 anos. Provavelmente, ela será liberada em breve para essa faixa etária também. Nesse momento, os benefícios de se vacinar são muito mais importantes do que os riscos que ela pode trazer.”

Ela explica ainda que a vacina contra a COVID-19 não deve ser combinada com nenhuma outra. “Deve haver um intervalo de 15 dias antes e depois entre elas.”
 
A PBH prometeu divulgar os locais de vacinação para os adolescentes de 17 anos em seu portal até o fim do dia. Assim que houver a informação dos postos disponíveis para esta faixa etária, a matéria será atualizada. 
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 
 

Leia mais sobre a COVID-19

Confira outras informações relevantes sobre a pandemia provocada pelo vírus Sars-CoV-2 no Brasil e no mundo. Textos, infográficos e vídeos falam sobre  sintomas prevenção pesquisa  vacinação .
 

Confira respostas a 15 dúvidas mais comuns

Guia rápido explica com o que se sabe até agora sobre temas como risco de infecção após a vacinação, eficácia dos imunizantes, efeitos colaterais e o pós-vacina. Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara?  Posso pegar COVID-19 mesmo após receber as duas doses da vacina?   Posso beber após vacinar?  Confira esta e outras  perguntas e respostas sobre a COVID-19 .

Acesse nosso canal e veja vídeos explicativos sobre COVID-19





 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)