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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: Minas registra sete dias sem mortes em 73% das cidades

Período sem óbitos em 619 municípios coincide com maior velocidade da vacinação no mês em que o estado caminha para 50 mil vidas perdidas


24/07/2021 04:00 - atualizado 24/07/2021 07:14

Para o secretário Fábio Baccheretti, o desafio no momento é vacinar os 44% do público-alvo que ainda não tomaram a primeira dose até setembro(foto: Fábio Marqueto/SES-MG/Divulgação )
Para o secretário Fábio Baccheretti, o desafio no momento é vacinar os 44% do público-alvo que ainda não tomaram a primeira dose até setembro (foto: Fábio Marqueto/SES-MG/Divulgação )
No momento em que o Minas Gerais se aproxima das 50 mil mortes por COVID-19 desde o início da pandemia, o governo do Estado detecta sinais de trégua. Dos 853 municípios mineiros, 619 não registraram nenhum óbito em decorrência da doença nos últimos sete dias. O número corresponde a 73% do total de cidades. A velocidade da vacinação também bate este mês o recorde desde janeiro, com 230 mil doses aplicadas diariamente. Na capital, uma boa notícia: a transmissão da doença voltou à faixa verde, patamar controlado. (Leia mais abaixo.)

As informações foram apresentadas pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva à imprensa na Cidade Administrativa. “Nesta semana, só 27% dos municípios tiveram óbitos registrados, demonstrando o quanto a vacina é eficaz e representa um divisor de águas. Agora é a hora de continuar todos os cuidados e avançar na vacinação para superarmos este momento”, disse Baccheretti.

De acordo com o secretário, julho foi o mês em que Minas recebeu mais doses de imunizantes e a tendência é de que em agosto o estado bata novo recorde, com a previsão de chegada de 6 milhões de doses. “Continuamos distribuindo de forma muito ágil, iniciando em menos de 24 horas o envio para todas as regionais. Além disso, vacinar por idade é o jeito mais fácil, então foi uma decisão muito acertada priorizar esse formato e ser menos burocrático no processo”, destacou.

Minas Gerais aplicou, até o momento, cerca de 12,6 milhões de doses da vacina contra a COVID-19. Todo o grupo prioritário recebeu o imunizante. Segundo dados de ontem do vacinômetro da Secretaria de Estado de Saúde, 56,26% das pessoas de 18 anos de idade ou mais – público-alvo da campanha – tinham recebido a primeira dose de imunizante até ontem, e 21,21%, também a segunda ou a aplicação única da Janssen.

DESAFIO


desafio agora é vacinar 44% do público-alvo com a primeira dose nos próximos dois meses, destacou Bacccheretti, ainda durante a entrevista coletiva. Em 8 de julho, o governador Romeu Zema (Novo) afirmou que todos os mineiros com mais de 18 anos serão vacinados com a primeira dose até setembro – um mês antes do previsto.

"Nós temos aí para final de julho, agosto e setembro, de vacinar, com a primeira dose, cerca de 44% da população. O desafio é grande, o estado vai continuar distribuindo as doses de forma muito ágil para que os municípios consigam rapidamente vacinar a população. Um desafio que teremos que fazer em dois meses e pouco", disse o chefe da pasta.

Ainda de acordo com o secretário, a previsão é que em dezembro o público-alvo esteja com seu esquema vacinal contra o coronavírus concluído. "Pensando no intervalo maior entre a primeira e segunda doses, de três meses (para os imunizantes CoronaVac e AstraZeneca), em setembro temos uma expectativa de finalizar a primeira aplicação e em dezembro deste ano ou talvez em janeiro do ano que vem, se todos buscarem a dose no seu tempo certo, vamos vacinar com as duas doses todos os mineiros adultos", afirmou.

Ele pediu atenção da população aos prazos entre as doses. "Há um atraso na busca dos mineiros pela segunda dose. Vale destacar que para a eficácia da vacina, tirando a Janssen, que é de dose única, é preciso a aplicação das duas doses. Então, quem não buscou ainda que busque a segunda dose. Temos que acelerar a vacinação completa das pessoas. Lembrando que dentro dos estudos sobre a variante Delta a eficácia é com as duas doses", disse o secretário.

A expansão da imunização já se reflete na redução de casos graves e, consequentemente, na demanda por leitos em unidades de terapia intensiva. Ontem, 50 pacientes aguardavam atendimento no estado, o menor número dos últimos 45 dias.

CASOS E MORTES


Apesar dos sinais de alívio, a pandemia ainda não está controlada e todos os cuidados aprendidos até aqui, como o uso de máscaras e higienização das mãos, devem ser mantidos. Entre quinta-feira e ontem, Minas registrou 123 mortes causadas pela COVID-19. No total, o estado já soma 49.500 óbitos provocados pelo coronavírus desde março de 2020, de acordo com dados do boletim epidemiológico divulgado ontem pela SES.

O número total de casos de infecção confirmados chega a 1.928.391 no estado, sendo que somente em 24 horas novos 7.161 diagnósticos foram re- gistrados. Já os casos em acompanhamento somam 60.717. Essa classificação se refere a pessoas ainda em tratamento e também a registros que precisam de atualização por parte das secretarias municipais de Saúde. Além disso, 6.684 pessoas tiveram alta do hospital no período de 24 horas, e no atual momento o número total de recuperados do vírus soma 1.818.174 desde março de 2020.

*Estagiárias sob supervisão do subeditor Daniel Seabra

Sputnik V

O governo de Minas Gerais pode desistir da importação da Sputnik V, imunizante contra a COVID-19 produzido pelo Gamaleya, na Rússia, caso as doses encomendadas pelo estado não sejam entregues ainda em julho. "Caso não consigamos trazer o mais rápido possível, (a importação) perde a sua necessidade, uma vez que o nosso calendário está avançando muito bem. Os municípios estão vacinando muito rapidamente, e não haveria então motivo dessa importação", afirmou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, na manhã de sexta-feira (23/7).

A aquisição do produto está autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2 de julho. As negociações incluem a compra de 428 mil doses do imunizante, o suficiente para proteger 1% da população mineira. Segundo Baccheretti, os russos não cumpriram o prazo de entrega acertado com os outros nove estados do Nordeste, que também fizeram acordos com o Fundo Soberano Russo.

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