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Estado de Minas DESTAQUE MINEIRO

Mineiras que ganharam bolsa na Alemanha são barradas pela pandemia

País europeu restringiu a entrada de brasileiros para conter a chegada de novas variantes do coronavírus e evitar o agravamento nos casos de COVID-19


07/04/2021 18:20 - atualizado 01/06/2021 16:18

Duas jovens mineiras que ganharam uma bolsa de estudos e trabalho na Alemanha vivem dias de ansiedade enquanto o país europeu não libera a entrada de estrangeiros por conta da pandemia do novo coronavírus.

As estudantes Luiza Braga Ferreira dos Santos, de 29 anos, e Laura Buarque Andrade, de 32, passaram em um processo seletivo para integrar um laboratório de pesquisa e correm o risco de perder a vaga caso a fronteira não seja liberada até o início de maio.


Com uma trajetória baseada em escola pública, Luiza passou no vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aos 17 anos, logo na primeira tentativa.

Foi lá que ela se formou em química e ganhou sua primeira bolsa de iniciação científica, tendo estudado inglês nos Estados Unidos por meio do programa Ciências Sem Fronteiras.

Logo depois da formatura, Luiza fez o mestrado no Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, e voltou para BH para trabalhar como técnica na UFMG.

Era um trabalho temporário, já que o grande sonho era trabalhar fora do Brasil.


“Tem um tempo que eu tento trabalhar fora e participei, no ano passado, de um processo seletivo para o centro de pesquisa em que você é contratado como pesquisador junior e pode fazer o doutorado lá. Havia 62 pessoas no total, do mundo inteiro, e passei na primeira colocação para desenvolver meu projeto com eles e ser a pesquisadora júnior do instituto”, conta Luiza.

Laura e Luiza precisam de liberação para a entrada na Alemanha(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Laura e Luiza precisam de liberação para a entrada na Alemanha (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)


A estudante recebeu a aprovação oficial em janeiro e ainda não conseguiu sair do Brasil. “Como o coronavírus piorou muito, os consulados foram fechados, a Alemanha restringiu ainda mais a entrada de brasileiros e simplesmente eu não consigo ir”, explica.

Unindo forças

No meio desse processo de luta para conseguir a liberação para viajar para a Alemanha, ela conheceu Laura, que é engenheira de minas, com mestrado em geometalurgia pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

O projeto aprovado dela é para estimar as reservas de lítio mundiais até 2050, também na instituição da Alemanha, mas em outra unidade.

“Pedi demissão onde trabalhava para ir, pois sempre foi meu sonho ter uma carreira internacional”, diz a Laura.

As duas se uniram para não perder a oportunidade que ganharam em meio a dezenas de concorrentes de outros países. De acordo com Luiza, o contrato dela era para início em abril e o de Laura em março.

“Simplesmente, se a gente não conseguir até maio, vamos perder a vaga”, lamenta.


Se as restrições do país europeu não diminuírem, elas provavelmente serão substituídas por alemães.

“São duas mineiras, duas brasileiras que lutaram muito para conseguir uma vaga de pesquisadora júnior, e o consulado simplesmente não ajuda”, disse.

“A gente não entende o porquê dessa falta de ajuda, sendo que já temos contrato de trabalho, não estamos indo para passear. Inclusive temos uma carta do instituto explicando a urgência.”

As autoridades

Em resposta ao Estado de Minas, o Consulado Geral da República Federal da Alemanha no Rio de Janeiro afirmou que o governo alemão decidiu por uma proibição geral de entrada e transporte de viagens do Brasil para a Alemanha desde 30 de janeiro de 2021, que foi prorrogada até 14 de abril e poderá ser novamente prorrogada dependendo do desenvolvimento da pandemia.

Segundo o consulado, essa medida foi tomada “para evitar a inserção de formas mutantes do vírus corona”.

Poucos grupos de pessoas estão isentos dessa proibição básica de entrada e transporte e, mesmo sendo um assunto importante os cursos de extensão, como pesquisas, devido à magnitude atual da pandemia, não estão sendo considerados uma exceção. Neste contexto, gostaríamos de salientar que atualmente não podem ser emitidos vistos para pessoas que não se enquadram nas exceções e que, portanto, não estão autorizadas a entrar”, diz o texto.

Também em resposta à reportagem, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que “a definição de políticas sanitárias e migratórias adotadas por países no contexto da pandemia de COVID-19 é prerrogativa soberana de seus governos.” 


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

 

Os chamados passaportes de vacinação contra a COVID-19 estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países.

O sistema de controle tem como objetivo garantir o trânsito de pessoas imunizadas e fomentar o turismo e a economia.  


Especialistas dizem que os passaportes de vacinção impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas

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Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:




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