Jornal Estado de Minas

LITERATURA

Os livros mais marcantes da década, por Simone Pessoa



Simone Pessoa
Livreira da Livraria Ouvidor

“A Vida invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha (Cia das Letras, 2016)
Excepcional novela urbana brasileira na tradição de Lygia Fagundes Telles. Sua personagem Eurídice, uma dona de casa submissa e empática, encanta profundamente os leitores. Adorável.



Leia: Os livros brasileiros de ficção mais marcantes da última década

“Torto arado”, de Itamar Vieira Junior (Todavia, 2019)
Romance forte e encantador sobre os negros trabalhadores rurais, meeiros na Chapada Diamantina. Surpreende pela força dos personagens e beleza da história.

“Tudo é rio”, de Carla Madeira (Quixote-Do, 2019)
Linda história fantástica, que surpreende pelos personagens muito bem construídos e impactantes, junto a uma história linda e erótica que surpreende pela velocidade da leitura; desconheço quem tenha gastado mais de um dia na sua leitura. Experiência feita com os leitores na livraria Ouvidor.

“O livro das semelhanças”, de Ana Martins Marques (Cia das Letras, 2015)
Imperdível.

“Formas do nada”, de Paulo Henriques Britto (Cia das Letras, 2012)
Toda sua poesia merece destaque, esse em especial.





“Barba ensopada de sangue”, de Daniel Galera (Cia das Letras, 2012)
Excelente romance sobre a ausência e esquecimento. Passado no litoral sul brasileiro, conta a história de um jovem em busca de isolamento.

“O marechal de costas”, de José Luiz Passos (Alfaguara, 2016)
Romance histórico urbano passado em 2013 nas jornadas de julho, em que a trineta do marechal Floriano Peixoto é empregada doméstica na casa de um sociólogo que assiste ao impeachment da Dilma. Muito bom e surpreende a condução da biografia do marechal entremeando a narrativa.


“Mais (um) nada”, de Jacynto Lins Brandão (Quixote-Do, 2020)
Surpreendente e sofisticado livro de poesia do professor e tradutor da UFMG. Sua poesia é um diálogo com os deuses.





“Luzes de Niterói”, de Marcello Quintanilha (Veneta, 2019)
Este é uma sugestão incrível de uma novela urbana em quadrinhos, lindamente desenhada, com uma narrativa rodrigueana e autorreferente da década de 50 em Niterói. Tudo é excepcionalmente bem-feito. Maravilhoso.

“Apátridas”, de Alejandro Chacoff (Cia das Letras, 2020)
Excelente e atual novela dos anos 90 no Brasil profundo: a história se passa em Cuiabá. Divertido e irônico ao mesmo tempo.

CLIQUE E CONFIRA A LISTA DE CADA UM DOS CONVIDADOS

Andréa Soares Santos (MG), professora do departamento de Linguagem e Tecnologia do Cefet-MG

Darwin Oliveira (CE), crítico e criador do canal “Seleção Literária”

Etiene Martins (MG), coordenadora da Bantu, livraria especializada em literatura negra
 
Guiomar de Grammont (MG), coordenadora-geral do Fórum das Letras

José Castello (RJ), jornalista, escritor e crítico literário

José Eduardo Gonçalves (MG), jornalista, editor e escritor

Josélia Aguiar (SP), jornalista e diretora da Biblioteca Mário de Andrade

Juliana Gomes (SP), coordenadora do Leia Mulheres, clube de leitura dedicado à autoras

Larissa Mundim (GO), coordenadora da Nega Lilu Editora

Luciana Araujo Marques (SP), crítica e doutoranda em teoria e história literária

Luís Augusto Fischer (RS), professor de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Mateus Baldi (RJ), crítico e criador do canal “Resenha de Bolso”

Ney Anderson (PE), jornalista, escritor e crítico literário do blog “Angústia criadora”

Regina Dalcastagnè (DF), professora do Departamento de Teoria Literária e Literaturas da UnB

Rogério Coelho (MG), articulador do Coletivoz sarau de periferia e do slam Clube da Luta

Rogério Pereira (PR), jornalista, escritor e editor do jornal de literatura “Rascunho”

Schneider Carpeggiani (PE), editor do "Suplemento Pernambuco"

Sérgio de Sá (DF), crítico literário e professor na Universidade de Brasília (UnB)

Simone Pessoa (MG), livreira da Livraria Ouvidor

Stefania Chiarelli (RJ), professora de literatura na Universidade Federal Fluminense (UFF)




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