Stefania Chiarelli
Professora de literatura na Universidade Federal Fluminense (UFF)
“Passageiro do fim do dia”, de Rubens Figueiredo (Cia das Letras, 2010)
Já um clássico contemporâneo. O percurso pela periferia da urbe conduzido por um narrador concebido de forma primorosa.
“A vendedora de fósforos”, de Adriana Lunardi (Rocco, 2012)
A prosa elegante da autora nos leva pela mão, afundando em conflitos familiares e a tensa relação entre duas irmãs. Lirismo e ironia em dose precisa.
“O homem-mulher”, de Sérgio Sant’Anna (Cia das Letras, 2014)
Para ler até decorar, como o conto que intitula o volume, além de “Eles dois”, “Lencinhos”e “O corpo”. Nunca é demais ler Sant’Anna.
“Água de barrela”, de Eliana Alves Cruz (Malê, 2018)
O biográfico e o histórico alimentam este romance arrebatador, que percorre várias gerações cujos laços foram rompidos pela escravidão.
“A noite da espera”, de Milton Hatoum (Cia das Letras, 2017)
A sempre fluida prosa do autor manauara, mas em nova geografia, incluindo Paris e Brasília. A ditadura brasileira pela ótica de um protagonista construído de modo irreparável.
“Aquela água toda”, de João Anzanello Carrascoza (Cosac Naify, 2012)
Infância e memória entrelaçadas com raro apuro estético. Aqui cada palavra vibra e pulsa.
“O corpo interminável”, de Claudia Lage (Record, 2019)
Um mergulho a fundo nas cicatrizes da nossa história coletiva, revelador do amplo domínio narrativo de Lage.
“A ocupação”, de Julián Fuks (Cia das Letras, 2019)
O autor transfigura o substantivo em verbo e carne ao tematizar dores de amor e a tragédia dos deslocamentos contemporâneos. Belo e forte.
“Por cima do mar”, de Deborah Dornellas (Patuá, 2019)
Leitura para entrar nos navios em que os corpos negros narram a memória do silêncio, da escravidão e da morte. Um romance potente e dolorido.
Todos os santos”, de Adriana Lisboa (Alfaguara, 2019)
A prosa sensível da autora evoca afetos, perdas e dilemas éticos. Lisboa em grande forma
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