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Estado de Minas Literatura

Os livros mais marcantes da década, por Rogério Pereira

Vinte críticos, jornalistas e gestores culturais indicam os livros nacionais - romances, contos, poemas - que marcaram suas leituras nos últimos dez anos


16/04/2021 04:00 - atualizado 16/04/2021 08:32

 

Rogério Pereira 
Jornalista e editor do jornal de literatura Rascunho 

“Nada a dizer”, de Elvira Vigna (Cia das Letras, 2010) 
Elvira Vigna é, sem dúvida, uma das vozes mais originais da literatura brasileira contemporânea. Sua obra, composta basicamente por romances, é de uma coerência – de temas e de estilo – impecável. Sua voz irônica, e às vezes cruel, é só uma das marcas deste “Nada a dizer”. 

Leia: Os livros brasileiros de ficção mais marcantes da última década

“Diário da queda”, de Michel Laub (Cia das Letras, 2011)
 Desde sua estreia com o romance “Música anterior”, em 2001 (desconsiderando os contos de “Não depois do que aconteceu”, de 1998), Michel Laub constrói uma sólida carreira. O ponto alto é, sem dúvida, “Diário da queda”, em cujo centro gravitam lembranças e conflitos familiares. 

“Vermelho amargo”, de Bartolomeu Campos de Queirós (Cosac Naify, 2011) 
Mestre da narrativa voltada ao público infantojuvenil, Bartolomeu Campos de Queirós deixou esta breve, mas contundente, narrativa adulta. No centro da trama, uma família em frangalhos, corroída pela violência das relações desprovidas de afeto. 

“Da arte das armadilhas”, de Ana Martins Marques (Cia das Letras, 2011)
 O coloquial é uma das grandes virtudes da poesia de Ana Martins Marques. A poeta transforma a banalidade dos dias e das coisas em motivo para intensas reflexões. 

“O senhor do lado esquerdo”, de Alberto Mussa (Record, 2011) 
Alberto Mussa constrói em vários de seus romances uma espécie de cartografia literária e afetiva do Rio de Janeiro. Para isso, mergulha na história da cidade, sempre munido de fatos reais e imaginação, entrelaçando tudo com o que há de melhor no gênero policial. 

“K.: relato de uma busca”, de Bernardo Kucinski (Expressão Popular, 2011)
Nestes tempos bestiais que nos rondam – com terraplanistas, negacionistas da ciência e, com ar de galhofa, da ditadura militar que lacerou com violência extrema a história do Brasil –, a leitura do romance “K.”, de Bernardo Kucinski, é mais que imprescindível. Uma narrativa, para além de suas qualidades literárias, sobre o horror causado pela ditadura em duas décadas. 

“Domingos sem Deus”, de Luiz Ruffato (Record, 2011)
 ”Domingos sem Deus”é um marco da literatura brasileira ao encerrar a pentalogia “Inferno provisório”, em cujo centro está o operariado/proletariado, numa trajetória a partir dos anos 1950. O título do livro é a chave para entender o que sobra a muitos dos personagens criados por Ruffato. 

“O drible”, de Sérgio Rodrigues (Cia das Letras, 2013) 
Com o pretexto do antológico drible de Pelé no goleiro uruguaio Mazurkiewicz, na Copa de 70, que acabou no quase gol mais impressionante do futebol mundial, Sérgio Rodrigues constrói um dos mais belos romances da literatura brasileira sobre a relação pai e filho. 

“Jeito de matar lagartas”, de Antonio Carlos Viana (Cia das Letras, 2015) 
Na brevidade de suas narrativas, Antonio Carlos Viana é um gigante do conto brasileiro. Busca na trivialidade do cotidiano material farto para suas histórias desprovidas de acrobacias linguísticas. Numa aparente simplicidade, Viana constrói pequenos monumentos a cada linha. Impossível sair indiferente a qualquer um de seus contos. 

“Câmera lenta”, de Marília Garcia (Cia das Letras, 2017) 
A poesia de Marília Garcia é repleta de experiências e experimentos. Parece sempre em busca de novas maneiras de dizer, de expor o verso aos olhos espantados do leitor. É preciso estar sempre atento às escolhas a cada palavra, a cada silêncio. Neste “jogo”reside a força deste “Câmera lenta”.

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