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Estado de Minas PROFISSIONAIS E PACIENTES

BH tem mais de 1 mil profissionais de saúde afastados em menos de um mês

Levantamento da Saúde mostra que entre os dias 1 e 25 de janeiro houve mais profissionais com sintomas respiratórios que em meses anteriores


28/01/2022 14:44 - atualizado 28/01/2022 15:28

pessoa de jaleco branco entrando no Centro de Saude Pompeia, em BH
Funcionários da Rede SUS-BH estão afastados com sintomas gripais (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


O aumento de casos de COVID-19 provocados pela variante Ômicron juntamente à escalada de doentes com a gripe Influenza tem desfalcado equipes e elevado a pressão nos hospitais. Do dia 1 ao dia 25 de janeiro foram afastados 1.086 profissionais da saúde do Sistema Único de Saúde de Belo Horizonte (SUS-BH).

O número é mais que o dobro, por exemplo, se comparado com outubro ou novembro do ano passado, quando foram 412 e 540 afastamentos, respectivamente.


Os dados foram confirmados pela Prefeitura de Belo Horizonte ao Estado de Minas, que mostrou, na edição de hoje (28/1), que em plena escalada de casos, afastamento de profissionais contaminados compromete escalas, sobrecarrega colegas e abre corrida por contratação.

“O levantamento do número de profissionais afastados é feito ao fim de cada mês. Entretanto, para avaliação do impacto desses afastamentos na assistência à saúde da população, a Prefeitura antecipou o levantamento de janeiro deste ano”, informou a Secretaria Municipal de Saúde.

Faltam contratações

A prefeitura informou que, para recompor as equipes, do dia 24 de dezembro de 2021 a 25 de janeiro de 2022, o município contratou 1.430 profissionais de saúde, sendo 309 médicos em diversas especialidades. “A Secretaria Municipal de Saúde trabalha ininterruptamente para manter plenas condições de assistência a toda a população”, defendeu.

Há ainda um banco de currículos para contratação imediata de médicos. Os interessados devem acessar o Portal da Prefeitura de Belo Horizonte para realização do cadastro. 

Quadro se repete por todo o país

De acordo com o Observatório da Enfermagem, gerido pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), ontem, a média móvel de casos entre os profissionais da área estava em 49, tendo sido confirmados 64 novos diagnósticos de COVID-19 em 24 horas. O número aumentou exponencialmente nas últimas semanas, já que janeiro começou com a média em 7, patamar que estava estabilizado desde junho de 2021.

 

Por outro lado, a média móvel de mortes não aumentou – está paralisada em um óbito desde 7 de janeiro. Ainda assim, o Cofen reforça que “esses dados não refletem com precisão os afastamentos”, uma vez que sua atualização depende do envio de levantamentos dos conselhos regionais (Corens) junto aos responsáveis técnicos, “sendo inevitável a subnotificação e delay”.

 

“Temos um panorama geral em que os profissionais de saúde que atuam em ambientes hospitalares estão se afastando com COVID, pela Ômicron, e gripe. O Observatório da Enfermagem tem alguns registros ainda um pouco tímidos. Dentro do nosso próprio sistema, temos alto índice de profissionais que já se contaminaram com COVID-19 ou síndromes gripais. Em todo o país, temos profissionais que já foram afastados”, disse Eduardo Fernando, coordenador do comitê gestor da crise COVID-19 do Cofen.

 

Levantamento feito pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) espelha a pressão imposta a esses profissionais com a escalada da variante Ômicron no Brasil, combinada ao surto de H3N2. De acordo com a pesquisa, quase 82% dos entrevistados disseram que estão atendendo mais pacientes e 33% relataram que a jornada de trabalho aumentou.

 

“Quando tenho um profissional afastado, acabo sobrecarregando outro. Isso influencia tanto na saúde do enfermeiro quanto na qualidade do atendimento ao paciente”, afirma Eduardo. “Enquanto a população não se conscientizar de que o distanciamento social, a máscara e a higienização das mãos são necessários, nunca vamos conseguir combater esse vírus”, acrescenta.

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