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A ocupação dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19 retornou ao estágio crítico em Belo Horizonte nesta quarta (23/6). O indicador sofreu leve alta: de 69,1% para 70,1%. A fase mais grave é determinada a partir dos 70%.
Dessa maneira, a estatística permaneceu apenas um dia na faixa de alerta, a intermediária. Porém, o patamar medido nesta quarta está bem inferior ao das semanas anteriores.
Para efeito de comparação, o mês de junho começou com uma taxa de uso das UTIs de 81%. Ou seja, o parâmetro vem de uma tendência de queda, ainda que após o feriado prolongado de Corpus Christi, quando era esperada uma alta.
De acordo com o infectologista Geraldo Cunha Cury, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), essa queda recente pode ser explicada por dois fatores: o avanço, ainda que tímido, da vacinação; e o fato de que muitas pessoas tiveram COVID-19 recentemente e, portanto, criaram anticorpos.
“Nós tivemos um feriado, que geralmente é catastrófico. Também tivemos aquela grande manifestação contra o Bolsonaro há algumas semanas. E nenhuma das duas coisas resultou em um aumento da transmissão”, diz Cury.
Outros indicadores
Nesta quarta, a taxa de transmissão do novo coronavírus se manteve em 0,94 em BH. Assim, o indicador continua na zona controlada. Isso ocorre desde o início de junho.
No nível atual, 94 pessoas são infectadas pelo vírus, em média, a cada 100 casos de COVID-19 na capital mineira.
Outro indicador da pandemia, a ocupação das camas de enfermaria sofreu queda neste boletim mais recente: de 55,4% para 54,1%. Portanto, o dado permanece na área intermediária. Esse é o caso desde 12 de abril.
Casos e mortes
Nesta quarta, mais 20 mortes por COVID-19 entraram para o balanço da PBH. São 5.647 no total – 547 somente em junho.
Já o número de casos cresceu em 1.356. São 232.048 desde março do ano passado: 6.856 em acompanhamento e 219.545, além dos óbitos.
Vacinação
Belo Horizonte chegou à marca de 1.026.140 vacinados contra a COVID-19 com a primeira dose nesta quarta. Outras 417.177 receberam a segunda dose.
Apenas 2.925 pessoas foram imunizadas em BH nas últimas 24 horas. Esse é o menor número de vacinados na cidade desde 1º de março, quando a capital registrou apenas 1.126 injeções aplicadas (o menor número desde o início da campanha).
Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) afirmou que a guerra por mais vacinas com o governador Romeu Zema (Novo) está “apaziguada”.
Nesta quinta-feira (24/6), a capital vai retomar a imunização das pessoas entre 53 e 55 anos.
A capital mineira vacinou 50,4% do seu público-alvo com a primeira injeção até o momento. Por outro lado, 19% desse mesmo contingente completou o esquema vacinal.
Segundo números da prefeitura, 69.834 profissionais da educação tomaram a primeira dose do imunizante.
Além deles, 187.863 trabalhadores da saúde, 18.586 servidores da segurança pública, 464.277 idosos acima de 60 anos e 195.658 pessoas do grupo de risco, gestantes e puérperas receberam a injeção.
A população entre 56 e 59 representa 60.241 vacinados. Outros grupos, como os garis e os motoristas de ônibus, receberam 31.681 injeções de primeira dose.
A cidade recebeu 1.740.403 imunizantes para se proteger da COVID-19 até este boletim: 813.368 da CoronaVac (Sinovac/Butantan), 711.526 da AstraZeneca (Oxford/Fiocruz) e 179.564 da Comirnaty (Pfizer).
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Confira respostas a 15 dúvidas mais comuns
Quais os sintomas do coronavírus?
O que é a COVID-19?
A COVID-19 é uma doença provocada pelo vírus Sars-CoV2, com os primeiros casos registrados na China no fim de 2019, mas identificada como um novo tipo de coronavírus pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em janeiro de 2020. Em 11 de março de 2020, a OMS declarou a COVID-19 como pandemia.
