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Estado de Minas PANDEMIA

Auditoria apura erros que levaram à interdição de hospital em Divinópolis

Comissões vão averiguar responsabilização pelas falhas; prefeito de Divinópolis não descarta afastamento da empresas gestora


10/06/2021 20:13 - atualizado 10/06/2021 20:25

O IBDS é responsável pela gestão da UPA e do Hospital de Campanha em Divinópolis(foto: Prefeitura de Divinópolis/Divulgação)
O IBDS é responsável pela gestão da UPA e do Hospital de Campanha em Divinópolis (foto: Prefeitura de Divinópolis/Divulgação)
Será instaurada auditoria para apurar os erros que resultaram na interdição parcial do hospital de campanha, em Divinópolis, Região Centro-Oeste de Minas Gerais. Desde a noite desta quinta-feira (10/6), novas internações no Centro de Terapia Intensiva (CTI) estão suspensas pela Vigilância Sanitária.

Duas comissões foram nomeadas no início do governo para acompanhar o cumprimento do contrato e as questões financeiras. Agora, elas deverão verificar se houve falhas por parte do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS) na gestão da unidade, que levaram às irregularidades detectadas a partir de vistoria de vereadores.

“Vamos abrir uma auditoria na IBDS e pode ser que no decorrer a gente possa trocar a empresa”, declarou o prefeito Gleidson Azevedo (PSC).

A empresa é investigada pela Polícia Federal (PF) por suspeita de desviar recursos públicos. Ela também é responsável pela gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde funciona o hospital de campanha. 

Só para os atendimentos de pacientes com COVID-19, o aditivo contratual prevê quatro parcelas de R$ 2,2 milhões. O valor pode variar de acordo com a quantidade de pessoas atendidas.

A solicitação da auditoria foi feita pela vereadora e membro da Comissão de Saúde, Lohanna França (Cidadania). “Vamos fiscalizar de perto porque precisamos resolver essa questão (...) Gente morrer porque não tem máquina de oxigênio funcionando, porque não tem bomba que dilui medicamento”, lamentou. 

Irregularidades

Os pacientes do CTI, conforme constatado pela Vigilância Sanitária, estão recebendo oferta contínua de 100% de oxigênio devido a um problema no compressor e também na tubulação.

“Quando ela vai a 100%, ele está recebendo além do que é necessário. É preciso fazer essa correção toda vez que essa bomba apita e pode trazer vários agravos na questão pulmonar. Por isso é necessário ter essa correção nos equipamentos”, explicou a diretora da Vigilância em Saúde, Erika Camargos.

A previsão é que o compressor chegue ainda nesta sexta-feira (11/6) e seja instalado até sábado (12/6).

As bombas de infusão de medicamentos também são insuficientes. Os medicamentos que deveriam ser aplicados por meio delas estão ocorrendo por meio de equipo macro gotas.

A alegação é que houve um aumento da demanda. Com 30 leitos, há 39 bombas, quando são necessárias quatro para cada paciente.

Transferência de pacientes

Além da interdição parcial, a Vigilância Sanitária empurrou para o estado a responsabilidade pela transferência de sete dos 12 pacientes que estavam internados no hospital de campanha. O comunicado foi feito à regulação.

Até o fechamento desta matéria, eles continuavam na unidade, já que a transferência esbarra na falta de leitos em Minas Gerais. Mesmo sem vagas, a diretora de Vigilância em Saúde Erika Camargos disse que essa alternativa é a mais viável.

“Como a UPA é porta de entrada, não pode deixar esse desabastecimento, mas é preferível a gente colocar isso para o estado, de ser feita a transferência, do que a gente ficar com o paciente, que pode correr esse risco de não ter assistência adequada”, argumentou.

A situação dos pacientes ainda internados também deverá ser avaliada. Embora o problema esteja ocorrendo há pelo menos um mês, a informação repassada à Vigilância é que não houve danos a nenhum deles.

Mesmo com o relatório apontando que os problemas começaram em maio, o prefeito e diretora em Vigilância alegaram que só tiveram conhecimento na sexta-feira (4/6), a partir de relatório da Comissão de Saúde da Câmara.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), por meio da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, confirmou que foi notificada pelo município nesta quarta-feira (9/6), às 22h49, para que a Central de Regulação de leitos do estado suspenda a transferência de pacientes COVID que necessitem de intubação até que este regularize a rede de gases.

“Vale ressaltar que a qualificação da rede de gases medicinais é uma preocupação do estado e que a SES/MG, juntamente com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), faz o levantamento periódico dos quantitativos dos prestadores e fornecedores de medicamentos e insumos das unidades hospitalares, bem como dos gases medicinais”, informou.

Até o fechamento desta matéria, o IBDS não se manifestou sobre o assunto.

*Amanda Quintiliano especial para o EM
 


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas

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Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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