Prefeituras do Sul de Minas divulgaram em suas redes sociais que já estão sem estoque da vacina Coronavac/Butantan para aplicação da segunda dose. Pouso Alegre e Extrema, por exemplo, tiveram que suspender a aplicação da dose de reforço porque, nesse momento, não possuem vacinas.
Em Pouso Alegre, pessoas de 67 e 66 anos que tomaram a primeira dose há mais de 20 dias foram aos postos de saúde no início dessa semana e tiveram que voltar para casa sem a aplicação da segunda dose.
A prefeitura informou que é aguardada a distribuição de novas doses da CoronaVac para que seja dada sequência à vacinação.
Já em Extrema, a prefeitura orienta que os moradores que já completaram os 28 dias da aplicação da primeira dose façam um cadastro pelo número (35) 3435-3371 para serem convocados quando chegar uma nova remessa da vacina do Butantan.
A médica alergista e imunologista Alessandra Jacob explica que é necessário tomar a segunda dose para se ter a imunidade completa, mesmo que a aplicação não ocorra no intervalo recomendado.
“Não há um problema de acabar a eficácia da vacina por conta desse atraso na segunda dose. É lógico que é necessário fazer essa segunda dose para se ter a imunidade completa. Mas um atraso pequeno de dias, de até duas semanas, não altera a eficácia e a resposta imunológica”, afirma a imunologista em entrevista ao Terra do Mandu.
Chegada de novas doses
Nessa terça-feira (5), os 53 municípios que fazem parte da Regional de Saúde de Pouso Alegre começaram a retirar as doses da nova remessa de vacinas contra a COVID-19 que chegaram à Superintendência.
De acordo com a planilha divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a regional recebeu mais de 27 mil doses, mas desse total apenas 660 são da CoronaVac.
Pouso Alegre recebeu 3.780 doses das vacinas contra a COVID-19, sendo que somente 50 doses são da vacina produzida pelo Butantan. Extrema recebeu 805 doses da AstraZeneca e apenas 10 da CoronaVac. A expectativa é de que o Ministério da Saúde envie novas doses das vacinas ainda nessa semana.
(Gabriella Starneck/Especial para o EM)
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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