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Estado de Minas PANDEMIA

Médico de BH que recomenda tratamento precoce vai ser investigado

De acordo com o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), o caso foi encaminhado para investigação na Corregedoria


23/04/2021 14:18 - atualizado 23/04/2021 19:23

Médico recomenda tratamento precoce e vai ser investigado(foto: AFP)
Médico recomenda tratamento precoce e vai ser investigado (foto: AFP)
Com mais de 70 mil seguidores no Instagram, o médico José Roberto Melo, vai ser investigado pela Corregedoria do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG). Isso porque ele tem usado a influência nas redes sociais para recomendar o tratamento precoce da COVID-19, medicamentos que não têm comprovação científica no combate à doença.

O médico criou um destaque em seu perfil, com uma série de stories, falando sobre o tratamento precoce da doença. Em alguns desses vídeos, ele fala que o coronavírus não tem cura e os médicos devem agir para minimizar os sintomas. 

“Nós sabemos que o coronavírus é uma doença sem cura: nem vacina e nem remédio. Sabemos que essa doença ao longo do seu acometimento, ela desencadeia várias coisas - trombose, dores. Tanto que na síndrome pós-COVID, a dor crônica e falta de ar podem ocorrer por meses. Tem pessoas que estão vivendo desses sintomas hoje porque não tiveram a oportunidade de minimizá-los no início do acometimento da doença. Não estou falando sobre cura, tô falando que é o nosso papel, o nosso dever, desde sempre na história da medicina, combater os mais diversos sintomas”, disse há oito semanas.
 
José Roberto Melo, médico que recomenda tratamento precoce da COVID-19(foto: Reprodução/Instituto Melo)
José Roberto Melo, médico que recomenda tratamento precoce da COVID-19 (foto: Reprodução/Instituto Melo)
 

Em outros momentos, José chega a comparar o tratamento entre dois pacientes. Um deles, obeso e do grupo de risco que o procurou com três dias após sentir os sintomas e começou a fazer o tratamento com medicamentos recomendados por ele. O outro, um atleta e jovem que demorou mais tempo para dar início ao tratamento e estava em um estado mais crítico.

Apesar de relatar a experiência com seus pacientes, a comunidade científica realizou diversos estudos rigorosos para analisar a eficácia desses medicamentos no tratamento da COVID-19. O nomeado “Kit COVID”, que é composto por hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, se mostraram inclusive ineficazes ou até mais prejudiciais do que benéficos quando administrados nos quadros leves, moderados e graves da doença.
 
Ao longo dos últimos meses, diversas entidades nacionais e internacionais se posicionaram contra o coquetel de medicamentos, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e da Europa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Por isso e também por utilizar a influência nas redes sociais, o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) informou ao Estado de Minas que o caso foi encaminhado de ofício à Corregedoria para apuração dos fatos.

A reportagem tentou entrar em contato com o médico e não obteve retorno. Também nas redes sociais, ele informou que irá divulgar um vídeo se posicionando sobre a situação ainda nesta sexta-feira (23/4).
 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 


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