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Estado de Minas PANDEMIA

Com a falta de leitos, pacientes sem COVID perdem vaga na UTI de Neves

Com aumento de infecções o sistema hospitalar da cidade entrou em colapso


16/04/2021 11:19 - atualizado 16/04/2021 11:37

De acordo com o Painel da COVID-19 da Prefeitura de Neves, até a última quinta-feira (15/4), a cidade tem 12063 casos confirmados do vírus(foto: Pixabay/Reprodução)
De acordo com o Painel da COVID-19 da Prefeitura de Neves, até a última quinta-feira (15/4), a cidade tem 12063 casos confirmados do vírus (foto: Pixabay/Reprodução)
Com o aumento das infecções de COVID-19, o sistema hospitalar acabou entrando em colapso em algumas cidades de Minas Gerais. O resultado é a falta de leitos, que deixa desamparados alguns pacientes que não foram contaminados pelo vírus, mas que precisam de atendimento médico. 

Esse é o caso de Patricia Santos Rocha, de 38 anos, que sofreu um AVC no último domingo (11/4), e agora está no Hospital Municipal São Judas Tadeu, em Ribeirão das Neves. A mulher, que está entubada, não consegue uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por falta de leitos.

“É desesperador ver minha irmã nessa situação. O coração fica na boca. Estou pedindo ajuda para todo mundo porque já que tem leito lá, precisamos transferi-la para Belo Horizonte. Assim, ela ficaria perto de mim. Estou com muito medo de perdê-la”, conta Cida Santos, irmã de Patrícia.

De acordo com o Painel da COVID-19 da Prefeitura de Neves, até a última quinta-feira (15/4), a cidade tinha 12.063 casos confirmados do vírus. Destes, 983 estão sendo acompanhados. A cidade registrou também 368 mortes por COVID-19.

Cida conta que a irmã vivia uma vida saudável e sem problemas de saúde, e mesmo assim acabou sofrendo o AVC. Agora, a grande preocupação é que ela consiga uma vaga na UTI para salvar a vida de Patrícia. “Foi tudo do nada. Muito desesperador. Ela estava bem no sábado, em casa, tudo certo. No domingo ligou para o marido dizendo que estava passando mal, e depois foi levada pelo Samu”, explica. “A pior coisa é não ter notícia. A gente fica perdido”, conta.

Em entrevista ao Estado de Minas em março de 2020, o epidemiologista da Fiocruz, Rômulo Paes, alertou sobre essa situação. Ao falar sobre a pandemia, ele afirmou que o aumento de casos poderia deixar a rede hospitalar em colapso e prejudicar outros atendimentos.

“O problema é que se a rede hospitalar entrar em colapso por excesso de demanda, a maioria dos pacientes nem vai ter atendimento. As pessoas morrerão não apenas de COVID-19, mas também por outras doenças que necessitam de atendimento hospitalar imediato. A grande questão é como organizar a fila dos casos mais complicados (em torno de 20%) nos serviços de média e alta complexidade, coisa que o debate em torno da cloroquina busca subverter”, explicou na época.

Em nota, a prefeitura de Neves informou sobre o caso de Patrícia. “A Prefeitura Municipal de Ribeirão das Neves, através da Secretaria de Saúde,  informa que o  Hospital Municipal São Judas Tadeu conta com duas salas de urgência, sendo uma para pacientes Covid e outra para pacientes  não Covid. Informa, ainda, que a paciente Patrícia Santos Rocha,  encontra- se na sala de urgência aguardando vaga de UTI e a mesma está cadastrada  na Central de Leitos aguardando transferência.”

A reportagem entrou em contato com o Hospital São Judas Tadeu mas não conseguiu resposta até o fechamento desta matéria.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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