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Estado de Minas SUPREMO

Kalil: 'Ministro deveria visitar UTI antes de decidir liberar igrejas'

Prefeito de Belo Horizonte comentou sobre a decisão do ministro do STF em manter abertas Igrejas e Templos durante pandemia de COVID-19


07/04/2021 13:49 - atualizado 07/04/2021 14:46

''Político com medo de crítica tem que mexer com outra coisa. Tenho couro grosso'', afirmou Kalil(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
''Político com medo de crítica tem que mexer com outra coisa. Tenho couro grosso'', afirmou Kalil (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), voltou a comentar nesta quarta-feira (7/4) a decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que liberou missas e cultos presenciais durante a pandemia de COVID-19. Kalil disse ainda estar “estarrecido com a decisão”.

Em entrevista ao jornal O Globo, Kalil comentou sobre a divergência de opiniões com o ministro. “Ela (a decisão) fere a lógica do que está acontecendo no país. Nós estamos ensacando corpo, são 4 mil mortes por dia”, desabafou.

“Uma decisão judicial deveria estar embasada em dados, em ciência. Ou então vem cá num hospital, põe uma máscara e visita uma UTI antes de decidir.”


O prefeito também ressaltou que ignorar a decisão do ministro do STF pode ferir a democracia. “A decisão não tem eira nem beira, mas é do Supremo. O procurador me disse que desobediência civil é coisa de quem não respeita a democracia. Não quero isso no meu currículo”, justificou.

Ele comentou sobre a revolta de pastores bolsonaristas, que chegaram a chamar Kalil de “louco” e “bobalhão”. “Eu fui eleito. Eles tiveram quantos votos?”, rebateu. “Político com medo de crítica tem que mexer com outra coisa. Tenho couro grosso, isso aí não me incomoda em nada”, completou.
 
Kalil ressaltou sua fé e disse que consultou padres e pastores antes da decisão. “Sou um homem religioso, católico, devoto de Santa Rita. Mas não tem lógica fechar o comércio e abrir as igrejas” afirmou.
 
Ele reafirmou ter medo da doença. "Eu tô apavorado. Tenho filho médico, não vejo ele há 30 dias. Estou esperando a minha vacina."
 

Entenda o caso

O duelo entre Kalil e Nunes começou no último sábado (3/4), quando o ministro emitiu uma liminar que permite o funcionamento de igrejas e templos. Em sua conta no Twitter, o prefeito informou que não seguiria a decisão do Judiciário se apoiando no entendimento coletivo do próprio STF. "Em Belo Horizonte, acompanhamos o Plenário do Supremo Tribunal Federal. O que vale é o decreto do prefeito. Estão proibidos os cultos e missas presenciais", escreveu Kalil.
 
Nunes Marques intimou o prefeito da capital mineira a tomar ciência e a cumprir a liminar. A intimação determinava que o chefe do Executivo municipal teria 24 horas para esclarecer quais as providências tomadas para o cumprimento da norma.

Kalil, então, entrou com recurso na Corte e suspendeu a fiscalização em igrejas que realizam missas e cultos presenciais até que o assunto seja discutido no STF, a pauta desta quarta-feira (7/4).

 

Vacina falsa

Na entrevista ao O Globo, o prefeito de Belo Horizonte falou ainda sobre a falsa enfermeira presa pela Polícia Federal por realizar suposta vacinação contra COVID-19 em garagem de empresa de ônibus em Belo Horizonte. "Ainda bem que era água, né? Deram sorte que não era veneno", ironizou.
 
Leia também: BH: falsa enfermeira suspeita de vacinar com soro fisiológico deixa prisão 

"A história é escandalosa, mas também é de uma ingenuidade... Se para um carro e desce uma mulher de branco mandando arregaçar a manga pra vacinar, eu dou logo um bico nela. Você é doido?", brincou.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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