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Estado de Minas GENOMA

Três variantes da COVID-19 circulam em BH e uma nova pode surgir em Minas

O sequenciamento do genoma dos vírus foi feito por pesquisadores do CTVacinas, da UFMG, que identificaram as linhagens de Manaus, Rio de Janeiro e Reino Unido


18/03/2021 13:47 - atualizado 18/03/2021 18:12

Pesquisadores do CTVacinas da UFMG(foto: Marcílio Lana/UFMG/Divulgação)
Pesquisadores do CTVacinas da UFMG (foto: Marcílio Lana/UFMG/Divulgação)

Pesquisadores do Centro de Tecnologia em Vacinas (CTVacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificaram três variantes do novo coronavírus em Belo Horizonte.
 
Em janeiro, os pesquisadores encontram nas amostras analisadas a variante P2, de mutações ocorridas no vírus em circulação no Rio de Janeiro, que se espalharam para outros lugares do Brasil. Neste mês, foram identificadas a variante P1, com origem em Manaus, e a B117, a variante que surgiu no Reino Unido.

O sequenciamento genômico é fundamental para identificar as mutações do vírus, o que permite melhor controle. Ao sequenciar o genoma, os dados ficam disponíveis para pesquisadores de todo o mundo, inclusive para os testes de eficácia das vacinas.
 
Os pesquisadores integram a Rede Corona-ômica do Ministério de Ciência e Tecnologia, que faz o monitoramento genético do vírus em todo o território brasileiro. Ainda não é possível determinar se há predominância de algumas delas. "Uma rede de genoma que foi construída lá atrás, em meados do ano passado, pelo ministério", afirma a professora Santuza Teixeira, membro da equipe do CTVacinas e professora do Departamento de Bioquímica e Imunologia da UFMG.
 
Métodos de análises 
 
(foto: CTVacinas/UFMG/Divulgação)
(foto: CTVacinas/UFMG/Divulgação)
 
 
Para fazer o mapeamento dos gens do vírus, os pesquisadores da rede podem usar três metodologias para identificar o tipo de linhagem. O sequenciamento do genoma completo, a técnica mais informativa, porém mais cara e demorada; outra técnica é a genotipagem, quando os pesquisadores já sabem qual a variação encontrada, sendo possível realizar um teste para identificar se há essa modificação.

É a técnica mais rápida que permite rastrear um número maior de amostras, mas é preciso saber o que o pesquisador está buscando. A terceira técnica não precisa realizar o sequenciamento completo. É feito o sequenciamento parcial do genoma do vírus, no trecho em que já se sabe existir alteração.
 
A terceira metodologia de sequenciamento de genoma parcial foi a metodologia empregada pelos pesquisadores do CTVacinas. "Com esse rastreamento, conseguimos identificar diferentes variantes", diz.
 
Inicialmente, em amostras de indivíduos infectados em janeiro, os pesquisadores identificaram a linhagem P2. "Vimos que a partir de janeiro, em Belo Horizonte, havia grande proporção dessa variante P2. "Agora, recentemente, com amostras de março, detectamos a linhagem P1. Ficamos surpresos que em janeiro ainda não havíamos identificado a P1. De fato, havia predominância da P2 e as linhagens ancestrais, semelhantes às que vieram de Wuhan. Nesses últimos sequenciamentos de amostras de março, identificamos a B117, variante da Inglaterra", completou.
(foto: Soraia Piva/Arte EM)
(foto: Soraia Piva/Arte EM)
 
Ainda não é possível dizer qual variante predomina na capital mineira."Não temos estudos amplos suficientes que possam nos autorizar concluir qual é a predominância, a proporção, e o número de amostras sequenciadas ainda é pequeno".
 
Os pesquisadores fizeram uma inferência de que a chegada da P2 em Minas em janeiro se deve à proximidade dos dois estados. "Estamos mais próximos do Rio de Janeiro. Agora, vendo a entrada da linhagem de Manaus, a pior", diz.
 
Novas variantes em Minas
 
As variantes surgem em locais onde há descontrole na transmissão, com uma explosão no número de casos. "Em outras regiões de Minas, as chances de ser encontrada a linhagem de Manaus pode ser maior", afirma.
 
A pesquisadora informou que uma parceria com a Funed permitirá avaliar amostras de outras regiões de Minas. Os pesquisadores não descartam o surgimento de mutações em Minas. "Pode surgir uma variante. À medida que se tem essa explosão de casos, nada impede que possa surgir variante e ela tenha mutações diferentes das mutações encontradas na P1, P2 e B117 ", conclui.
 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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