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Estado de Minas RECORDE

Soma de mortos pela COVID-19 em Minas é maior que centenas de cidades

Marca de 20.087 óbitos supera a população em 667 municípios, a exemplo de Confins, na Grande BH, com seus 6,8 mil moradores. Casos atingem 946.556


12/03/2021 06:00 - atualizado 12/03/2021 07:54

Em dois meses e meio, desde janeiro, o número de mortes no estado cresceu quase 60%, e o registro diário tem batido recordes (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 2/11/20)
Em dois meses e meio, desde janeiro, o número de mortes no estado cresceu quase 60%, e o registro diário tem batido recordes (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 2/11/20)


Um ano após o registro do primeiro caso de COVID-19 em Minas Gerais, o estado ultrapassou a trágica marca de 20 mil mortos pelo novo coronavírus. Os dados são do boletim de ontem da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), que informa total de 20.087 mortes desde o início da pandemia. De quarta-feira para ontem, 263 óbitos foram confirmados em todo o estado, um novo recorde. Até então, o pico havia sido verificado em 27 de janeiro, quando a pasta notificou 216 mortes no intervalo de um dia.

O aumento das mortes pode ser observado desde o começo de janeiro. No primeiro dia de 2021, Minas Gerais contabilizava 12.001 mortes. Desde então, em dois meses e 11 dias, houve crescimento de quase 60% nos óbitos provocados pela doença respiratória.
 
O drama das vidas perdidas em Minas para o coronavírus fica evidente quando comparado ao tamanho da população. O número de mortos no estado supera o de populações inferiores a 20 mil pessoas em pelo menos 667 municípios.

Jaboticatubas, na Grande BH, por exemplo, tem pouco mais de 20,4 mil habitantes. O município de Confins, também localizado na região metropolitana, tem 6,8 mil moradores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No contraponto dos números, apenas 68 cidades mineiras não registraram mortes pela COVID-19.

Ontem, Minas Gerais bateu o recorde de casos confirmados em 24 horas, com 10.409 novas ocorrências. Outras 7.745 infecções foram registradas pela Secretaria de Saúde, o que leva ao total de 946.556 pessoas que foram acometidas pela doença desde 2020.
 
Desse total de casos, 861.434 são de pessoas que se recuperaram. Há 65.035 em acompanhamento, termo usado para agrupar as situações de pacientes ainda em recuperação ou ocorrências que demandam atualização por parte das prefeituras.
 
Em municípios de vários regiões do estado, os indicadores da doença se agravam, impondo atendimento crítico em hospitais, que enfrentam a falta de leitos e buscam transferir pacientes. É o caso de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde o hospital de campanha chegou ao seu limite ontem. Todas as 40 vagas destinadas ao tratamento de pacientes com a COVID-19 estavam ocupadas.
 
Um paciente aguarda por leito em unidade de terapia intensiva (UTI). Esta é a primeira vez, desde quando iniciaram os trabalhos, em 22 de junho de 2020, que o hospital esgotou a capacidade de atendimento. A unidade tem 40 leitos, sendo 20 de UTI e 20 clínicos, que estão lotados.

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Ibirité, quando há necessidade de pedido de transferência para outra cidade, é feita a comunicação a uma central de regulação do estado, que diz para onde esse paciente pode ser encaminhado. A assessoria explicou que, por enquanto, o paciente que aguarda por uma vaga na UTI em Ibirité não necessita de transferência de forma emergencial e se encontra na enfermaria do hospital de campanha.
 
“Este é, com certeza, o pior momento que estamos vivendo desde o início da pandemia. Por esse motivo, pedimos à população que só saia de casa quando realmente for necessário, e que intensifique os cuidados, como o uso constante de máscara e a higienização das mãos”, alerta a secretária de Saúde, Carina Bitarães.
 
Em Carmo da Mata, no Centro-Oeste de Minas, parte dos serviços essenciais não poderá funcionar neste fim de semana. A medida faz parte do novo decreto publicado na quarta-feira, na tentativa do Executivo de conter o avanço da COVID-19. O município, de pouco mais de 11,5 mil habitantes, contabiliza 279 casos confirmados da doença e cinco mortes.

Sem nenhum hospital, as restrições seguem a mesma linha do decreto publicado na vizinha Oliveira, onde o sistema de saúde já está à beira do colapso. “Somos referenciados para Oliveira, que neste momento está com 100% dos leitos de UTI ocupados e 100% da enfermaria”, explicou a secretária de Saúde, Elisangela Neto. A cidade referência tem apenas uma única unidade hospitalar. São 10 leitos de UTI e outros 22 clínicos.

Sem vagas, os pacientes são transferidos, conforme definido pela regulação do SUS-Fácil, ferramenta do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a secretária, não há como prever para qual região e município eles serão levados. Em alguns casos, a transferência é feita para Divinópolis, distante 55 quilômetros.

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)


Contágio


A taxa de disseminação do coronavírus teve redição em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que vem enfrentando situação crítica no atendimento hospitalar. O número de transmissão por infectado no município caiu de 1,25, no início de fevereiro, para 1,04 neste mês, segundo dados da SES-MG.
 
A Prefeitura de Uberlândia atribui a queda às medidas de isolamento social que foram adotadas e informou que continua fazendo testes normalmente. Se até 4 de fevereiro 100 pessoas infectadas transmitiam o vírus para outras 125, em 1º de março, esse número de pessoas transmitiam o coronavírus para 104. A taxa de contágio considerada estável pelos especialistas está abaixo de 1, bem como o índice seguro para um retorno mais amplo das atividades econômicas fica em 0,5.
 
De acordo com o município, o ritmo de proliferação sofreu impacto de duas deliberações que restringiram as atividades e a circulação de pessoas pela cidade em fevereiro. Na quarta-feira, foi prorrogado por mais uma semana o decreto que impôs toque de recolher diário das 18h às 5h, ampliando as medidas para autorização de abertura de lojas físicas apenas dos serviços essenciais e adoção de lei seca. (*Amanda Quintiliano/Especial para o EM)

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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