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Estado de Minas DIA DA INDEPENDÊNCIA

Turistas lotaram cidades históricas e Serra do Cipó durante feriado

Embora a pandemia do novo coronavírus acumule mais de 5 mil mortes em Minas, cidades ficaram cheias de turistas


07/09/2020 18:34 - atualizado 07/09/2020 21:25

Cachoeiras da Serra do Cipó ficaram lotadas(foto: Reprodução/Redes Sociais)
Cachoeiras da Serra do Cipó ficaram lotadas (foto: Reprodução/Redes Sociais)

O fim de semana colado no feriado da Independência lotou cidades históricas de Minas Gerais. Pousadas, restaurantes e ladeiras de Ouro Preto, na Região Central do estado e São João del-Rei, no Campo das Vertentes, tiveram grande movimento de turistas de todo o país.

O cenário foi o mesmo em Santana do Riacho, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte que abriga a Serra do Cipó e Lapinha da Serra, atração com cachoeiras que aliviam o clima quente.

O que preocupa a realização dessas atividades, no entanto, é o fato de Minas Gerais enfrentar a pandemia do novo coronavírus com altos números de casos e óbitos.

Segundo a Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), são 236.012 casos confirmados e 5.851 mortes pela COVID-19. Somente nas últimas 24 horas, foram confirmados 1.208 diagnósticos positivos para a doença e 14 óbitos.



“Não dá pra acreditar que a gente está enfrentando pandemia. Ontem à tarde estava tudo engarrafado no Centro e cheio de gente invadindo o rio”, conta Stéphanie Ossart, moradora de Santana do Riacho há sete anos.

As cachoeiras no município não podem reabrir aos sábados e domingos. Como o decreto da prefeitura não especifica o funcionamento no feriado, muitos turistas foram conferir as correntes d’água. “Na parte da manhã desta segunda-feira, teve filas quilométricas para acesso às cachoeiras. No fim de semana, vários pontos foram invadidos”, acrescenta a moradora.

Segundo ela, o supermercado ficou de prateleiras vazias porque mercadorias se esgotaram. “Isso normalmente acontece em janeiro ou próximo do Ano Novo. Em plena pandemia é inacreditável”, comenta.

Stéphanie conta que muitos moradores enxergam a flexibilização do isolamento social na cidade como um risco para a propagação do novo coronavírus: “Infelizmente, virou um caos. Não tem jeito de ter uma flexibilização dessa porque não tem fiscalização. A maioria das pessoas que vem pra cá nao tem respeito, não usa máscara. A gente não viu nenhum fiscal nas ruas nesse fim de semana”.

Ela e vários moradores pedem que a prefeitura reforce com faixas e/ou carros de som o pedido de conscientização quanto ao uso de máscara e outras medidas de higiene. Além disso, outra reivindicação é a ampliação da quantidade de fiscais nas ruas para orientar a população quanto aos protocolos de saúde.

"Outra reivindicação é a prefeitura colocar o número de fiscais suficiente, principalmente nos locais de maior movimento e lixeiras que fazem muita falta. Tem que ter fiscais para multar quem descumprir as medidas, como o uso de máscara, previsto em decreto. As pessoas só entendem quando pega no bolso", finaliza Stéphanie.

Ouro Preto

Em Ouro Preto, o volume de turistas também foi alto. “Graças a Deus foi muito boa a ocupação de hóspedes. De 17 apartamentos, podemos dizer que 12 a 14 ficaram ocupados”, conta Jeferson Bispo, gerente da Pousada Ouro Preto.

Segundo ele, muitos cuidados tiveram que ser tomados para essa retomada, como a separação das mesas de café da manhã, inclusão de álcool em gel por todos os cômodos e uso de máscara.

Apesar de ter recebido turistas de cidades de fora do estado, como Curitiba, Brasília e Rio de Janeiro, ele diz que o movimento foi menor em relação aos anos anteriores.

“Foi bem abaixo por causa da pandemia, mas ficamos seis meses sem trabalhar direito. Tivemos que fazer redução de funcionários. Agora precisa voltar tudo: museus e igrejas. Porque muitos não vem porque ainda tem muita coisa fechada”, disse.

São João del-Rei

Embora também esteja com o turismo religioso fechado, São João del-Rei não dispensou visitantes. “A cidade estava bem cheia. Veio muito turista, mas a parte religiosa ainda não está aberta, somente missas com agendamento prévio”, explica Danielle Cristine Reis Maciel, assessora de imprensa da prefeitura.


 
A jornalista ressalta que a Maria Fumaça que faz o trajeto até Tiradentes voltou a funcionar no dia 4 e também atraiu passageiros. “A cidade estava muito cheia mesmo com igrejas fechadas. Muitos frequentaram os restaurante e os barzinhos que puderam abrir.”
 

Capitólio

 

A cidade de Capitólio, no Sul de Minas Gerais, se tornou um dos principais pontos turísticos do estado por conta de suas cachoeiras e rios. Neste fim de semana, no entanto, uma multidão de turistas tomou conta do município para a aproveitar o feriado prolongado.

 

De acordo com a proprietária de uma confeitaria na cidade, esse foi o primeiro feriado onde houve grande atividade turística na cidade desde a pandemia.

Ela ressalta que houve fiscalização sanitária por parte da prefeitura, com aferição da temperatura corporal, mas até moradores de Capitólio precisaram aguardar na fila por até uma hora para conseguir entrar na cidade, sobretudo na sexta-feira (4).

  

"Foi bem preocupante mesmo, até porque a nossa cidade não tem sistema de saúde para isso. O pessoal teve que trabalhar porque não teve escolha. São meses fechados e sem entrar dinheiro. É um milagre termos tão poucos casos", conta a empresária. 



O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 



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