ESTÉTICA

Os perigos dos alisantes com formol; especialista faz alerta

No Brasil, o uso de formol em alisantes é proibido por lei desde 2009, ainda assim, muitos profissionais e salões continuam utilizando a substância

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, na última segunda-feira (7/7), um comunicado alertando para os riscos à saúde e aos cabelos relacionados ao uso de alisantes capilares, especialmente os que contêm substâncias proibidas, como o formol, ou formaldeído, e o ácido glioxílico. 

O alerta foi publicado após uma operação de fiscalização da Anvisa que investigou as condições sanitárias de fabricantes e a regularidade dos produtos no mercado. No Brasil, o uso de formol em alisantes é proibido por lei desde 2009. Seu uso é permitido em cosméticos no Brasil apenas como conservante, em concentrações de até 0,2%, e como endurecedor de unhas, até 5%. Seu uso como agente alisante é proibido e representa sérios riscos à saúde. Ainda assim, muitos profissionais e salões continuam utilizando substâncias não autorizadas com promessas de alisamento imediato e baixo custo.

"Quando se utiliza um produto com formol, o paciente está sujeito a diversos problemas, como queimaduras no couro cabeludo, dermatites, oleosidade excessiva, queda contínua e afinamento capilar. Além de tornar o cabelo mais frágil, o uso frequente exige retoques constantes, o que agrava ainda mais as alterações dos fios. É um risco tanto para o cliente quanto para o profissional que manipula esses produtos", alerta Margaret Siqueira, terapeuta capilar, tricologista e CEO do Instituto Capilare.

Segundo Margaret, o setor vive um momento de transição, e os profissionais da beleza precisam se adaptar, buscar formação e se habilitar para atender à nova demanda por técnicas de alisamento mais seguras e éticas. "Quem já atua com químicas capilares precisa se atualizar”, explica.
Além disso, ela destaca a importância do diálogo entre cliente e profissional sobre os produtos utilizados. "O consumidor tem o direito de saber qual substância será aplicada em seus cabelos, principalmente se já usa colorações, descolorações ou outras químicas. O ideal é que o salão mantenha uma ficha de anamnese completa para cada cliente”, acrescenta a especialista.
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 409, a Anvisa estabelece regras para a regularização de produtos cosméticos destinados ao alisamento ou ondulação dos cabelos. Somente os ativos listados na Instrução Normativa nº 64 são permitidos. São eles:
  • Ácido tioglicólico e seus sais
  • Ésteres do ácido tioglicólico
  • Hidróxido de sódio ou potássio
  • Hidróxido de lítio
  • Hidróxido de cálcio
  • Sulfitos e bissulfitos inorgânicos

Produtos que contenham formol ou ácido glioxílico não constam nesta lista e não devem ser utilizados com fins alisantes. A Anvisa chama a atenção que o “ácido glioxílico pode causar severos danos quando aquecido, sendo especialmente perigoso quando combinado com outros procedimentos, como a descoloração dos fios capilares”. 

O órgão traz orientações detalhadas para consumidores e profissionais de salões de beleza:

  • Consumidores devem verificar se o produto é regularizado junto à Anvisa
  • Evitar produtos sem rótulo ou com promessas enganosas
  • Seguir corretamente as instruções de uso
  • Ficar atento a sinais como coceira, ardência ou dificuldades respiratórias
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