
Descubra qual destilado será a próxima grande febre no Brasil
Embora pareça uma escolha natural do consumidor, essa tendência foi planejada e implantada pela própria indústria
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Entra ano, sai ano e a indústria etílica segue em sua eterna busca pelo próximo destilado da moda. Já vimos o boom do uísque, da vodca e, por muito tempo, vivemos a dinastia do gim.
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Mas todo império um dia perece. E, diante dessa inevitabilidade, os profissionais do setor tentam antecipar tendências, formular teorias e fazer apostas que pareçam plausíveis.
Faz pelo menos 10 anos que ouço que o rum será o próximo grande fenômeno. Mas, sejamos honestos, ainda não foi e, pelo menos para a próxima onda, também não será. Claro, se repetirmos essa previsão por mais 20 anos, quem sabe...
O que já está claro – e há algum tempo – é que a próxima grande febre será o destilado mexicano. O mais curioso é que, embora pareça uma escolha natural do consumidor, essa tendência foi planejada e implantada pela própria indústria.
Grandes marcas têm o poder de direcionar nossos hábitos de consumo. Algumas tendências surgem de forma mais orgânica, outras são fabricadas de maneira globalizada.
No caso da tequila, a crescente popularidade nos Estados Unidos acelerou seu caminho para o estrelato. E, ainda que no Brasil a aceitação não seja tão natural, a aposta já foi feita.
Por aqui, a tequila ainda carrega o trauma dos shots ruins e das ressacas memoráveis – ou melhor, da ausência de memória. Esse histórico torna o trabalho das grandes marcas mais difícil, mas não impossível. A tequila vai pegar, só não com a velocidade que muitos imaginam.
Confesso que nunca fui grande fã do destilado. Existem excelentes tequilas, sem dúvida, mas, no geral, acho superestimada. Sempre defendi que, se há uma bebida que merece seu momento de glória, essa bebida é o rum. Melhor ainda, a cachaça.
E, falando em tequila, não posso deixar de mencionar um detalhe curioso: semanalmente, escuto as três formas de pedir o clássico drink com limão, Cointreau e borda de sal: “margherita”, “margarida” e “margarita”. Vamos lá: margherita remete ao sabor de pizza, margarida é a flor e o drink é, simplesmente, margarita. O erro sempre causa boas risadas no bar!
Com o tempo, aprendi uma lição valiosa: não lute contra a onda. Pegue sua prancha e surfe. Dito isso, minha sugestão é se antecipar e preparar uma carta com uma boa presença do destilado mexicano.
E, se a margarita reina absoluta quando falamos em tequila, um outro drink vem conquistando espaço mundo afora. Atualmente, é o nono coquetel mais vendido do mundo, segundo a revista Drinks International. Onde quer que você vá, alguém tentará te convencer de que essa é a oitava maravilha do mundo da coquetelaria. Eu discordo, mas recomendo que você prove e tire suas próprias conclusões.
Aqui vai a receita do Paloma, o coquetel mexicano da moda:
Ingredientes
- 50ml de tequila prata;
- 100ml de suco de toranja (grapefruit) fresco;
- 10ml de suco de limão siciliano;
- 15ml de xarope de agave;
- água com gás para completar;
- gelo;
- sal para a borda do copo;
- fatia de toranja para decorar
Modo de fazer
- Comece molhando a borda do copo com uma fatia de limão e, em seguida, passe-a no sal para criar uma borda salgada.
- Em um copo alto, adicione a tequila, o suco de toranja, o suco de limão e o xarope de agave.
- Complete com gelo e água com gás.
- Mexa delicadamente para misturar os sabores.
- Decore com uma fatia de toranja.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.