Helvécio Carlos
Helvécio Carlos
Com 30 anos dedicados ao jornalismo, com passagens por emissoras de rádio e assessoria de imprensa, é desde 2001 titular da coluna Hit, do jornal Estado de Minas. Entre 2011 e 2017 foi editor da revista Hit, publicação de lifestyle.
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Moacyr Franco: público 'brigou' para conseguir foto com o cantor

Artista, que fez única apresentação no Sesc Palladium, promoveu valsa com os fãs no palco do teatro e arrastou o público que viveu 'batalha' no foyer

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O início do show de Moacyr Franco no Sesc Palladium, no último sábado (15/2), foi apoteótico e inacreditável. O cantor, digno de um maratonista, entrou em cena a toda velocidade. Do palco, saiu correndo pela lateral direita, cruzou o trecho que separa o setor 1 e o setor 2, seguiu à direita até o final do setor 2, na volta, no mesmo pique, ainda teve fôlego para abraçar os fãs. No embalo, Moacyr errou a saída para a rampa de acesso ao palco, quase caiu no encontro com um fã, mas, ufa, exatos 1 minuto e
39 segundos depois, já em cena, começou a apresentação com "Me dá um dinheiro aí", seguido por pout pourri de marchinhas de carnaval, que incluiu "Mamãe eu quero", "Aurora", "Cachaça não é água" e "Verdade de pescador", uma dos sucessos escritos pelo próprio Moacyr. Àquela altura, o público que lotou o teatro já estava nas mãos do cantor de 88 anos, completados em outubro do ano passado. O dono da noite ainda aproveitou para reverenciar os mineiros Gorete Milagres e Saulo Laranjeiras, que estavam na plateia.

 

• CHICO XAVIER

Ao longo de uma hora e meia de show, Moacyr contou histórias relacionadas às canções que estavam no roteiro – a maioria dele – e interagiu o tempo todo com o público. Ora com bom humor, ora com emoção. Ao perguntar ao público o nome do mineiro que todos têm grande admiração, foi direto nos versos da música "Uma lágrima no rio", na qual presta sua homenagem a Chico Xavier. Moacyr também quis saber se o público conhecia o cantor que fez imenso sucesso no exterior. "Não vale esse pessoal da bossa nova, Jorge Ben. Cantor normal", disse. "Uma salva de palmas para Nelson Ned, o cantor de maior sucesso, daqui até lá na América, passando pela Argentina, Uruguai, Bolívia, Colômbia, onde inventaram que ele fazia milagres. Ele morria de ódio e ainda tinha que benzer o povo." Moacyr desceu novamente do palco e na plateia interpretou "Esse meu coração sem juízo", um de seus sucessos com Nelson Ned, colocando três homens sem nenhuma malemolência para dançar com ele.

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• ROBERTO CARLOS

Dedicou um momento do show ao grande amigo Demetrius. "Podem aplaudir", pediu. Moacyr contou que, no auge da Jovem Guarda, Demetrius era o único que se preocupava com a vida de Roberto carlos e todas as segundas-feiras levava o Rei para pescar na represa de Guarapiranga (entre os municípios de São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu-Guaçu, no estado de São Paulo). "Um belo dia, Roberto não foi. Para não perder o costume, ele (Demetrius) pegou um filho, de 8 ou 10 anos, e foi. O menino foi mergulhar e não voltou", relembrou Moacyr, com a voz embargada. Para o amigo, o cantor compôs "O amor por nós dois". Mas foi com "Ainda ontem chorei de saudade", de João Mineiro e Marciano, um dos momentos mais bonitos.

• E VIVA A ROSA

Quase ao final do show disse que iria cantar uma canção que odeia. "Um sucesso, uma praga, que sou obrigado a cantar a vida inteira. Meus amigos sempre me sacaneiam e, quando estou em uma festinha, mandam tocar", contou para, em seguida, apresentar "E viva a rosa". Novamente, com humor, brincou com a plateia trocando a palavra rosa pelos nomes de mulheres – Ângela, Efigênia e Antônia – escolhidas ali, na hora, rimando com os versos da música.

• VALSA NO PALCO

No final do show, os técnicos do teatro ficaram de cabelo em pé quando. Foi quando Moacyr chamou casais para uma valsa no palco. Ele queria quatro, mas os fãs não resistiram e mais de 20 casais subiram de uma vez. "Não pode. Esse é o fosso da orquestra", disse, em desespero, um funcionário da casa. Por sorte, nada aconteceu. Para tirar todo mundo dali, Moacyr chamou os fãs até o foyer do teatro, onde prometeu tirar fotos com todo mundo. E assim o fez, levando o povo ao delírio e marcando um dos momentos inesquecíveis de shows em Belo Horizonte.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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