O prefeito Alexandre Kalil (PSD) afirmou, durante entrevista coletiva que anunciou o retorno das torcidas aos estádios, que estuda a liberação dos eventos em Belo Horizonte. De acordo com ele, a PBH tem como principal papel “facilitar a vida de todos”.
“Foi decidido que nós temos que caminhar, nós temos que aprimorar. Todo mundo tem que colaborar para que a gente caminhe. Eu acho que houve um sacrifício muito grande de todos, de toda a população de BH. Inclusive, não estamos abrindo só o futebol. Estamos estudando agora a abertura de eventos”, disse.
Kalil afirmou que números da Secretaria Municipal de Saúde e dos infectologistas do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 mostram que houve uma incidência de 0,1% de casos nos torcedores que frequentaram as partidas entre Atlético e River Plate e Cruzeiro e Confiança, ambas no Mineirão.
Foram 14 mil exames entre os torcedores. “A obrigação do poder público é facilitar a vida de todos, e nós sabemos que o futebol é uma parte importante do lazer – como show, como tudo isso é importante para a cultura, para a diversão. É isso que nós temos que fazer”, afirmou.
Protocolos
Kalil não detalhou quais serão os protocolos da PBH para a volta das torcidas aos estádios. No entanto, disse que parte dos procedimentos seguem o indicado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
“Protocolo de CBF, Conmebol, federação, a Prefeitura não entra. Nós estamos fazendo um protocolo sanitário. Agora, quem vai definir se pode ou se não pode é a CBF. Estou vendo uma briga com Flamengo, Atlético, de liminar... Isso não é problema da prefeitura”, disse.
No entanto, o chefe do Executivo que a segurança sanitária virá da prefeitura. E terá aprimoramentos com relação ao último jogo cm torcida no Mineirão, entre Cruzeiro e Confiança.
“Vamos aprimorar o protocolo do jogo do Cruzeiro. Vão entrar somente com ingresso. O ingresso será vendido com antecedência, carteira de identidade, CPF. Infelizmente, ainda é assim, mas vamos caminhando para chegar numa hora em que vamos falar: ‘Deu. Deu tudo certo e, agora, podemos liberar tudo de uma forma gradual’. Como foi feito em bar, loja, restaurante, shopping”, completou.
Números
BH registra 276.100 diagnósticos e 6.576 mortes por COVID-19 desde o início da pandemia. Atualmente, os três principais indicadores da crise sanitária estão no patamar de controle.
Os dados melhoraram justamente a partir do avanço da vacinação contra a doença. A capital mineira computa 84% do público-alvo total imunizado com ao menos uma dose. Na mesma toada, 45,2% desse mesmo grupo completou o esquema vacinal.
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