A taxa de internações por COVID-19 caiu 23% na última semana em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e consideram unidades hospitalares públicas e privadas.
A queda é observada desde o início de junho. Para se ter ideia, entre 30 de maio e 5 de junho, a média de internações era de 214 pacientes, divididos na enfermaria e Centro de Terapia Intensiva (CTI). Quando considerado o mesmo período entre junho e julho, este número cai para 163.
Já é a quinta semana consecutiva com redução. No período de 5 a 11 de junho, estavam internados 208 pessoas, passou para 190 na semana seguinte, 178 e 163 agora.
Para a diretora da Vigilância em Saúde, Érika Camargos, a queda está atrelada há vários fatores, entre eles a ampliação da vacinação e as medidas restritivas.
“Dá uma certa tranquilidade, mas tudo precisa ser feito com cuidado e moderação, pois estamos com cenário melhor, mas ainda recente, para afirmar que estamos tranquilos”, analisou.
Embora a expectativa é de que a tendência de queda se mantenha, ela fala em cautela. “Mas ainda precisamos continuar monitorando todos os dias e qualquer decisão a ser tomada precisa ser com muita cautela ainda”, destacou.
O pior período em internações em Divinópolis foi registrado entre 28 de março e 3 de abril. Os hospitais da cidade estavam com 277 pacientes. Na época, a cidade estava classificada na onda roxa do programa Minas Consciente.
Ocupação hospitalar
A tendência de queda continua refletindo nos números da cidade. Nesta quarta-feira (7/7), 150 pessoas estavam internadas com quadro compatível com COVID-19, 73 em CTI’s e 77 em enfermarias.
Dos 30 leitos de CTI exclusivos para a doença no hospital de campanha, que funciona na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), 14 estavam com pacientes, média de 53,33%. Em junho, este índice bateu 100%. Na enfermaria, a taxa de ocupação é de 65,63%.
Já dos 20 leitos de terapia intensiva reservados para o Sistema Único de Saúde (SUS) no Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD), havia apenas dois disponíveis. Dos 30 leitos clínicos, 17 estavam ocupados hoje (7/7). Divinópolis é referência para 53 municípios da macrorregião Oeste.
Rede privada
O índice de ocupação no CTI da rede privada é maior. O Hospital São Judas Tadeu opera com 100% de sua capacidade, com todos os seis leitos de CTI ocupados. Os hospitais Santa Mônica e Santa Lúcia estão com 80% de ocupação, cada um tem dois disponíveis.
A área suplementar do Complexo São João de Deus está com sete pacientes. A unidade conta com 16 vagas de terapia intensiva.
*Amanda Quintiliano - Especial para o EM
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