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Estado de Minas PANDEMIA

Mais de 7 mil pessoas deixaram de tomar 2ª dose em JF, aponta painel da USP

Dados da vacinação contra a COVID são de plataforma de monitoramento da USP; números não batem com os da prefeitura, que não confirma e nem nega o quantitativo


17/06/2021 21:41 - atualizado 17/06/2021 21:57

Prefeitura de Juiz de Fora diz não saber motivo da discrepância entre dados da USP e do vacinômetro municipal(foto: Carlos Mendonça)
Prefeitura de Juiz de Fora diz não saber motivo da discrepância entre dados da USP e do vacinômetro municipal (foto: Carlos Mendonça)
Até o momento, 7.035 pessoas aptas à segunda dose da vacina contra o coranavírus, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, ainda não compareceram aos postos de imunização do município.

A informação é do Painel de Vacinação Covid-19 – uma plataforma mantida pela Universidade Federal de São Paulo (USP) com dados atualizados por meio de um consórcio de universidades brasileiras.
A ferramenta, de consulta pública, se baseia em dados do Ministério da Saúde sobre o andamento da vacinação no Brasil, sendo possível aplicar filtros de pesquisa por estados e municípios.
 
Conforme a base de dados da instituição paulista, até a última atualização, na terça-feira (15/6), Juiz de Fora tinha 172.075 doses aplicadas. Desse total, 117.075 e 55 mil referem-se, respectivamente, às primeiras e segundas doses dos imunizantes.
 
Os dados divergem, de forma expressiva, dos números apresentados pela Prefeitura de Juiz de Fora. Conforme o vacinômetro municipal, 88.029 segundas doses já tinham sido aplicadas até a última terça-feira – ou seja, 33.029 aplicações a mais em comparação com o levantamento do consórcio.
 
A explicação, possivelmente, pode estar no fato de o Ministério da Saúde ter outra dinâmica no processo de notificação, tendo em vista que o trâmite de apuração abrange todo o território nacional.
 
Em entrevista ao Estado de Minas, o médico infectologista Rodrigo Daniel de Souza avalia que o abandono vacinal em Juiz de Fora de mais de 7 mil pessoas é preocupante.
 
“Esse número, sem dúvida, é expressivo. São 7 mil doses não aplicadas. Considerando os dados da imunização no município, podemos dizer que uma a cada oito pessoas, mais ou menos, que tinham que ter tomado a vacina no município, não compareceram aos postos. Isso pode ter um impacto muito ruim na proteção coletiva. Cada pessoa não vacinada pode ser um risco àquelas que coabitam”, avaliou.
 
O médico – que é chefe do setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) –, reforça que a imunização só acontece após a segunda dosagem e pode levar – dependendo o imunizante – de 14 a 28 dias para fazer efeito no organismo.
 
“A eficiência das vacinas gira em torno de 50 a 70%. Ou seja, não é garantido que a pessoa vacinada não vá contrair o vírus. O imunizante é mais importante para evitar a forma grave do que, propriamente, para evitar o contágio”, alerta o infectologista, acrescentando a importância de, mesmo vacinado, seguir os protocolos sanitários de segurança.
 

“Avaliamos ser cedo para estimar faltosos”, diz prefeitura

Em nota encaminhada ao Estado de Minas, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora disse que “vem, desde o início da campanha de imunização contra o coronavírus, reafirmando a importância da aplicação da segunda dose”.
 
“A Secretária de Saúde, Ana Pimentel, já esclareceu que a segunda dose é fundamental para a proteção ideal. Os fabricantes das vacinas utilizadas na cidade também reforçam o pedido de aplicação de duas doses contra a COVID-19 e, de preferência, dentro do prazo”, inicia o comunicado enviado à reportagem.
 
Em relação ao abandono vacinal de 7.035 pessoas aptas à segunda dose da vacina contra o coranavírus, a administração municipal não negou e nem confirmou o quantitativo exposto na plataforma da USP. Nesse sentido, a pasta apenas destacou não dispor dos dados.
 
“No momento, avaliamos ser cedo para estimar faltosos, considerando que nesta semana temos vacinado com segundas doses um número expressivo de pessoas. Só posteriormente será possível uma avaliação. Os dados são extraídos do sistema do Ministério da Saúde, Conecte SUS, que ficou instável durante alguns dias”, informou a secretaria.
 
Ainda segundo a nota encaminhada pela pasta, “a imunização com a AstraZeneca começou a ser utilizada com maior frequência no mês de abril, e o aprazamento (data da segunda dose) é um pouco maior. A Secretaria de Saúde vem vacinando nas últimas semanas, com maior continuidade, um número importante de pessoas com segunda dose, que demonstra a boa aceitação da nossa campanha sobre a imunização ser feita de maneira completa”.
 
Em relação ao questionamento feito pela reportagem sobre a diferença entre os números divulgados pela PJF e pela USP, a pasta disse não saber o motivo da discrepância.
 
“O que podemos afirmar é que os nossos dados estão corretos e atualizados. Os números da campanha de vacinação contra a COVID-19 realizada pela Prefeitura de Juiz de Fora são contabilizados e atualizados diariamente, pouco tempo após o encerramento da vacinação do dia”, finaliza.
 
Ao todo, de acordo com o vacinômetro da prefeitura, 191.854 primeiras doses foram aplicadas até esta quinta-feira (17/6). Em relação à segunda dosagem, 91.238 aplicações do imunizante foram feitas.

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