
Na ação, os defensores públicos destacaram um boletim epidemiológico de Belo Horizonte, do dia 9 de abril. Na ocasião, a capital mineira registrava 92,8% de taxa de ocupação de leitos de UTI, além de 73,2% de demanda para vagas de enfermaria e um índice de transmissão de 0,93. Os números diminuíram, conforme o informe desta quarta-feira (14/04), porém, a flexibilização do funcionamento do comércio na cidade ainda está em xeque justamente pelo temor da falta de medicamentos na rede hospitalar.
De acordo com a ação civil pública, dos 2.247 leitos solicitados ao Ministério da Saúde para Minas Gerais, a pasta liberou 1.153, ficando 1.094 leitos pendentes de financiamento. Desta forma, a DPU pede para que o governo federal forneça as verbas necessárias para abertura de vagas de CTI e UTI, sobretudo no interior de Minas, além de garantir oxigênio hospitalar aos centros médicos ligados ao SUS. O órgão também solicitou que insumos, como medicamentos e aparelhos, sejam entregues para manter a intubação de pacientes.
A ação também pede para que o governo de Minas, assim que tiver acesso aos dados disponibilizados pela União, garantir a aquisição de itens e cumprir o solicitado pela Defensoria Pública da União.
Reunião
Na última segunda-feira (12/04), o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, se reuniu com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar do envio de sedativos e bloqueadores neuromusculares ao estado. Na ocasião, Baccheretti destacou que Minas havia recebido, no sábado (10/04), remessa de bloqueadores que já foram distribuídos.
Queiroga, então, respondeu que providenciou a importação de medicamentos via via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), com previsão de chegada nas próximas três semanas.
O Estado de Minas entrou em contato com a Advocacia Geral da União, que informou ainda não ter sido notificada.
Já a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) disse que o estoque de sedativos utilizados na intubação de pacientes com COVID-19 está em "nível não recomendável para o enfrentamento da pandemia", mesmo com a remessa recebida no sábado. A pasta também destacou que as unidades hospitalares, que trabalhavam com estoque de 60 dias ou mais, enfrentam dificuldades no abastecimento.
"O Governo de Minas tem buscado solucionar o problema de forma paliativa, remanejando o estoque atual, para atender os hospitais mais necessitados. Para as instituições que têm aumento abrupto de consumo desses medicamentos, a SES está disponibilizando kits intubação — bloqueadores neuromusculares para manter a sedação de pacientes com COVID-19."
Sobre os leitos, a SES-MG disse que praticamente dobrou o número de vagas no estado. Em relação ao fornecimento de oxigênio, a pasta garantiu que haverá investimento do governo estadual na ordem de R$ 53,7 milhões para a estruturação, ampliação e otimização do Sistema de Gases Medicinais dos hospitais inseridos no Plano Operativo de Contingência Macrorregional para o Enfrentamento à COVID-19.
Já a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) disse que o estoque de sedativos utilizados na intubação de pacientes com COVID-19 está em "nível não recomendável para o enfrentamento da pandemia", mesmo com a remessa recebida no sábado. A pasta também destacou que as unidades hospitalares, que trabalhavam com estoque de 60 dias ou mais, enfrentam dificuldades no abastecimento.
"O Governo de Minas tem buscado solucionar o problema de forma paliativa, remanejando o estoque atual, para atender os hospitais mais necessitados. Para as instituições que têm aumento abrupto de consumo desses medicamentos, a SES está disponibilizando kits intubação — bloqueadores neuromusculares para manter a sedação de pacientes com COVID-19."
Sobre os leitos, a SES-MG disse que praticamente dobrou o número de vagas no estado. Em relação ao fornecimento de oxigênio, a pasta garantiu que haverá investimento do governo estadual na ordem de R$ 53,7 milhões para a estruturação, ampliação e otimização do Sistema de Gases Medicinais dos hospitais inseridos no Plano Operativo de Contingência Macrorregional para o Enfrentamento à COVID-19.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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