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Estado de Minas IMUNIZAÇÃO

Vacina contra a COVID-19 leva fé e renovação aos lares de idosos em Minas

Sinônimo de segurança, a vacinação de idosos em várias cidades do estado muda clima em asilos, mas a expectativa é por imunização em massa


22/01/2021 06:00 - atualizado 22/01/2021 07:20

Escritor de 97 anos, José Magalhaes Brandão agradeceu pelo imunizante e destacou os cuidados na instituição que o acolheu em Montes Claros (foto: Marco Túlio Miranda Araújo/Asilo São Vicente de Paulo/ Divulgação )
Escritor de 97 anos, José Magalhaes Brandão agradeceu pelo imunizante e destacou os cuidados na instituição que o acolheu em Montes Claros (foto: Marco Túlio Miranda Araújo/Asilo São Vicente de Paulo/ Divulgação )


Muito mais do que esperança. Foi como se o braço tivesse recebido uma injeção de vida a partir do imunizante que encorajou o corpo, fortaleceu o espírito e trouxe segurança aos dias e noites. Aos 70 anos, Ângela Maria de Jesus Oliveira, acolhida do Lar Betânia, do Asilo São Vicente de Paulo, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, se mostra feliz, confiante e aliviada por ter recebido a primeira dose de vacina contra a COVID-19. Mas a tranquilidade ainda não está completa, ressalta ela, de olho no coletivo: “Quero que todas as pessoas sejam vacinadas, principalmente a equipe aqui do asilo”.

Natural de Janaúba, na mesma região, e sem filhos, Ângela Maria está entre os 121 idosos na faixa etária de 60 a 104 anos acolhidos no Lar Betânia e imunizados com a primeira dose do imunizante CoronaVac. “Não estava com medo do coronavírus, não, pois aqui no asilo me sinto protegida. Agora, recebi essa injeção de vida", explicou. Ela trabalhou como copeira de hospital. O Lar Betânia da Sociedade São Vicente de Paulo, no Bairro Mangues, é o maior em número de homens e mulheres idosos acolhidos no Norte de Minas.

“Agora quero ver ele ser vacinado”, diz Ângela, ao terminar a conversa, em tom de alegria, com o enfermeiro Marco Túlio Miranda Araújo. Na hora da foto, faz questão de segurar o frasco da vacina. Também acolhido na entidade de assistência, José Magalhães Brandão, o Zeca, de 97, escritor, foi vacinado no mesmo dia em que se encontrou com o governador Romeu Zema, presente ao lançamento da vacinação em Montes Claros.
 
Para Zeca, o momento é de agradecer. Preferindo agora as palavras escritas às faladas, digitou no seu computador essa mensagem ao repórter: “Mais uma vez, este bendito asilo nos encanta com o cuidado que dispensa a todos aqui, providenciando para que fosse aplicada a vacina contra esse terrível vírus que vem contaminando o planeta”.

A exemplo de Ângela Maria e José Bento, centenas de idosos, acolhidos ou não em instituições de longa permanência, já receberam a primeira dose da CoronaVac, que se entra na ponta de um fluxo: o Ministério da Saúde (MS) encaminha o insumo ao governo estadual, que o distribuiu às 28 unidades regionais de Saúde em Minas. De acordo com o Programa Nacional de Imunização, os grupos prioritários para a imunização na primeira etapa são formados por profissionais da área de Saúde, mas, no caso da COVID, seguindo orientações do MS, os gestores municipais podem escolher o público, como ocorre com os idosos, incluídos no grupo de maior risco.

A vacinação em Montes Claros foi iniciada na quarta-feira, sendo imunizada, em primeiro lugar, a profissional da área de Saúde Maria Rosimar Soares Ferreira, de 56, há 23 atuando como técnica de enfermagem. Eela trabalha no Pronto Atendimento Municipal Alpheu de Quadros. Em seguida, foi a vez do prefeito, Humberto Souto, de 86.

O município recebeu, na primeira remessa, cerca de 9,5 mil doses da vacina, ainda insuficientes para atender o grupo da primeira fase, composto por idosos em instituições de longa permanência e profissionais da Saúde, que totalizam mais de 21 mil. Diz a nota da prefeitura: “Assim, optou-se por priorizar apenas os idosos e os profissionais que atuam na linha de frente do combate à doença. Daqui a 15 dias está prevista a chegada de outras 9 mil doses, referentes à segunda dose”.

"Agora, recebi essa injeção de vida" - Ângela Maria de Jesus Oliveira, acolhida no Lar Betânia/São Vicente de Paulo (foto: Marco Túlio Miranda Araújo/Asilo São Vicente de Paulo/ Divulgação )
Em casa Rosalina Silva Gomes, de 78, moradora de Coronel Fabriciano, na Região Leste do estado, recebeu a dose da vacina na casa onde mora com duas filhas e um neto. Com histórico de cardiopatia, ela já está incluída no cadastramento do Programa de Saúde da Família, e, automaticamente, foi comunicada sobre a imunização. “A gente fica tranquila, né? É uma preocupação a menos”, afirma a viúva que teve cinco filhos e sete netos.
 
Para Rosalina, o melhor de tudo é ficar protegida e proteger as outras pessoas. “O que a gente precisa é não se deixar contaminar nem transmitir esse vírus para ninguém. Preservar a saúde é a vida, sempre!”. Em Coronel Fabriciano, as primeiras doses da vacina foram aplicadas na tarde de terça-feira no Lar dos Idosos Frederico Ozanam.

A prefeitura local informou que o lote com 2 mil doses desembarcou de helicóptero e foi entregue à Superintendência Regional de Saúde, que reteve mil doses e entregou outras mil ao município. Luiz Cândido Rodrigues Bastos, 67, tomou a primeira dose das mãos do prefeito, Marcos Vinicius, que também é médico geriatra. Em seguida, foi vacinada Ana Rita Pereira, 72. Outros 24 internos do lar foram imunizados na sequência.

Na quarta-feira, as equipes de vacinadores da prefeitura seguiram pelos quatro cantos da cidade para imunizar os idosos (pessoas acima de 75 anos) portadores de comorbidades. Segundo o prefeito, a escolha pelos mais velhos e doentes se deve ao fato de que essas pessoas figuram entre as principais vítimas do vírus.

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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