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Estado de Minas COVID-19

Minas Gerais ainda não tem previsão de ter uma vacina contra o coronavírus

Governo estadual mantém contato com países que desenvolvem imunizante, mas não chegou a acordo


23/09/2020 04:00 - atualizado 23/09/2020 08:03

Testes com vacina em desenvolvimento: Secretaria da Saúde destaca que avaliação técnica passa pela Anvisa (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 1/7/20)
Testes com vacina em desenvolvimento: Secretaria da Saúde destaca que avaliação técnica passa pela Anvisa (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 1/7/20)

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou nessa terça-feira que está mantendo contatos com autoridades de diversos países envolvidos em projetos de desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19, mas ainda não há acordo firmado para garantir doses do imunizante. Ainda assim, a pasta destaca que o governo estadual está preparando a rede assistencial de saúde para a vacinação, quando disponível. “Toda vacina licenciada no Brasil percorre diversas fases de avaliação, desde os processos iniciais de desenvolvimento até a produção e a fase final, que é a aplicação, garantindo assim sua segurança. Esses processos de avaliação técnica de novos medicamentos são realizados em nível federal pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, informou em nota.


“Não sei de onde (João Doria) ele está tirando isso”, afirmou Luiz Almeida, PhD em microbiologia, formado na área de genética de bactérias pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). “Mesmo que a vacina saia no mês que vem e seja de uma tecnologia que estamos acostumados a produzir no Brasil, não temos uma fábrica nem insumos para produzir, então estamos dependentes de importação da China”, explica.

O especialista compara a situação atual com a campanha de vacinação da gripe, que ocorreu entre março e junho. “Durante três meses conseguimos vacinar 4 milhões na cidade de São Paulo e 14 milhões em todo o estado”, destacou Almeida. A abrangência da vacinação da gripe, neste ano, representa apenas a média de 31% da população do estado, que tem cerca de 44 milhões de habitantes.

“No melhor dos cenários possíveis, se der tudo certo, temos que pensar ainda no processo de produção e distribuição. Se a gente pensar que vai dar tudo certo, não vejo como provável em termos de logística vacinar toda cidade de São Paulo até fevereiro de 2021, sequer todo o estado. Não é só ter a vacina e ela estará disponível no mercado para comprar. Tem que se pensar em profissionais, agulhas, transporte”, disse o biólogo. “O desafio dele, nesse discurso, é vacinar 44 milhões de pessoas em um pequeno espaço de tempo. Não sei se ele vai transportar essa vacina de um jeito inovador”, acrescenta.

Também coordenador dos Projetos Educacionais do Instituto Questão de Ciência, Luiz Almeida afirma que, com base no histórico de vacinação da gripe, “é praticamente impossível” cumprir a promessa do governador. A previsão é de que se encerre a fase 3 (última fase de testagem) da vacina chinesa até o mês que vem, mas o especialista alerta para os cuidados que devem ser tomados. “É uma fase extremamente importante para avaliar a eficácia, se tem efeitos colaterais e outras questões. Se ela não der certo, a gente descarta e vamos para outra. Mas tudo tem que ser compartilhado com muita clareza. Nem a Anvisa vai autorizar se não for muito claro”, enfatizou Almeida.

Balanço


O total de casos de COVID-19 em Minas Gerais continua subindo, assim com o número de óbitos. De segunda-feira para ontem, foram notificados mais 2.039 diagnósticos no estado, elevando o total de pessoas infectadas a 273.233. Também foram registradas mais 37 mortes, e, com isso, os óbitos totalizam 6.764 desde o início da pandemia. Os dados são do boletim da Secretaria de Estado de Saúde.

O cerco tdo vírus também vai se fechado no total de municípios mineiros. Na segunda-feira, como o Estado de Minas mostrou, ainda havia 10 cidades sem casos da doença. No entanto, conforme o levantamento da Saúde, o número caiu para nove. Coronel Murta, que tem a maior população entre os da lista, registrou o primeiro caso de contaminação. Ainda segundo o boletim, há 239.717 pessoas recuperadas da doença e outros 26.752 casos em acompanhamento no estado.

No Brasil, foram registradas 836 mortes por COVID-19 num período de 24 horas, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde. Chegou a 138.108 o número de óbitos provocados pela doença no país. Também foram contabilizados 33.536 novos casos de contaminação pelo vírus, elevando o número total de registros da doença para 4.591.604. Desses universo, 3.945.627 (85,9%) estão recuperados, segundo o ministério, e 507.869 (11,1%) estão em acompanhamento. Há 2.423 mortes em investigação.
 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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