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Estado de Minas COVID-19

Idosa de 84 anos se recupera do coronavírus em casa no Sul de Minas

Mulher foi a primeira diagnosticada com a doença em Pouso Alegre, onde há três casos. Ela ficou isolada, aos cuidados da filha, médica


postado em 02/04/2020 15:53 / atualizado em 02/04/2020 16:38

Dona Dulce é a primeira pessoa diagnosticada com coronavírus em Pouso Alegre(foto: Print/ Vídeo)
Dona Dulce é a primeira pessoa diagnosticada com coronavírus em Pouso Alegre (foto: Print/ Vídeo)
Dona Dulce Coelho, de 84 anos, já está bem, em fase final de recuperação da COVID-19. A idosa foi o primeiro caso confirmado em Pouso Alegre de contaminação pelo novo coronavírus. A aposentada até gravou um vídeo para agradecer a familiares e amigos pelas orações que fizerem nesses últimos dias para a recuperação dela.

“Eu quero agradecer a todos amigos, parentes, filhos, netos, noras, genros... são todos dedicados, com tanto carinho. Só posso pedir a Deus para recompensar esse carinho, essa ternura. Deus abençoe a família de cada um que rezou, pelo menos, uma Ave Maria por mim. Foi muito sucesso essa Ave Maria. Sei que Nossa Senhora está muito presente na nossa vida. Muito obrigada por tudo. Deus abençoe a todos”, diz no vídeo.

A reportagem do Terra do Mandu conversou por telefone com a filha de Dulce. A médica Carmen Coelho Rezende deixou o marido e os filhos momentaneamente e se mudou nesse período para o apartamento da mãe desde quando surgiram os primeiros sintomas. Outra filha, que mora no mesmo local, também está isolada no apartamento.

Carmen contou que nesta quinta-feira (2) a mãe já voltou a se alimentar normalmente. Antes estava limitada a sopas. Desde domingo ela já não apresenta mais quadro de febre.

Apesar de já estar se sentindo bem, Dulce via ficar mais alguns dias em isolamento. “A gente conta 21 dias do início dos sintomas. Vamos mantê-la reclusa por 30 dias por um excesso de cuidado”, conta a filha.

Contaminação e primeiros sintomas

Segundo a filha, dona Dulce pode ter sido contaminada pelo coronavírus durante um passeio às cidades do Circuito das Águas, no Sul de Minas. Entre os dias 4 e 8 de março ela passou por Caxambu e São Lourençoe e ainda visitou Baependi.

Os primeiros sintomas surgiram nos dias 19 e 20, quando começou a reclamar de cansaço, mas as filhas acharam que era apenas ansiedade. O sinal de alerta foi ligado já no dia 22, diante de febre de 38 graus. Os exames de tomografia feitos no dia 23 mostraram lesões nos pulmões e o material foi coletado para novos exames mais completos sobre a COVID-19.

Isolamento

“Do dia 23 em diante, após a tomografia, mesmo sem o teste positivo da COVID-19, nós viemos para o apartamento dela. Eu e minha irmã que mora com ela nos internamos aqui, de porta trancada e não saímos até hoje”, conta a médica.

Aos 84 anos, Dulce é uma pessoa de vida saudável. Ela faz academia de musculação e hidroginástica e dirige pela cidade. E nunca fumou. Único problema de saúde é a hipertensão. “Mesmo com tudo isso, a resposta imune do idoso não é a mesma. Os sintomas começaram devagarzinho, mas eles se agravaram a ponto de eu achar que ela precisava mesmo ir para o hospital”, lembra a filha.

Para cuidar da mãe, a médica levou alguns aparelhos hospitalares para o apartamento que auxiliaram para garantir oxigênio à idosa. Ela recebia suporte a distância de colegas médicos especialistas em diversas áreas. “Mas, a todo momento, estive preparada para correr com ela em situação de ameaça de crise de respiratória aguda”.

Agora, idosa está bem, 14 dias após os primeiros sintomas. A febre começou a desaparecer no último domingo. Já são dois dias sem sinal febril. “De ontem para cá, voltou a querer se alimentar, voltou a querer sair da cama, voltou a querer comer comida, em vez de sopinha. Está bem animadinha de novo”, comemora a filha.

As filhas de Dulce tomaram todos os cuidados para não se contaminar, usando máscaras e paramentos médicos na momento de atender a mãe. Elas estão bem, sem apresentar nenhum sintoma da doença, mas vão fazer os exames antes de retornar às rotinas de contato com os demais familiares.

Dulce tem sete filhos e 14 netos, estão espalhados pelo Brasil e em outros países. Nesses dias de isolamento e com o diagnóstico da COVID-19, ela recebeu centenas de mensagens e vídeos de oração.

“Tem sido muito emocionante a união toda. Tem ainda os amigos e demais parentes pela corrente que fizeram. Temos muita certeza do valor disso tudo na recuperação dela”, diz a filha.

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia


Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

Especial: Tudo sobre o coronavírus 

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