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Estado de Minas RICARDO KERTZMAN

Adeus, Bolsonaro. Já vai tarde! Olá, Lula. Prepare o lombo! 2023 já começou

Para quem ainda pergunta, 'quem você defende, afinal, Ricardo?', respondo: defendo a mim, meu bolso, minha família, meus amigos


01/01/2023 14:10 - atualizado 01/01/2023 14:10

Lula e Bolsonaro lado a lado
Lula e Bolsonaro: seis e meia dúzia (foto: MAURO PIMENTEL/AFP)
Ano novo, vida nova, mas… será mesmo? Não acho. Minha vida, e creio, a de todos vocês, não mudou um milímetro desde às 0:00:00hs. A passagem de ano, simbolicamente, é importante, sim. É legal também. Segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, o tempo, enfim, norteia e organiza o mundo e as nossas vidas. Infelizmente, contudo, não tem o poder de apagar o que não gostamos e de trazer o que esperamos.

Minha vida, hoje, graças a Deus (no sentido figurado) e a tudo que fiz até aqui, resume-se a, digamos, desfrutar do pouco que me resta. Pouco? Sim, ué. Estou com 55 anos, pô. Se eu tivesse 30-35 (que saudade!!), não falaria assim. E não estou desprezando Deus, não, ok? Apenas deixando claro que, a meu sentir, Ele tem mais o que fazer além de me ajudar a progredir e ser feliz. Essa tarefa, no campo da fé, deixo a cargo de outros.

Trabalho (pouco) com o que não gosto, mas que me traz independência financeira: sou empresário. Trabalho (muito) com o que adoro, mas que não é O suficiente para meu sustento: estou jornalista. Por que “sou” e “estou”? Simples. O jornalismo me é recente (desde 2016), e a despeito de hoje estar em veículos importantes (Estado de MinasIstoÉ e Itatiaia), sei que ainda estou longe de me tornar um profissional da comunicação.

Entrei no segmento por causa de meus textos ácidos sobre a cleptocracia lulopetista e a hecatombe sócio-econômica produzida por Dilma Rousseff, nossa eterna estoquista de vento. Tornei-me uma espécie de sub-sub-celebridade antipetista e ídolo da galera que hoje me detesta (os bolsonaristas). Esse pessoal me imaginava, sei lá o porquê, um reacionário de extrema direita (como são), e não apenas um combatente de um péssimo governo.

Com a eleição de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, em quem miseravelmente votei no segundo turno de 2018 (por motivos óbvios), e o consequente desastre que veio logo a seguir (pregação golpista, negacionismo, caos econômico, cisão social etc.), ainda no início deste desgoverno - lá pelos idos de março ou abril de 2019 - comecei a bater forte, como fazia no PT, no canalha. Assim, passei a ser odiado por um extremo e por outro.

Hoje, pertenço a diminuta porção da sociedade (inferior a 10%) que se interessa por política e que não idolatra ou defende nem Lula nem Bolsonaro. Como eu, essa pequena porção de “estranhos” prefere vigiar, fiscalizar e cobrar políticos e governos, ao invés de servir-lhes os fundilhos - e os bolsos. Pessoalmente, estou feliz assim, ainda que me traga inúmeros dissabores, inclusive profissionais. E neste novo velho ano, não será diferente.

Lulistas e bolsonaristas
Lulistas e bolsonaristas: em comum, me detestam (foto: Minervino Júnior/CB)
Escreverei muito pouco, ou quase nada, sobre o defunto golpista que se mandou para a Disney, largando a zumbilândia da terceira idade sob sol e chuva, em frente aos quartéis, esperando as tais 72 horas, afinal, “rei morto, rei posto”. Que siga infeliz, para o quinto dos infernos! Este calhorda me levou amigos queridos, me trouxe inimigos bestiais, ajudou a Covid a matar gente próxima - e próxima de meus próximos. Imperdoável, pois.

Por outro lado, tenho a mais absoluta certeza - e o começo desastroso, com 37 ministérios e uma porção de falas alopradas já mostrou isso -, escreverei muito, exaustivamente até, sobre Lula da Silva, o ex-tudo (ex-meliante, ex-presidiário, ex-condenado, ex-corrupto, ex-lavador de dinheiro), reconquistando, possivelmente, a admiração (que sinceramente eu dispenso) dos que me “amavam” e que passaram a me odiar.

Adeus, Bolsonaro. Já vai tarde! Olá, Lula. Prepare o lombo! 2023 já começou, e este palpiteiro aqui estará atento e vigilante, como sempre, ao lado da verdade e dos fatos, literalmente “cagando e andando” para ideologia e viés político, ou partidos e pessoas. Para quem ainda pergunta, “quem você defende, afinal, Ricardo?”, respondo: defendo a mim, meu bolso, minha família, meus amigos. E sugiro que façam o mesmo. De hoje a 31 de dezembro; e sempre! Pois Lula e Bolsonaro jamais defenderão vocês. Feliz ano novo.

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