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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Bolsonaro: em público, nada de vacinas. No privado, negociatas milionárias

Resta cada vez mais claro o porquê da demonização e não aquisição de vacinas pelo governo; ao que parece, não foi só por negacionismo


17/07/2021 08:34

Bolsonaro e Zé Gotinha: relação estranha(foto: AFP / EVARISTO SA)
Bolsonaro e Zé Gotinha: relação estranha (foto: AFP / EVARISTO SA)


Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, é um sociopata homicida de primeiríssima grandeza. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, todos os seus gestos foram no sentido da proliferação do vírus e do aumento exponencial do número de mortes por Covid-19. Não é à toa, portanto, 540 mil vítimas fatais até o momento.

amigão do Queiroz é também, como todos sabem, um ignorante negacionista curandeiro charlatão, que receita medicamentos e tratamentos ineficazes e, o que é ainda pior!, os compra e distribui com dinheiro público, que deveria ser investido em campanhas de prevenção e remédios comprovadamente úteis aos doentes.

Mas um dos maiores mistérios, senão o segundo maior - o primeiro é a rejeição ao uso de máscara -, é o motivo que levou o governo brasileiro a declinar de todas as ofertas de vacinas, ainda em 2020, quando o mundo inteiro corria atrás das doses escassas. Hoje, a CPI da COVID parece ter encontrado algumas respostas.

Não aos laboratórios, sim aos atravessadores 

O primeiro indício das negociatas do governo em torno das aquisições tardias de vacinas veio através da acusação dos irmãos Miranda ao maníaco do tratamento precoce. Deputado e servidor do Ministério da Saúde disseram que Bolsonaro foi avisado de um suposto superfaturamento de 1000%, e nada fez a respeito.

Mais do que apenas acusado, o pai do senador das rachadinhas e da mansão de seis milhões de reais confessou a omissão e admitiu, inclusive, ter tido acesso à documentação que comprovaria os fatos. A única defesa que se ouviu até agora do bilontra foi: ‘não sou servidor, sou presidente, portanto, não há prevaricação’.

Contudo, o mais grave ainda estava por vir. Eduardo Pazuello, o general-fantoche, aquele que declarou, ‘o presidente manda e eu obedeço’, negociou 30 milhões de doses de Coronavac - a ‘vachina’ do Doria que causaria suicídio, morte e invalidez - por três vezes o valor de mercado, diretamente com atravessadores chineses.

MENTIRAS DE UM GOVERNO DESMORALIZADO

Dois ou três dias após afirmar aos senadores da CPI que nunca negociou vacinas diretamente, pois ‘o ministro não negocia vacinas’, o general-bibelô se reuniu com os comunistas comedores de criancinhas e acertou a compra superfaturada. Mais: gravou um vídeo anunciando sua ‘boa ação’ aos brasileiros sem vacinas.

Como sabido, a CoronaVac é produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e só está salvando dezenas de milhares de vidas - que Bolsonaro jamais salvou; ao contrário! - graças ao esforço e empenho pessoal do governador João Doria. Ou seja: por que negociar 30 milhões de doses com os chineses?

E por que a compra pelo triplo do preço que o governo já estava pagando? Hein, Pazuello? Será que o mito mandou e o capacho simplesmente obedeceu? Ou foi iniciativa própria mesmo? Ou será que o especialista em logística, que confunde o hemisfério sul com o norte, também não manipula bem a calculadora?  

Jair Bolsonaro, o marido da receptora de 90 mil reais em cheques de milicianos, e seu ex-ministro pau-mandado da Saúde têm muito a explicar. Assim que sua crise providencial de soluços passar, terá que optar entre continuar a ofender os demais Poderes como diversionismo, ou encarar os fatos e reconhecer, no mínimo!!, que é prevaricador e líder de um governo corrupto.

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