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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Decisão dos jogadores da Seleção: 'Tem, mas acabou'

Atletas decidem jogar Copa América e demonstram fragilidade diante dos políticos


09/06/2021 11:22 - atualizado 09/06/2021 11:33

(foto: AFP / SILVIO AVILA)
(foto: AFP / SILVIO AVILA)
Em sua ampla maioria, senão totalidade, formada por atletas já consagrados e com as vidas ganhas pelas próximas três gerações, a Seleção Brasileira não resistiu às pressões políticas e irá disputar a Copa América no Brasil.

Em meio a 3 mil vítimas fatais por COVID-19, a cada 24hs, e a 500 mil mortos desde o início da pandemia no País, a realização do torneio internacional de futebol não só não é uma boa ideia como escancara nossa torpeza moral.

Após os governos de Colômbia e Argentina demonstrarem um mínimo de respeito e responsabilidade para com seus povos e declinarem da Copa, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, sinalizou estar de braços - e covas! - abertos.

Mais do que rápido, Conmebol e CBF correram para o abraço, e anunciaram que, de 13 de junho a 10 de julho, com a conivência infame do governo federal, irão disseminar algumas novas cepas de coronavírus pelo Brasil.

MUNDO DESENVOLVIDO

Nos EUA, o esporte profissional coletivo é uma indústria que movimenta centenas de bilhões de dólares anuais. Futebol, Basquete, Baseball e Vôlei são organizados por ligas poderosas como NBA, NFL, MLS e MLB.

Distantes da política e de políticos, atletas, clubes, dirigentes e anunciantes atuam com os olhos e ouvidos bem atentos ao binômio perfeito: audiência + lucro. Todo o resto não importa, a não ser que... importe!

Questões sociais, sobretudo as que afetam diretamente o público (racismo, homofobia, pandemia), são tratadas com máximo respeito e cuidado. ‘Lives matter’. Afinal, mortos não pagam ingresso.

E o mesmo ocorre em boa parte da Europa e da Ásia, onde o Rei Mercado impera e opera em busca da maximização dos resultados, leia-se lucros. Não à toa serem palcos dos maiores espetáculos da Terra.

QUEM MANDA

Por lá, os atletas têm voz ativa e participam das decisões. Por lá, os governos são facilitadores, e não entraves; muito menos, patrões. Por lá, não há Jair Bolsonaro e Donald Trump que façam deles seus bibelôs.

Jogadores e comissão técnica da Seleção Brasileira poderiam sair maiores deste imbróglio. Poderiam seguir seus pares do exterior e declarar ‘independência’. Eles são os protagonistas. Sem eles, nada feito.

Mas preferiram se manter na zona de conforto da obediência remunerada e, mais uma vez, deixaram o governo brasileiro determinar (também!) o rumo do futebol. Mansos e servis, resumiram-se a atletas.

Mas o pior mesmo ficou para o fim. Em comunicado ‘oficial’, pelas redes sociais do capitão do time, Casemiro, jogadores disseram ser contrários à Copa América. Beleza. Mas disseram que irão jogar.

Então, ficamos assim: são contrários, mas irão jogar. São solidários com o povo e com as vítimas da COVID, mas irão jogar. Estão descontentes com o rumo das coisas, mas irão jogar. Resumindo: tem. Mas acabou.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas

[VIDEO4]

 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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