FILHO DO EX-PRESIDENTE

Eduardo Bolsonaro sobre nova conversa de Trump e Lula: 'Otimismo'

Após telefonema de 40 minutos entre Lula e Trump, deputado vê chance de avanço nas relações e defende que sanções sigam guiadas por princípios claros

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, nessa terça-feira (2/12), que recebeu “com otimismo” a notícia da nova conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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A manifestação ocorreu após o presidente Lula telefonar ao líder norte-americano, ontem. Eles tiveram uma conversa de 40 minutos, em que trataram de temas comerciais, econômicos e de combate ao crime organizado.

Em publicação no X (antigo Twitter), Eduardo disse que um “diálogo franco” entre os dois países pode “abrir caminhos importantes”, desde que conduzido por “princípios claros”. Para ele, sanções “não são um fim em si mesmas”, mas instrumentos para reagir a “violações graves quando outras vias foram bloqueadas”.

O deputado afirmou ainda confiar “na liderança do presidente Trump” para negociar um entendimento com o Brasil que, segundo ele, proteja os interesses estratégicos dos Estados Unidos no hemisfério e reconheça “a urgência da restauração das liberdades civis e do Estado de Direito para o povo brasileiro”. Eduardo ainda condicionou qualquer avanço nas relações bilaterais ao enfrentamento da “atual crise institucional do Brasil” e à reafirmação da liberdade como base das democracias.

Eduardo se mudou para os EUA em março deste ano, onde participou de ações contra autoridades brasileiras. Ele chegou a se gabar de ter influenciado Donald Trump a adotar sanções contra o Brasil, como sobretaxa a exportações e restrições a ministros do Supremo Tribunal Federal.

Uma das justificativas, inclusive, para o aumento de 50% nas tarifas dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos era o julgamento por tentativa de golpe do ex-presidente Jair Bolosnaro (PL).

No entanto, no dia 20 de novembro, governo Trump anunciou a remoção das tarifas impostas sobre café, petróleo, frutas e carne bovina, entre outros itens. A ordem executiva, assinada nessa quinta-feira, vale de forma retroativa desde o dia 13 de novembro.

Na prática, a redução reverte parcialmente o chamado “tarifaço” anunciado em julho. Com a nova medida, o percentual voltou ao patamar de 10%.

No anúncio feito pela Casa Branca, o presidente Donald Trump citou diretamente a negociação feita com Lula. “Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento”, disse Trump.

Trump e Lula vêm mantendo um canal de diálogo nos dois últimos meses. No início de outubro, o republicano mencionou “ótimas conversas” com o petista e afirmou que voltará a se encontrar com ele. Em entrevista, Trump disse ter considerado o presidente brasileiro “um homem bom” após um breve encontro durante a Assembleia-Geral da ONU, em setembro deste ano.

Logo depois, os dois líderes conversaram por cerca de 30 minutos por telefone, tratando de temas econômicos e de possíveis acordos comerciais. O gesto foi interpretado por integrantes do governo brasileiro como um sinal de distensão após meses de incerteza em relação à política de tarifas.

Já no final de outubro, os líderes se encontram em Kuala Lumpur, na Malásia, fora da agenda oficial da Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) para discutir as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. 

Sobre o telefonema de ontem, o governo brasileiro classificou a conversa como “muito produtiva”. Lula destacou a retirada da tarifa adicional de 40% aplicada pelos EUA a produtos como carne, café e frutas, mas sinalizou que ainda há pendências na pauta comercial.

O presidente também insistiu na necessidade de reforçar a cooperação para combater o crime organizado internacional e citou operações recentes que, segundo ele, revelam ramificações no exterior.

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Trump, conforme o Planalto, demonstrou “total disposição” para ampliar ações conjuntas. Ambos concordaram em voltar a conversar em breve sobre o andamento das iniciativas.

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