TARIFAÇO

Paulo Figueiredo após fim do tarifaço: Tarefa inglória destruir narrativas

Após Trump reduzir tarifas, comentarista diz que decisão tem "motivação doméstica"; Presidente dos Estados Unidos citou Lula diretamente no anúncio

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O jornalista Paulo Figueiredo criticou, nessa quinta-feira (20/11), a repercussão da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir em 40% as tarifas de importação aplicadas a produtos brasileiros. Em postagem no X (antigo Twitter), Figueiredo afirmou que é “uma tarefa inglória ficar destruindo narrativas” e disse que o governo brasileiro tenta atribuir a si o mérito pela medida.

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“Às vezes é uma tarefa inglória ficar destruindo narrativas, mas se alguém se der ao mínimo de trabalho vai ver que a Ordem Executiva de Trump retirando a Tarifa-Moraes de alguns produtos do Brasil é uma continuidade [...] da EO que ele emitiu na semana passada a tantos outros países. Lula vai reclamar o crédito desta também?”, escreveu.

A fala ocorreu horas depois de o governo Trump anunciar a remoção das tarifas impostas sobre café, petróleo, frutas e carne bovina, entre outros itens. A ordem executiva, assinada nessa quinta-feira, vale de forma retroativa desde o dia 13 de novembro.

Na prática, a redução reverte parcialmente o chamado “tarifaço” anunciado pelo republicano em julho, quando Trump havia elevado para até 50% a taxação de produtos brasileiros. Com a nova medida, o percentual volta ao patamar de 10%.

Segundo Figueiredo, a decisão não decorre de negociações diretas da diplomacia brasileira, mas de ajustes internos da Casa Branca. “A motivação da decisão foi doméstica. E o Itamaraty sabe. E a gente sabe também”, afirmou, em crítica à interpretação de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que o governo havia conduzido tratativas bem-sucedidas.

No anúncio feito pela Casa Branca, o presidente Donald Trump cita diretamente a negociação feita com Lula. "Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento", disse Trump.

Trump e Lula

Apesar das críticas, Trump e Lula vêm mantendo um canal de diálogo nos dois últimos meses. No início de outubro, o republicano mencionou “ótimas conversas” com o petista e afirmou que voltará a se encontrar com ele. Em entrevista, Trump disse ter considerado o presidente brasileiro “um homem bom” após um breve encontro durante a Assembleia-Geral da ONU, em setembro deste ano.

Logo depois, os dois líderes conversaram por cerca de 30 minutos por telefone, tratando de temas econômicos e de possíveis acordos comerciais. O gesto foi interpretado por integrantes do governo brasileiro como um sinal de distensão após meses de incerteza em relação à política de tarifas.

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Já no final de outubro, os líderes se encontram em Kuala Lumpur, na Malásia, fora da agenda oficial da Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) para discutir as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. 

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