ELEIÇÕES 2026

PT busca 'plano B' em Minas e abre diálogo com Kalil para 2026

Na próxima terça-feira (23/11), o presidente nacional do PT, Edinho Silva, desembarca em Belo Horizonte para um jantar com o ex-prefeito Alexandre Kalil

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Diante dos posicionamentos recentes do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o Partido dos Trabalhadores começa a construir um “plano B” para as eleições de 2026 em Minas Gerais, em busca de um candidato ao governo que garanta um palanque forte ao presidente Lula (PT) no estado, tradicional termômetro das eleições presidenciais.

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Na próxima terça-feira (23/11), o presidente nacional do PT, Edinho Silva, desembarca em Belo Horizonte para um jantar com o ex-prefeito Alexandre Kalil, recém-filiado ao PDT e pré-candidato ao Palácio da Liberdade. A conversa, intermediada pelo Rede Sustentabilidade, pode dar o pontapé inicial para reeditar a aliança das eleições de 2022.

A reunião entre Edinho e Kalil já era para ter acontecido no início de novembro, mas a morte trágica do ex-deputado do PT Paulo Frateschi, morto a facadas pelo filho em São Paulo, fez com que o presidente da legenda tivesse que cancelar a ida a BH. Nesse meio tempo, o cenário político foi sacudido por declarações públicas de Rodrigo Pacheco, nome preferido de Lula para o governo de Minas.

O ex-presidente do Congresso Nacional se encontrou com o chefe do Executivo e foi comunicado que não foi escolhido para ocupar a vaga deixada pela aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF). Lula optou por nomear o advogado-geral da União, Jorge Messias, que ainda precisa ter a indicação aprovada pelo Senado Federal.

Após a reunião, Pacheco reforçou o desejo de encerrar a vida pública ao fim do atual mandato parlamentar, em janeiro de 2027, mas destacou que a “decisão definitiva” será tomada em grupo, “por deferência” aos aliados que o acompanharam até aqui. Enquanto o parlamentar posterga a definição, o PT corre atrás de um novo nome.

Como brincou o deputado federal mineiro Rogério Correia (PT), vice-líder da legenda na Câmara, em entrevista ao Estado de Minas, o partido não tinha “plano B” para o governo: “Só plano P mesmo”, em referência à inicial de Pacheco. Com uma esquerda fragilizada em Minas, líderes nacionais do PT enxergam a aliança a Kalil como a principal opção caso confirmada a desistência do ex-presidente do Senado.

Plano K

Nas eleições de 2022, Kalil abandonou o segundo mandato na prefeitura de Belo Horizonte para fazer oposição ao governador Romeu Zema (Novo) no páreo estadual. Mesmo com o apoio de Lula, vencedor da eleição nacional, o ex-presidente do Atlético teve dificuldade de construir apoio no interior e, com 35% dos votos, ficou na segunda colocação, derrotado por Zema no primeiro turno.

Após o pleito, a relação de Kalil com o PT se estremeceu, mas o ex-prefeito de BH nega que haja qualquer racha. “Inventaram que eu briguei com o Lula. Não tenho nem tamanho para brigar com ele. É o presidente da República e é o Lula", disse, no ato de filiação ao PDT, em Brasília, há um mês.

O ex-presidente do Galo conta com um apoio importante dentro do Partido dos Trabalhadores - a prefeita de Contagem, Marília Campos. Apontada por alguns quadros do partido como possível candidata ao governo, ela declarou preferência por disputar uma cadeira do Senado e “defendeu a candidatura [ao governo] do senador Rodrigo Pacheco ou do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, caso Pacheco opte por não disputar”, como diz nota da Prefeitura de Contagem.

Outro nome que deve auxiliar na articulação é o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), vice-líder do governo na Câmara. Ele, que em 2022 participou ativamente das conversas entre PT e Kalil, desembarca em Belo Horizonte neste sábado (21) e deve entrar na intermediação.

Outros caminhos

A aliança com Kalil não agrada quadros importantes do PT em Minas Gerais. Vale lembrar que, na Assembleia Legislativa (ALMG), o PDT compõe a base do governador Romeu Zema, o que gera insegurança quanto à construção da oposição estadual para 2026. Além disso, até o momento, o diálogo com o ex-prefeito de BH é feito exclusivamente pela liderança nacional do partido, sem intermediação estadual.

Na quarta-feira (26), dia seguinte da reunião entre Edinho e Kalil, o presidente nacional do PT se encontra com lideranças mineiras para repassar os resultados e traçar os próximos passos. Conforme apuração do Estado de Minas, membros do partido ainda defendem outros caminhos para além de Pacheco e Kalil, propondo diálogo com PSB e MDB, mesmo que este já tenha lançado Gabriel Azevedo pré-candidato ao governo do estado.

Ao lado de Kalil e Azevedo, Mateus Simões (PSD) vice-governador e herdeiro político de Zema, fecha a lista de pré-candidatos já anunciados. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) é o nome mais citado nas pesquisas para o governo de Minas, mas ainda não se decidiu sobre a candidatura, assim como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o mais votado para a Câmara nas eleições de 2022, outra opção da direita.

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