Unimed tem alta de 55% em atendimentos a crianças com doenças respiratórias
Em uma semana, cooperativa registrou 55% de aumento nos atendimentos pediátricos eletivos em BH e Região Metropolitana
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Siga noA Unimed-BH confirmou, por meio de um comunicado, que as internações decorrentes de doenças respiratórias seguem em níveis elevados. Entre os dias 4 e 10, foram registradas 143 internações na rede assistencial operada pela cooperativa, sendo que 82 delas foram de crianças de 0 a 14 anos. Já os atendimentos eletivos pediátricos para pacientes de 0 a 14 anos apresentaram um aumento de 55% no período que vai de 27 de abril a 3 de maio.
A demanda por atendimentos também apresentou forte crescimento: a Saúde Digital da Unimed-BH realizou 5.003 atendimentos relacionados a quadros respiratórios em todas as faixas etárias, o que representa aumento de 47% em relação à semana anterior. Diante da alta procura, a empresa informou que adotou medidas emergenciais para ampliar a assistência aos conveniados.
Belo Horizonte está em situação de emergência em saúde pública desde o dia 30 de abril devido ao aumento de casos de doenças respiratórias. Além da capital mineira, 12 cidades da Região Metropolitana de BH decretaram situação de emergência.
De acordo com a Vigilância Sentinela da capital, os principais causadores dos quadros de síndrome gripal são o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o Rinovírus e o Influenza A. De modo geral, as crianças são as mais atingidas pelas doenças respiratórias.
Crianças
A pediatra e diretora técnica do Hospital Infantil São Camilo Unimed, Marisa Lages Ribeiro, elucida que as crianças menores de 5 anos, especialmente as com menos de 2, são mais vulneráveis às infecções respiratórias devido a características imunológicas e anatômicas. "Nessa faixa etária, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, e as vias aéreas são mais estreitas, o que facilita a obstrução e dificulta a eliminação de secreções", explica.
As infecções podem evoluir de quadros leves, como resfriados e gripes, para doenças mais graves, como bronquiolite - comum em bebês e causada principalmente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) - além de pneumonia, otites e sinusites. A médica também chama atenção para a asma, doença crônica que pode se agravar nesta época do ano, exigindo acompanhamento regular e tratamento preventivo com medicações específicas.
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Ribeiro alerta que sinais como febre persistente por mais de três dias, tosse contínua, dificuldade para respirar, respiração acelerada, prostração e recusa alimentar são indicativos de que a criança deve ser avaliada por um médico: esse atendimento pode ser online. Ela reforça ainda a importância da vacinação, da higiene frequente das mãos e da adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, hidratação adequada e rotina de lazer, descanso e vínculos afetivos.
Cuidados
Durante o período de alta sazonalidade de doenças respiratórias, a Unimed-BH divulgou uma lista com orientações. Elas são importantes não só para prevenir infecções, como para reduzir a gravidade dos quadros.
- Vacinação em dia: mantenha a caderneta de vacinação da criança atualizada, especialmente com a vacina da gripe (influenza) e a do vírus sincicial respiratório (quando disponível).
- Evitar exposição a aglomerações e ambientes fechados: reduza visitas a locais com grande circulação de pessoas, como shoppings e festas; prefira ambientes bem ventilados.
- Higiene frequente das mãos: ensine as crianças a lavarem as mãos com água e sabão com frequência, principalmente após tossir, espirrar ou brincar; leve álcool em gel para uso fora de casa.
- Uso de máscaras (quando indicado): para crianças maiores de 2 anos, em ambientes com aglomeração ou quando estiverem com sintomas respiratórios, o uso de máscara pode ser indicado, conforme orientação médica.
- Evitar contato com pessoas doentes: não permita que a criança tenha contato próximo com adultos ou outras crianças que estejam com sintomas gripais.
- Atenção aos primeiros sinais de doença: observe sinais como febre, tosse, dificuldade para respirar, cansaço excessivo ou recusa alimentar; caso surjam esses sintomas, procure atendimento médico rapidamente.
- Boa alimentação e hidratação: ofereça uma dieta balanceada às crianças e incentive a ingestão de líquidos, para fortalecer o sistema imunológico.
- Não enviar a criança doente para a escola: o isolamento ajuda a evitar surtos e protege outras crianças e educadores.
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