
Carnaval 2025: hotéis da Grande BH já registram 50% de ocupação
Com aumento de público, folia da capital movimenta turismo em todo o estado
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Siga noO Carnaval 2025 em Belo Horizonte está próximo, e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) prevê a presença de cerca de 6 milhões de foliões, com uma movimentação aproximada de R$ 1 bilhão na economia local. Esse crescimento também impacta a procura por hospedagem, tanto para quem deseja aproveitar o carnaval de rua quanto para os que preferem destinos mais tranquilos.
Conforme a Associação Mineira da Indústria de Hotéis e Lazer (AMIHLA), a ocupação hoteleira no estado deve atingir 85%. A Região Centro-Sul da capital, que no último ano alcançou uma taxa de 82%, espera chegar a 96% em 2025.
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A alta demanda do setor de turismo em Belo Horizonte para 2025 já é perceptível. Até o momento, 50% das vagas disponíveis na região estão preenchidas. O presidente da AMIHLA, Alexandre Santos, alertou: “A dica é: quem pretende adquirir pacotes de carnaval para a região deve fazê-lo em janeiro. Assim, é possível conseguir descontos. Em fevereiro, já ficará mais difícil, considerando o crescimento da taxa de ocupação”.
Perfil do folião
Segundo Alexandre, o perfil dos turistas no estado durante o período de folia se divide em dois: “O folião que vem para o carnaval de rua e para as festas na cidade, e o público que busca sossego, geralmente famílias com crianças e idosos. Os roteiros de aventura e lazer, mais distantes da capital, são uma opção importante para quem deseja descansar.”
“Esse é meu público-alvo no carnaval: quem busca sossego”, conta Luciana Antunes, administradora do Hotel Fazenda Quatro Estações, no Vilarejo Urucuia, zona rural do município de Esmeraldas, região central do estado. Localizado a 77 km da capital, o hotel oferece lagoa para pesca esportiva, piscina aquecida, quadras de esportes e área verde. “No ano passado, durante o carnaval, a taxa de ocupação foi de 100%. A expectativa é a mesma para este ano”, explica a administradora. Ela destaca que o perfil dos hóspedes é, em sua maioria, formado por famílias com crianças que procuram descanso e lazer longe da folia agitada da capital.
Já para Carol Palmeira, responsável pelo marketing do Hotel Ouro Minas, localizado na Avenida Cristiano Machado, bairro Ipiranga, região nordeste da capital, há outro perfil de folião a considerar: “Tivemos uma procura muito grande também de pessoas que querem se hospedar para curtir eventos fechados. Querem festa, mas com conforto. Perguntam muito sobre opções de eventos internos. Estamos trabalhando para oferecer entretenimento interno para esse público.” Segundo ela, o hotel está com 60% dos espaços ocupados para o carnaval, e a previsão é que, até o fim de fevereiro, a taxa de ocupação alcance 85%.
Janeiro desanimador
Apesar do cenário promissor para o Carnaval, o início de 2025 foi desafiador para a hotelaria mineira. Segundo dados da AMIHLA, o setor registrou um desempenho 10% abaixo do esperado em janeiro. “A baixa performance foi um reflexo das condições climáticas. A tendência é que a galera que adiou a viagem de janeiro também volte no carnaval”.
Para Carol Parreiras, o período de carnaval representa um respiro financeiro para os hotéis: “Antes, os hotéis ficavam limitados à população local, que já era pequena. Antes do nosso carnaval fazer sucesso, todo mundo viajava para outros lugares. Com o crescimento interno, agora recebemos um público amplo, de vários estados e países, é muito maior.” Parreiras contou que o hotel recebe turistas de países como Portugal e Alemanha, além de visitantes de outros estados do Brasil: “Muita gente do Sul do país, Espírito Santo e Brasília.”
O presidente da associação explicou que o crescimento também impacta a geração de empregos. Segundo ele, dentro dos hotéis, a média de profissionais aumenta de 25% a 35% em comparação aos períodos fora do carnaval: “As redes contratam muitos profissionais temporários para atender à demanda. É uma oportunidade para quem quer começar a trabalhar na área, pois o intenso fluxo de pessoas exige mais profissionais.”
Luciana Antunes contou que, com a ocupação de fevereiro, precisou ampliar sua equipe no Hotel Fazenda: “Já contratei mais 11 funcionários para me ajudar.” Para ela, o período movimenta significativamente a economia local da região, mostrando que o novo perfil de carnaval da capital impacta diretamente opções de lazer mais tranquilas. Segundo a administradora, essas opções atraem um público-alvo da própria cidade, o que aumenta ainda mais o número de hóspedes.
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Alexandre Santos reforçou a importância da hotelaria para o ecossistema do Carnaval: “A boa avaliação da nossa festa também depende da experiência positiva oferecida pela hotelaria. Os hotéis mineiros têm se preparado cada vez mais para proporcionar conforto e lazer aos foliões. Minas já mostrou que é um destino consagrado e promissor.”
Carol Parreiras concorda: “O perfil do Carnaval ainda está em transformação, e o mercado de turismo está muito empenhado em oferecer diferenciais e surpresas para conquistar o coração desses novos visitantes.”