GOLPE EM MINAS

Estagiária de direito flagrada em golpes financeiros

A Operação Medusa tem como objetivo desarticular um esquema de estelionato praticado contra idosos em situação de vulnerabilidade, na região norte de Minas

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Uma operação conjunta da Polícia Civil e Polícia Militar foi desencadeada, nesta terça-feira (21/1), em Manga, região Norte de Minas Gerais.  A Operação Medusa tem como objetivo desarticular um esquema de estelionato praticado contra idosos em situação de vulnerabilidade.

A operação foi dividida em etapas. Na primeira, o foco foi a investigação voltada à identificação e localização das vítimas para o levantamento de elementos e provas referentes aos fatos ocorridos. Nesse primeiro momento, foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão contra uma estudante de Direito, de 22 anos, suspeita de liderar os crimes.

A segunda etapa visa identificar outros eventuais envolvidos, localizar ativos adquiridos com recursos ilícitos, bem como a possível recuperação dos valores subtraídos. Até o momento, estima-se que os prejuízos às vítimas supera os R$ 100 mil.

O delegado Genilson Alvarenga comanda a operação. Segundo ele, a estudante investigada utilizava sua posição como estagiária em um escritório de advocacia para praticar os crimes.

Ela se passava pela advogada titular do escritório, mantendo contato com os clientes sem autorização. E para evitar suspeitas e não ser registrada pelas câmeras de segurança do escritório, descobriu-se que a estagiária atendia as vítimas do lado de fora da empresa. Os encontros eram geralmente em locais públicos próximos, sob o pretexto de oferecer uma assistência mais acessível e personalizada.

O delegado Thiago Pinheiro, que coordenou o cumprimento dos mandados, reforça que a suspeita ainda é investigada por possíveis crimes de falsificação de documentos e falsa identidade. Ela estaria utilizando documentos falsos para dar maior credibilidade às suas ações fraudulentas e se passar por advogada em transações bancárias e outros procedimentos.

Vítimas

As vítimas eram pessoas idosas, em sua maioria analfabetas, escolhidas pela sua alta vulnerabilidade. O delegado Genilson explica que “a investigada ganhava a confiança dos idosos ao se oferecer para ajudar com questões financeiras, como recebimento de benefícios, empréstimos e cartões de crédito”.

As transações fraudulentas acabaram sendo descobertas por algumas das vítimas, que se surpreendiam ao descobrir que suas contas tinham sido completamente zeradas nos bancos.

Na primeira fase, diversos cartões de crédito, documentos relacionados com os crimes e aparelhos eletrônicos foram apreendidos. Os materiais foram encaminhados para serem analisados parcialmente para subsidiar a continuidade da investigação.

“Nosso objetivo agora é ampliar o alcance das investigações, responsabilizar todos os envolvidos e minimizar os prejuízos às vítimas”, destaca o delegado Thiago Pinheiro.

“A Polícia Civil reforça a importância de proteger idosos contra golpes financeiros, especialmente aqueles que envolvem intermediários que oferecem assistência financeira fora de locais monitorados”, diz ele.

Denúncias podem ser feitas diretamente em unidades policiais ou via Disque-Denúncia 181 de forma anônima.

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