FRAUDE

Loja de carros de luxo é investigada por golpes em clientes

Clientes afirmam não ter recebido, total ou parcialmente, os valores devidos pelos automóveis comercializados pela loja

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga a empresa de venda de carros de luxo Prime Veículos BH após o surgimento de várias denúncias de golpes. Clientes afirmam não ter recebido, total ou parcialmente, os valores de automóveis comercializados pela loja.

Por meio de um perfil em uma rede social, batizado de "Vítimas da Prime Veículos BH", as pessoas prejudicadas pela empresa se uniram para expor os casos de fraude. Vários relatos denunciam o mesmo tipo de problema: o comprador do veículo não conseguia efetuar a transferência por falta de documentação, enquanto o proprietário não recebia o valor pelo qual o negócio foi fechado.

O empresário Rone Pereira, proprietário de uma picape Chevrolet Silverado, é uma das vítimas: não recebeu sequer um centavo após a comercialização do veículo. Ele conta que foi um vendedor da própria loja que o procurou, propondo a venda. 

"O carro ficou uns dois meses na loja e eu tentei tirá-lo de lá umas duas vezes, mas eles disseram que estavam negociando com interessados", relata. A venda realmente foi fechada, mas o cheque que Rone recebeu, no valor de R$ 500 mil, não tinha fundos. Ao procurar a loja, se deparou com as portas já fechadas.

Ao detectar o problema, o empresário tentou desfazer o negócio, mas acabou descobrindo que a Silverado já estava em nome de um novo proprietário, sem a anuência dele. "Transferiram o carro sem que eu assinasse o recibo", sintetiza. Diante da situação, Rone registrou um Boletim de Ocorrência relatando o roubo do veículo. 

Picape Silverado foi vendida por R$ 500 mil pela agência Prime Veículos BH, mas dono recebeu cheque sem fundos

Picape Silverado foi vendida por R$ 500 mil pela agência, mas dono recebeu cheque sem fundos

Arquivo Pessoal

Depois de tantas dores de cabeça, Rone está descrente em um desfecho amigável para a situação. Ele acionou a justiça, e afirma que o comprador da picape tomou medida semelhante. "Eles nunca me procuraram", afirma. 

Um dos relatos envolve a negociação de um Porsche Cayenne, que teria sido revendido, em esquema de consignação, por R$ 548,9 mil, mas o proprietário só teria recebido R$ 180 mil. Outro veículo de luxo que a loja teria comercializado por cerca de R$ 500 mil, mas sem repassar o valor ao dono, foi um BMW.

O perfil criado pelos clientes denuncia dívidas referentes a aluguéis com o proprietário do imóvel onde a empresa funcionava, na Avenida raja Gabaglia, no bairro Santa Lúcia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. No momento, a loja está fechada. A página também afirma que prestadores de serviços, como lavadores de veículos, ainda têm valores a receber.

Por sua vez, a Prime Veículos BH publicou um comunicado no próprio perfil da mesma rede social e também no site comercial, no qual disponibiliza o número de telefone (31) 97139 7151 para contato via WhatsApp e informa estar "à disposição". Todas as postagens anteriores, que incluíam vários anúncios de veículos, foram deletadas. Confira o texto na íntegra:

"Caros clientes e amigos, gostaríamos de informar que estamos encerrando o atendimento em nossa loja física para reestruturar nossas operações. Contudo, continuaremos atendendo de forma online e mediante agendamento. Todos os clientes que precisarem de atendimento podem continuar nos contatando por telefone, Instagram, e-mail e WhatsApp. Estamos à disposição para ajudar no que for preciso. Agradecemos a compreensão e o apoio de sempre."

De acordo com a PCMG, está sob investigação o crime de estelionato, que exige representação por parte do interessado. Portanto, a corporação orienta as pessoas que tenham sido lesadas a comparecer a uma delegacia e realizar a representação criminal.

Caso tenha ocorrido a efetiva entrega do veículo na agência, a PCMG sugere a 1ª Delegacia de Prevenção e Investigação de Furto e Roubo de Veículos Automotores. Caso não tenha ocorrido a vinculação ao bem automotor, o registro deve ser feito na Divisão de Fraudes.

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