Para controlar as filas e evitar confusões ainda maiores, desde o segundo dia de cadastro, a PBH optou por distribuir senhas para os ambulantes. Mesmo assim, houve tumulto -  (crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Para controlar as filas e evitar confusões ainda maiores, desde o segundo dia de cadastro, a PBH optou por distribuir senhas para os ambulantes. Mesmo assim, houve tumulto

crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press

Depois do período de dez dias destinados ao cadastramento de ambulantes para o carnaval de rua de Belo Horizonte, que acabou nesta sexta-feira (26/1), quase 21 mil pessoas estão habilitadas para trabalhar na folia na cidade, seja vendendo bebidas ou adereços, por exemplo.

Confirmando como a festa em BH vem ganhando corpo nos últimos anos e ficando entre as maiores do Brasil, o número dos trabalhadores credenciados supera o volume cadastrado no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde 15 mil e 20 mil ambulantes, respectivamente, vão atuar nos dias de festa.

Na capital mineira, o número exato, de 20.889 ambulantes, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, representa cerca de 5 mil pessoas a mais (30% de aumento) em relação ao Carnaval de 2023.

O último dia para realização do cadastro em BH, no Colégio Marconi, no Gutierrez, região Oeste, foi de longas filas e confusão, depois que o horário previsto de atendimento terminou sem que muita gente tivesse conseguido se cadastrar.

Houve protestos, mas a prefeitura acabou estendendo o prazo e todos que chegaram até a hora determinada para o fim do credenciamento, às 20h, foram contemplados com a regularização para atuar nos blocos de rua no decorrer da folia, que começou neste sábado (27/1) e vai até 18 de fevereiro. Os portões foram fechados pouco antes das 21h.

Para controlar as filas e evitar confusões ainda maiores, desde o segundo dia de cadastro, a PBH optou por distribuir senhas para os ambulantes. Também foram instalados grades e banheiros químicos em volta do colégio. A Belotur ampliou a capacidade de atendimento, que passou de 800, no ano passado, para 2 mil pessoas atendidas por dia em 2024.

Leia: Carnaval BH 2024: ambulantes têm boas expectativas nas vendas

A credencial é pessoal e intransferível. Entre as regras para realização de comércio no Carnaval de BH estão a proibição da venda de alimentos, bebidas fracionadas ou em recipientes de vidro e a permanência nas ruas após a dispersão dos blocos. Ambulantes poderão trabalhar apenas em locais públicos.

Blocos de rua

BH também supera o Rio de Janeiro, referência na folia, em número de blocos de rua. Conforme divulgado pelas prefeituras, a capital mineira terá 536 blocos, enquanto o Rio terá 453 cortejos no total. Em 2023, 5,25 milhões de pessoas aproveitaram a festa em Belo Horizonte, enquanto o número estimado na festa carioca era de 5 milhões - na ocasião, a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) não divulgou dados oficiais após o encerramento das festividades.

A expectativa para Belo Horizonte neste ano é que 5,5 milhões de foliões encham as ruas da capital. A previsão para o Rio de Janeiro é de 5 milhões de pessoas circulando pela cidade.

Em 2024, 168 novos blocos de rua se inscreveram para desfilar pela primeira vez no Carnaval de BH. No total, na Região Sudeste, a capital mineira só fica atrás de São Paulo, com 579 blocos.

*Com informações de Bernardo Estillac, Mariana Costa e Regyane Bittencourt