10ª Virada Cultural de BH tem programação diversificada neste domingo
Evento democrático terá várias atrações para o público, que poderá se divertir com corridas de carrinhos de rolimã, teatro, congado batalhas de rimas e muitos s
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Diversidade é a palavra que melhor define a programação deste domingo (24/8) da 10ª Virada Cultural de Belo Horizonte. Do tradicional jogo da Gaymada às corridas de rolimã, passando por aulas de dança, cortejos cênicos, congado, batalhas de rima e, claro, shows espalhados por palcos montados em diferentes pontos do Centro da capital.
As atividades começam cedo: a partir das 8h, o Palco Chico Nunes recebe o Festejo do Tambor Mineiro, reunindo 13 guardas de Congo e Moçambique. No mesmo espaço, se apresentam Maurício Tizumba e Virgínia Rodrigues. Paralelamente, acontece a corrida de carrinhos de rolimã no Espaço Rolimã (na Av. Assis Chateaubriand); e a Gaymada na Rua Guaicurus.
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Ainda pela manhã, o Parque Municipal concentra lançamentos de livros e oficina de maquiagem e efeitos especiais para cinema. Já na música, Orquestra Popular Terno do Binga, no Palco Sesc; concerto da Banda da Guarda Municipal, além dos shows de Filho de Xangô e Dudu do Cavaco, no Palco Gramado; e a Orquestra Mineira de Pandeiro, na Praça Fuad Noman – área revitalizada do Edifício Sulacap.
À tarde, os palcos ganham fôlego. O Olodum celebra 40 anos no Palco Sesc, enquanto a Orquestra Ouro Preto se junta a Carlinhos Brown para o concerto “Afrosinfonicidade”, que revisita sucessos do baiano em roupagens sinfônicas, como “A namorada”, “Já sei namorar” e “Velha infância” (do período dos Tribalistas, com Marisa Monte e Arnaldo Antunes).
Entre os artistas locais – que tiveram atenção especial da Prefeitura de BH nesta edição – destacam-se Augusta Barna, no Palco Gramado, às 17h40; e o pocket show de ViniJoe com Renegado, no Museu da Moda, às 16h50, dentro da programação associada da Virada.
Augusta adaptou a turnê de “Na miúda” (2024), substituindo algumas faixas por canções de outros álbuns, como “Olhares” e “Acaju”, de “Sangria desatada” (2022), além de “Mineirim” e “Me perdoa”, do disco “Cantora de ruídos” (2021). “São músicas que têm um apelo muito grande junto do público, e a gente tem que envolver a plateia”, explica a cantora.
No caso de ViniJoe e Renegado – o primeiro vindo da Igrejinha, no Aglomerado da Serra, e o segundo do Alto Vera Cruz, na Região Leste da cidade – a proposta é transitar entre o rap e o samba. “O Renegado tem sido um parceiro e um amigo muito incrível. É quase um padrinho. Uma pessoa que está validando o meu trabalho, meio que me passando o bastão”, conta ViniJoe.
A programação da tarde também inclui oficinas de pintura facial, manipulação de ervas e criação de croquis na Rua Sapucaí; performance da Cia de Teatro BH em Libras e recital do conto “O caso da vara”, de Machado de Assis, no Parque Municipal. E no Viaduto Santa Tereza haverá batalhas de rima.
“É um evento extremamente necessário para a nossa cidade”, afirma Augusta. “Num mundo em que o direito ao lazer é predominantemente acessível apenas a quem pode pagar, oferecer cultura gratuitamente abre oportunidades para quem não tem condições financeiras.”
ViniJoe complementa: “Um povo sem cultura é o povo que se mata no trânsito, que atira no gari por um motivo banal, que não tem educação. A cultura deve ser tratada como algo essencial. Assim como debatemos infraestrutura, saneamento básico e saúde, deveríamos debater cultura também.”
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10ª VIRADA CULTURAL DE BH
Ao longo deste domingo (24/8), até às 19h. Locais: Parque Municipal, Praça da Estação, Viaduto Santa Tereza, Praça Raul Soares, Praça Fuad Noman (Edifício Sulacap), ruas da Bahia, Sapucaí e Guaicurus. Entrada franca. Programação completa no site portalbelohorizonte.com.br/virada.