Bertha Maakaroun
Bertha Maakaroun
Jornalista, pesquisadora e doutora em Ciência Política
COLUNA EM MINAS

Em torno de quem a oposição em Minas se organizará?

Com ou sem unidade bolsonarista em Minas, o fato é que Mateus Simões deverá abarcar também o PL uma coligação

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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) deu um passo que deixa o PL mais próximo à candidatura do vice-governador Mateus Simões (PSD) e, a reboque, Domingos Sávio (PL), presidente estadual do PL, com fôlego redobrado para projetar a sua pré-candidatura ao Senado Federal.

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Independentemente de qual tenha sido o verdadeiro teor de sua conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Nikolas anunciou que está fora da corrida ao Palácio Tiradentes. Também disse que o ex-presidente respalda Domingos Sávio ao Senado.

A informação é contestada pelo deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL), também pré-candidato ao Senado. Segundo ele, a família Bolsonaro o apoia e “elevará a sua voz” no momento oportuno.

A decisão anunciada por Nikolas deixa sequelas no PL mineiro: restará aos bolsonaristas que se intitulam autênticos – como Caporezzo -, buscar outro destino caso mantenha o projeto em concorrer ao Senado Federal.

Nesse andor, é esperada outra baixa no PL mineiro: o deputado estadual Eduardo Azevedo (PL), irmão do senador Cleitinho (Republicanos), também tende a buscar outra legenda. Adicionalmente, Gleidson Azevedo (Novo), prefeito de Divinópolis, provável candidato a deputado federal, também deverá procurar outro abrigo partidário.

Todos respaldam a candidatura de Cleitinho. Aliados de Mateus Simões duvidam que o senador concorrerá, como sequela da acusações de fraude do INSS imputadas ao deputado federal Euclydes Pettersen, presidente estadual do Republicanos e aliado do senador.

Além de negar envolvimento, Pettersen atribui as denúncias a manobra de adversários. Apesar da bolsa de apostas no Palácio Tiradentes, - e deputados federais do Republicanos têm sido chamados para conversas - o episódio, até aqui, não demoveu Cleitinho.

Assim como em Minas, o campo bolsonarista vive dilemas em todo o país, já que, sem o “líder” para ditar de corpo presente as orientações, proliferam as vozes terceirizadas. Chamada de “presidenciável” em evento do PL no Ceará, Michelle Bolsonaro tornou-se alvo dos três filhos, nesta segunda-feira.

Ela se intrometeu nas costuras orientadas por Bolsonaro no Ceará, para uma aproximação entre bolsonaristas e Ciro Gomes. Michelle participou neste domingo do lançamento da pré-candidatura ao governo do Ceará do senador Eduardo Girão (Novo-CE), onde não só criticou a aproximação do PL com Ciro Gomes, como falou em nome do marido, o que foi desmentido pelos três filhos nesta segunda-feira.

Com ou sem unidade bolsonarista em Minas, o fato é que Mateus Simões deverá abarcar também o PL, numa coligação que, segundo ele, já alcança PP, União, PSD, Novo, Podemos, Solidariedade, PRD, Mobiliza e DC.

Até aqui, o vice-governador trafega em céu de brigadeiro: exceção à candidatura de Cleitinho, que tem uma alavancagem própria e representa ameaça a Mateus Simões, pois divide o voto bolsonarista, só agora o campo adversário do centro, centro-esquerda e esquerda começa a entrar em ebulição.

Com o PT sem nomes para concorrer ao governo de Minas, - pois a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT) só disputará para o Senado Federal - o partido está dividido. Marília Campos trabalha pelo nome do ex-prefeito Alexandre Kalil (PDT), que tem recall, mas ainda tenta articular alianças.

Um outro grupo respalda a candidatura do ex-presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (MDB), que se lançou recentemente, no vácuo deixado pela ausência do senador Rodrigo Pacheco (PSD), nome que unificaria a oposição em Minas.

Um terceiro grupo ainda tenta convencer Rodrigo Pacheco a concorrer no estado. Embora siga em declarações ambíguas, Pacheco avalia que não pretende se aventurar a uma eleição sem uma estrutura de partidos políticos que o respalde e possibilite ampliar os apoios para além da frente de centro-esquerda.

Depois do lançamento de Gabriel Azevedo em 4 de novembro, novos nomes no cenário das pré-candidaturas. Além de Jarbas Soares, ex-procurador geral de Justiça; Luís Eduardo Falcão, prefeito de Patos de Minas e presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM) estão na área.

Todos conversam com todos, e, pelo momento, usam a velha racionalidade mineira para traduzir o cenário de quem fica e quem realmente será candidato: “Acha que me engana? Você diz que vai para Barbacena para que eu pense que vai para Juiz de Fora. Acontece que eu sei que está indo para Barbacena mesmo”.

Posse

Alencar da Silveira já não é mais deputado estadual. Ele tomou posse no Tribunal de Contas do Estado (TCE) nesta segunda-feira, às 6h: foi à sede e assinou o ato. A cerimônia festiva será 9 de dezembro.

Pedra

O ex-procurador geral de Justiça, Jarbas Soares, foi internado nesta segunda-feira, no Mater Dei, para uma cirurgia de vesícula. Segundo relatou, foi constatada uma pedra em exame de rotina.

Consciência negra

Edilene Lobo, ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no biênio 2023-2025 é uma das condecoradas com o Prêmio da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) Consciência Negra. Ela recebeu o Troféu Esperança Garcia, em cerimônia no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira. Também foram agraciados o ator e diretor Antônio Pitanga; a escritora Ana Maria Gonçalves e a advogada Elisabeth Baraúna.

Com Cleitinho

O senador Carlos Viana (Podemos) irá apoiar a candidatura do senador Cleitinho e conversa para compor a chapa majoritária, concorrendo à reeleição ao Senado Federal. Viana irá sair do Podemos. Ainda não definiu o seu partido político.

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Presos

Treze pessoas ficaram presas em um elevador do Prédio Gerais, na Cidade Administrativa, nesta segunda-feira, por volta das 16h. O equipamento parou entre andares.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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