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Estado de Minas APÓS ATOS TERRORISTAS

Congresso, Planalto e STF têm segunda-feira de contabilização de perdas

Os três prédios foram invadidos por terroristas bolsonaristas no domingo e agora estimam o tamanho da perda em estrutura e patrimônio histórico e cultural


09/01/2023 19:24 - atualizado 09/01/2023 19:50

Bolsonaristas vandalizam Brasília
Dentro e fora dos prédios, o saldo do domingo é de destruição (foto: Sergio Lima / AFP)
A segunda-feira (9/1) foi dia de contabilizar os danos causados pelos atos de terrorismo em Brasília-DF do dia anterior. Milhares de bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes e, sem resistência policial, entraram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). De volta à capital federal, parlamentares, membros do Judiciário e integrantes da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostraram detalhes da destruição.

Imagens publicadas nas redes sociais de Lula mostram os estragos no Palácio do Planalto. Com salas completamente destruídas, mobília retorcida e aparelhos eletrônicos quebrados, a sede do Executivo teve as alas de condecorações e imagens de antigos presidentes vandalizadas.


Em nota oficial, o Palácio do Planalto listou, além de perdas estruturais, diversas obras do acervo artístico e arquitetônico que foram vandalizadas. Segundo o diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, o saldo das perdas é incalculável por seu valor histórico e artístico.

A galeria dos ex-presidentes foi completamente destruída, e quadros presentes nos corredores foram rasurados. Algumas imagens mostram retratos vandalizados com desenhos de bigodes em referência ao líder nazista, Adolf Hitler.

Entre as obras artísticas e históricas danificadas está o mural “As Mulatas” de Di Cavalcanti, avaliada em R$ 8 mihões, uma escultura assinada pelo artista plástico Frans Krajcberg e o relógio de Balthazar Martinot, uma das duas únicas peças do relojoeiro do rei francês Luís XIV ainda existentes no mundo e que foi dado de presente ao rei português, Dom João VI.

Congresso Nacional

No Congresso Nacional, os corredores também carregam as marcas dos atos terroristas de domingo. A divisa do Salão Verde, da Câmara dos Deputados, e o Salão Azul, do Senado, por exemplo, foi completamente destruída, bem como as vidraças da fachada do prédio.

A maquete tátil do congresso foi danificada, e diversas estátuas e obras de arte tiveram de passar por um processo de limpeza após a invasão. Além de destruir o patrimônio, os vândalos ainda deixaram excrementos nos prédios públicos, o que pode, de acordo com o governo federal, ajudar no processo de identificação dos responsáveis.

No Senado, obras de arte presentes no museu do prédio foram danificadas e presentes enviados ao parlamento por delegações estrangeiras foram saqueados.

Ao longo do dia, parlamentares fizeram vídeos e fotos mostrando os estragos feitos pelos golpistas dentro dos gabinetes. O deputado federal Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara foi um dos que mostrou os sinais de vandalismo nos escritórios do partido dentro da casa legislativa.
 
Restauradores na Câmara
Restauradores avaliam estado e fazem limpeza de escultura de Alfredo Ceschiatti na Câmara dos Deputados (foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados )
 

STF

O Supremo Tribunal Federal é um dos alvos mais recorrentes das manifestações bolsonaristas. Durante os ataques de vandalismo, o grupo invadiu o prédio e fez ataques específicos a desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro, como é o caso do ministro Alexandre de Moraes, que teve a porta de seu gabinete arrancada.

Em nota, o STF afirma que a Polícia Federal realizou uma perícia técnica no prédio da corte nesta segunda-feira. Uma perícia externa foi feita com drones e, durante a tarde, iniciaram os trabalhos internos. O edifício-sede está interditado até a conclusão da análise.

Ainda segundo o STF, o trabalho de catalogar e quantificar os prejuízos causados pelas ações terroristas será realizado após as perícias técnicas. Os anexos 1 e 2 do prédio não foram alvos de vandalismo e funcionaram normalmente nesta segunda.

Canal de denúncia

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a abertura de um canal de denúncia para coletar informações sobre os atentados ocorridos no Congresso e no Palácio do Planalto.

As denúncias são feitas de forma anônima e devem ser enviadas ao e-mail denuncia@mj.gov.br.

Até a tarde desta segunda-feira, mais de 1.200 pessoas foram detidas suspeitas de participação nos atos de vandalismo em Brasília. Em pronunciamento no domingo, o presidente Lula afirmou que as forças de segurança trabalham para encontrar e responsabilizar os financiadores do ato.


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